Capítulo III

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Estava no terraço examinando a beleza de Nova Iorque

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Estava no terraço examinando a beleza de Nova Iorque. Eu adorava ter este ponto de vista. Olhar para todos me lembrou de quão poderoso e privilegiado eu era. Segurei a taça de vinho entre meus dedos e sorri para mim mesmo.

— Merda. – murmurei enquanto sentia o cheiro de queimado vindo da cozinha. Eu fiquei tão perdido na vista que esqueci que estava preparando algo para comer.

Tirei a caçarola do forno, olhando para a confusão queimada e desalentada. Só porque eu podia me dar o luxo de comer em restaurantes o tempo todo, eu nem sempre queria, especialmente sozinho. Mas eu era horrível na cozinha. Ainda assim, nem tudo era de aparência, talvez sabe bem...

Mas quando trouxe o garfo até a boca e mastiguei, um sabor sem graça foi minha recompensa. Suspirei profundamente e deixei cair os talheres, desistindo da idéia de comer completamente. Peguei a minha bebida e voltei para fora. Eu não podia ouvir muito porque estava em um andar tão alto, mas um pouco de barulho era melhor que nada. Isso me ajudou a esquecer que estava sozinho.

Nunca fui bom em estar sozinho, mesmo quando era criança. Eu precisava de uma audiência, alguém para compartilhar o meu espaço. Eu não sabia como ficar sozinho. Isso não mudou quando fiquei mais velho, especialmente quando aprendi o que meu sobrenome significava para o mundo. Conforme crescia e as pessoas cobriam-me de carinho, eu ansiava por isso, eu precisava mais.

Depois perdi o meu pai.

Quando ele morreu eu não consegui lidar com isso sozinho, nem por um segundo. Precisava de alguém ao meu lado o tempo todo. Eu tinha que ter um corpo ao meu lado qualquer maneira possível. Foi quando comecei a realmente explorar como era ter uma mulher diferente na minha cama todas as noites.

E quando Mason morreu tudo amplificou-se. Perder o meu irmão de uma maneira tão horrível destruiu-me de todas formas possíveis. Não tinha sido o mesmo desde então.

Foi solitário estar sozinho. Deu-me muito tempo para pensar e meus pensamentos sempre foram muito perigosos. Depois de lembrar de tudo, fiquei triste e com raiva do mundo. Era um lembrete que nada era perfeito e que coisas ruins aconteciam, não importava quem eras. O sobrenome Campbell não pode impedi-lo de ficar doente ou de outras pessoas fazendo coisas ruins contigo.

— Graças a Deus. – murmurei felizmente quando ouvi alguém tocando a campainha. Nem importei-me com quem era. – Entre. – a porta abriu e vi o Braxton sorrindo para mim. – Oi Braxton, pensei que estarias fora da cidade neste fim de semana?

— Estarei, mas não vou até amanhã. Pensei que talvez pudéssemos sair? – ele parecia sentir-se um pouco culpado enquanto falava, mas não me importei. Eu estava feliz por não estar sozinho com aquela maldita tentativa patética de cozinhar. – Se quiseres? Entendo se estiveres ocupado, claro.

— Parece-me bem, o que tens em mente? – qualquer coisa fora dessas quatro paredes. Eu estava ansioso para escapar.

— Qualquer coisa que quiseres, chefe. – ele olhou para a bagunça da caçarola que estava no balcão da cozinha. – Talvez podemos comer alguma coisa? – ele sabia que eu não era um bom cozinheiro, mas ele estava fazendo o melhor para ser discreto.

Bebé do Meu BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora