36° Capítulo

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Por Sakura

     A imensidão azul parecia abraçar o horizonte à frente, as árvores com um verdume saudável deixava a visão muito mais linda e encantadora para se ter ao começar o dia. Podia sentir o poder da vitamina D penetrar a minha pele com certa graciosidade, e o calor aquecendo-me depois de uma madrugada fria e solitária. - A imagem dele toma conta da minha mente assim que fecho meus olhos, querendo acreditar que ele estivesse aqui ao meu lado à ouvir o que tinha a dizer-lhe.

- Eu acho que ele será quietinho como você, sabe? Ele não chuta tanto, parece ser calmo, também gosto de pensar que ele escuta tudo o que digo pacientemente, assim como você. Você sabe que sou tagarela! - Sorri, acariciando mais uma vez abaixo do umbigo.

Abro os olhos e acredito mesmo que ele está ali ao meu lado, mas não ousei olhar, para não estragar a sensação.

- Não faltará amor a esta criança, querido. E prometo que nunca deixarei algo acontecer à ela, e sei que você fará o seu melhor também. - Uma lágrima solitária atravessara minha bochecha vagarosamente, uso o dorso da mão para enxugá-la, e assim que o-faço lembro-me do toque que Sasuke novamente fez em minha testa assim que saira da aldeia, acariciando cautelosamente a área com um sorriso bobo no rosto. - Estaremos sempre conectados!

- Mulheres grávidas e seus hormônios... - Gargalhei da ruiva que insistia nas piadas mais sem graça sobre grávidas. - Viu? Já está rindo.

- De você, das suas péssimas piadas, especificamente. - Pôs a mão na cintura como quem não ligou para o que ouvira.

- Vou até o mercado do outro lado da fronteira, é o mais perto. Você vai ficar bem?

- Vou sim, Karin.

- Volte pro esconderijo, sim? É mais seguro. - Assenti Já me pondo de pé, conseguindo balancear o corpo para sustentar melhor o peso à mais. - Volto logo. - E partira por entre as árvores.

Fiquei alguns minutos ainda apreciando mais e me despedindo da natureza ao meu redor. O canto alegre dos pássaros, o vento refrescante que me fazia sentir mais leve. Dava pequenos passos pelo o gramado, passando as mãos pelas superfícies maciças das pedras que tinha pelo o caminho, tirando algumas folhas que caíam sobre meus ombros com o bater do vento nas árvores ao meu redor.

Fazia tempo que não prestava tanta atenção na vida extraordinária dos seres vivos, a fauna e a flora no meu quintal temporário. Toda essa beleza e energia parecia alimentar minhas forças, literamente. O vento bateu mais um vez pelo o meu corpo, balançando o cumprimento exagerado que meu cabelo tomou depois de meses sem cortar. E novemante o vento bateu no meu desprotegido corpo, que logo sentiu um certo frio estranho por entre as minhas pernas, como a sensação do corpo molhado e o vento violentamente faz seu corpo arrepiar-se de frio; mas porque só nas pernas?

Inclinei-me para um apoio na pedra, esticando a mão para o meio de minhas pernas desejando lá no fundo que fosse impressão minha. Não podia ser, não agora... molhado.

Está molhado.

- Certo, certo... respire fundo, e continue andando, precisamos chegar ao esconderijo. Sem pânico, continue!

Mais um passo, com muita cautela, mais um... - Uma dor fina, porém notável me impediu de completar o passo.

- Respire fundo! - E me concentrei à continuar o percurso que parecia nunca chegar ao fim.

Dando graças aos céus por já poder me apoiar pelas paredes marrons do esconderijo, adentrei observando o rastro molhado que deixei pelo o corredor da entrada.

O Recomeço | SASUSAKUOnde histórias criam vida. Descubra agora