Morgan Rouche é uma enfermeira em tempo integral durante a semana e gosta de ir à discoteca com as colegas aos finais da semana. Em uma dessas noites ela decide ir mais cedo para casa sozinha. Enquanto ela passava pelo um beco escuro, ela encontra a...
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Eu não conseguia me mover. Meu corpo inteiro estava preso à cama como se estivesse permanentemente gravado lá. O sol brilhou pela janela, provando que a manhã havia chegado. Eu não tinha dormido nem um pouco. Eu não sabia mais o que deveria pensar - isso era demais.
Eu tinha acabado de me acostumar com a ideia de que talvez goste da Morgan o suficiente para mantê-la por perto por um longo tempo. Foi um grande passo para mim considerar alguém como algo mais do que um caso de uma noite, quanto mais qualquer coisa. Eu passei minha vida inteira fugindo do compromisso, vendo como uma coisa terrível deixar alguém entrar porque eles me deixariam, e agora...
Bem, agora isso era demais.
Não se tratava mais de considerar alguém como namorada. Era um elemento permanente, uma vida humana que dependeria exclusivamente de mim. Sim, era incrivelmente egoísta considerar ignorar esse problema até que ele fosse embora, mas o que mais eu poderia fazer? Eu não poderia ser pai. Mesmo pensar em mim mesmo como um pai machucava meu coração, parecia impossível. Tentei pensar em mim segurando um bebê nos braços, mas as imagens simplesmente não vinham.
Foi ainda mais difícil quando considerei o fato de que eu nem mesmo conhecia a Morgan. Quer dizer, eu a conhecia o suficiente, mas não tão bem quanto gostaria de conhecer a mãe do meu filho. Nós nos divertimos, tivemos nossos bate-papos, mas ainda... o tempo estava se esgotando, muito rápido.
Oh Deus, isso é uma bagunça.
Além disso, tinha que pensar no meu estilo de vida. Claro, a questão do agiota já havia desaparecido há muito tempo, mas ser rico poderia facilmente atrair mais atenção negativa como essa. Eu não gostaria que ninguém mais passasse por isso, certamente não gostaria de deixar meu filho com meus problemas, como meu pai fez comigo, quer ele pretendesse ou não.
Eu pulei quando o terror atingiu meu coração e uma lágrima picou em meus olhos. Eu não podia chorar por isso - não valia a pena chorar. Eu só chorei quando alguém faleceu em minha vida, nunca em nenhum outro momento. Isso era algo que eu só precisava colocar minha cabeça ao redor. Morgan teve que aceitar isso também, e ela parecia ter se ajustado muito mais facilmente do que eu. Então, novamente, ela teve mais tempo para considerar tudo.
Lancei meus olhos ao redor do meu apartamento, percebendo que na verdade eu agi um pouco como um idiota quando a Morgan me contou. Eu simplesmente não disse nada. Só porque eu estava apavorado, não significava que eu tinha que ser um idiota. Eu precisava ir e falar com ela agora antes que estragasse as coisas para sempre. A última coisa que eu precisava era me acostumar com a ideia, apenas descobrir que não era mais desejado.
Peguei as roupas espalhadas pelo chão e empurrei no meu corpo, mal prestando atenção no que estava fazendo. Eu não estava preocupado com a minha aparência, eu só precisava falar com a Morgan. Eu não tinha nenhuma ideia do que dizer, mas eu descobriria.
Assim que coloquei roupas cobrindo meu corpo, corri para fora da porta e entrei no carro sem me preocupar em olhar no espelho. Esse terror correndo em minhas veias enquanto eu conduzia em direção ao hospital era algo a que eu estava me acostumando, só que desta vez não tinha nada a ver com Braxton e tudo a ver comigo.
