Capítulo XXXV

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— Eu acho que precisamos conversar sobre nossa situação

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Eu acho que precisamos conversar sobre nossa situação.

Ainda me encolhia ao lembrar a maneira como discuti meu bebê com a Morgan ontem. Eu podia ver o quanto isso a machucou, apenas pela maneira como seus olhos umedeceram com minhas palavras, mas era tarde demais. Eu já disse isso. Eu só não queria ser muito aberto sobre nosso bebê, caso seus colegas de trabalho não soubessem.

Com sorte, eu estaria pavimentando as rachaduras da dor que eu tinha causado inadvertidamente.

Fui até a cozinha para mexer a panela fervendo no fogão. Eu realmente coloquei muito esforço nesta refeição. Eu segui a receita exatamente e escolhi uma fácil para não atrapalhar. Eu esperava que tudo isso fosse notado e Morgan entendesse como eu realmente sentia.

O medo ainda estava lá na boca do estômago, eu ainda estava incrivelmente inseguro sobre toda a coisa de ser pai, mas estava preparado para tentar. Eu não queria virar as costas para Morgan e nosso filho só porque estava com medo - essa não era a coisa certa a fazer.

Olhei para o relógio, percebendo que Morgan estava quase quinze minutos adiantada. Ela provavelmente estava ansiosa porque queria acabar logo com isso, eu não tinha dúvidas de que ela pensava que eu queria sair por causa da forma como lidei com as coisas ontem. Pelo menos ela ainda estava aqui, havia uma chance muito grande de que ela não aparecesse.

Abri a porta e tentei dar-lhe um sorriso tranquilizador, mas era óbvio pela linguagem corporal de Morgan que ela estava fechada. Suas mãos estavam enroladas com força em torno de seu peito e seus olhos mal conseguiam encarar os meus. Eu odiava ter causado isso, me fez sentir péssimo. Eu não pude deixar de imaginá-la deitada acordada a noite toda, estressada sobre como eu ia dizer a ela para me deixar em paz para sempre.

— Oi, Morgan, obrigado por ter vindo. – peguei o casaco dela e indiquei para ela entrar. — Me desculpe, eu estava tão estranho ontem. Eu só acho que essa é uma conversa que precisava ser tida em particular, sabe?

Ela mal estava prestando atenção em mim, piscando os olhos sobre o apartamento. Eu me perguntei se ela estava se lembrando da última vez que esteve aqui, quando ela me contou a novidade e eu não disse absolutamente nada de útil. Eu simplesmente fiquei no banheiro até ela ir embora.

— Você se lembra da noite em que nos conhecemos? – talvez não, talvez sua mente estivesse em outro lugar inteiramente. — Quando eu cuidei de você?

— Eu lembro. – não pude evitar que o sorriso secreto se espalhou pela minha boca com a memória. — Eu pensei que você fosse um anjo. – a maneira como seu rosto doce brilhava em meio à dor ficaria comigo para sempre. Naquela noite, Morgan fez com que eu me sentisse seguro quando passei por uma das experiências mais perigosas da minha vida. Se ela não estivesse por perto para impedir aqueles homens, talvez eu estaria morto.

Bebé do Meu BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora