Señorita (A sexy and Hot Shawmila fanfic)

10. Quebrar a cara dele

🦇Shawn🦇

A casa de Zackary Keller era o último lugar que eu queria ir, mas eu conhecia o luto e me compadecia daqueles que viviam a dor da perda, então fui em consideração á mãe do miúdo que ligou-me pela manhã a informar sobre o memorial que haveria nesta noite em sua casa, eu disse para ela que faria o máximo para lá estar. Mas eu não gosto de memoriais, entendo que as pessoas precisem desse momento para lembrar e se sentir ligados aos seus entes queridos, mas eu preferia seguir essa excursão sozinho.

Zack Keller e eu não éramos amigos, talvez se tivesse tido mais contacto com ele tivéssemos sido, o miúdo era porreiro, digamos que eu era mais um agente que qualquer outra coisa, vi o miúdo jogar futebol algumas vezes e achei que ele tinha muito potencial, podia ser uma estrela no clube certo e estar na Europa podia abrir-lhe várias portas. Eu estava negociando sua admissão através de uma bolsa de estudos na universidade onde eu estudava em Londres. Nós estávamos optimistas quanto á sua admissão, mas o infortúnio aconteceu e o miúdo se foi.

O ambiente de fora parece de uma festa, isso é bom, acho que os poucos minutos que pretendo ficar lá dentro podem não ser tão aborrecidos no fim de tudo. Me preparo para sair do carro quando a coisa mais inesperada acontece. Vejo Camila sair do quintal, ela olha para os lados, parece assustada, e corre para o lado oposto de onde estou estacionado. Eu não perco tempo, ligo o carro e sigo atrás.

Camila continua correndo e não consigo perceber de que ela foge, ninguém a está seguir... Okay, eu estou, mas não conto. Ela desvia numa rua mais estreita e sigo. Ela reduz o passo, parece cansada, cada vez que eu chego perto.

Pára, Camila, por favor. Imploro por dentro e ela parece me ouvir. Pára e eu abaixo o vibro do lado de passageiro para que ela veja que sou eu, espero que ela não fuja desta vez, eu quero mesmo ajudar.

Quando ela pára abraça seu pequeno corpo e olha para mim, minha preocupação aumenta de forma extrema ao ver lágrimas no seu rosto. Desço do carro com urgência e me apresso até ela. Antes que eu diga uma palavra, Camila se atira em mim para um abraço desesperado. Me paga de surpresa, mas eu correspondo, a aperto em mim e digo que está tudo bem.

– Está tudo bem. Seja o que for está tudo bem, vai passar.

– Eu matei ele. – Ela diz no meio do choro quando se afasta de mim – É culpa minha que Zack tenha morrido, e agora eu matei ele!

O quê? O que infernos ela está a falar? O que aconteceu com ela? Não está nada como a miúda que vi algumas horinhas atrás.

– Como assim? Matar, de verdade? Você? – Por Deus, nem na sua versão mais demoníaca ela era capaz de matar um rato, eu posso ver isso. Está escrito em todo canto do seu rosto. Doce, um anjo. Mas o anjo assente e teima que matou.

– Eu não queria. Eu juro que não queria, foi um acidente. Ele apareceu de repente, começou a me acusar e me tocar. Ele tentou... Ele tentou me... Eu só me defendi, Charlie, eu só me defendi.

– Camila... – eu tento acalma-la, mas nem eu sei se consigo controlar a raiva que nasce do desgraçado que tentou toma-la a força.

– Eu matei ele, Charlie. Eu matei o CJ.

– CJ? Calton Jones? Ele tentou..? Desgraçado! – cero o punho sentindo a raiva florescer, se antes eu já tinha vontade de quebrar a cara daquele miúdo, agora eu ia mesmo matar ele. – Diz-me o que aconteceu.

– Ele estava a me forçar, ninguém me ouvia, eu não pensei direito, só peguei uma taça e lhe apanhei a cabeça. Eles vão saber, vão saber que fui eu. Me tira daqui, Charlie, por favor, não posso ser presa, não quero.