Antigamente, muito antigamente mesmo. Nos tempos dos cavaleiros, dos reis e rainhas. As leis que controlavam o mundo Alfa, Ômega e Beta, eram regidas por Alfas. Os grandes monarcas que nasciam nessa designação, entendiam que tinham o direito de governar todos os outros. Nenhuma pessoa que nasceu dentro da monarquia e não tivesse está designação era considerada digna de governar, ou exercer qualquer papel político.Então, as coisas eram basicamente assim, os Alfas governavam, os Ômegas eram protegidos pois serviam diretamente na linhagem das famílias de sangue nobre, não tendo direito a estudar ou buscar qualquer outra aspiração que não fosse servir ao lar de um Alpha, e os betas eram rechaçados para a marginalidade e inferioridade da sociedade.
Os exércitos eram formados por alfas e betas, e lutar era a única forma de um nascido Beta crescer dentro da sociedade. Os Ômegas ficavam nos haréns dos palácios, ou na casa de seus Alfas.
Mesmo nessa época a quantidade de Ômegas ainda era pequena, se comparada aos nascentes das outras designações. A maior parte da sociedade sempre foi beta, mas mesmo eles não questionavam os arranjos políticos impostos.
Afinal, um alfa nasce com instintos poderosos que os levam facilmente a assumir papéis de destaque e comando.
Os melhores cavaleiros e guerreiros, os grandes generais, todos Alfas, quando prestavam um serviço inominável para seus reinos, ou subiam para um cargo importante na sociedade, ganhavam de seus reis e imperadores o direito de visitar os haréns e escolher um Ômega para acasalar e levar seus genes mais poderosos adiante.
Acasalar um Ômega era um sinal de status e grandeza.O nascente ômega não tinha direito na escolha de seu parceiro. Seu destino era servir bem ao alfa e em troca, ganhar proteção, cuidado, o direito a um lar e filhos.
Apenas os mais fortes e mais ricos possuíam Ômegas.
Mesmo os Ômegas masculinos sofriam os mesmos destinos dos femininos, tirando é claro, a parte de ter filhos, a não ser que mantivessem uma relação heterossexual com seus cônjuges.
A escassez de Ômegas levavam países para as guerras.
E existiam os Alfas que roubavam Ômegas acasalados de seus parceiros, uma verdadeira barbárie, eram tempos sombrios para todas as designações.
Filhas e filhos que nasciam ou se apresentavam Ômegas e eram retirados de suas casas e vidas para servir nos haréns, ou acasalados ainda adolescentes, e muitas vezes crianças.
Leilões de Ômegas nos mercados da riqueza.
As leis eram poucas e protegiam exclusivamente os mais fortes e ricos.
Foi nessa época que surgiu a batalha da Lua Vermelha. Ela possuía outros nomes dependendo da região e língua, mas o sentido era o mesmo.
A Lua Vermelha era um ato bárbaro que qualquer alfa podia solicitar.
O pedido consistia em uma bênção do rei, imperador, grande duque ou general, um ato de guerra e luta para defender ou obter um determinado ômega.
Quando um alfa desrespeita o ômega de outro, ou ambos tentavam acasalar o mesmo ômega. Um deles podia solicitar esse confronto.
Ambos os Alfas iriam até uma pequena arena, em uma data pré determinada e se lançariam em um confronto braçal.
No passado o alfa mais forte podia matar o mais fraco. Era bárbaro de todos os jeitos.
Com o passar dos século o ato de pedir a Lua Vermelha ainda era usado, mesmo que visto com maus olhos. Afinal, o homem evoluiu em suas maneiras, sendo assim os confrontos eram repudiados. A justiça nos tribunais começava a valer mais do que a justiça pelas próprias mãos.
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Devastação
FantasyDistopia A/B/O " Emma sabe que as designações são muito importantes, e sendo uma Ômega, ela tem que batalhar o dobro para ser respeitada. Tudo o que ela mais deseja é terminar a sua graduação com boas notas, e não se envolver em problemas. E Alfas...