— Então o bonitão quer passar a noite em minha casa?. — O encaro.
— É,que mal tem nisso?. — Ele faz uma cara travessa.
— Nenhum,você sabe que é bem vindo. — Sorrio.
— Que bom pois nós já chegamos.
Chris estaciona o carro e assim que saímos do veículo entramos em minha casa,estava tudo escuro,com certeza a essa hora miss Katarina deve estar dormindo. Talvez minha mãe não se importe com a visita do meu namorado,mesmo assim cuidadosamente fomos até meu quarto.
...quando fecho a porta Chris me agarra por trás e começa a mordiscar minha orelha...
— É melhor irmos com calma. — Falo.
— Ah é,sua mãe está no quarto ao lado. — Ele me solta — Claro,você faz muito barulho.
— Isso não é verdade. — Me defendo.
— Não?... — Ele começa a rir.
— Eu não sou o único,você também faz barulho quando encosto na sua nuca.
— É meu ponto fraco Leny.
— Ah é?...
De repente o empurro com força e ele cai deitado diretamente em minha cama,sento em seu colo e logo começo a beija-lo,quando ele agarra minha cintura lembro da última vez em que esteve aqui. Por mais que o jantar tenha sido um pouco desconfortável para mim estar com Chris foi a melhor parte.
...
Na manhã seguinte acordo com uma estranha dor de cabeça,de forma sonolenta passeio minha mão sob a cama procurando por Chris,mas ele já não estava lá,é possível que tenha se levantado primeiro. Depois de me vestir e fazer aquela velha rotina matinal saio do quarto indo em direção a cozinha.
— Bom dia querido. — Fala minha mãe assim que me vê.
— Oi mãe. — Digo olhando ao redor.
— Procurando alguém?. — Ela pergunta.
— Bem,eu...a senhora viu o Chris?.
— Eu estava na cozinha quando o vi saindo de fininho do seu quarto,acho que foi pra casa.
— Pra casa?...mas ele nem falou comigo. — Estranho a situação.
— Talvez tenha algo para fazer hoje — Ela me tranquiliza — E por falar nele,como foi o jantar?.
— Tive que suportar os pais dele jogando indiretas o tempo todo para mim. — Respondo.
— Leny,você não falou nada? e o Chris? o que ele disse?.
— Ele ficou calado,é como se toda aquela confiança que me transmitia tivesse desaparecido. — Suspiro — Chris também ficou do mesmo jeito quando encontramos uns amigos dele no shopping.
— Acho que você deve falar com ele.
— Eu não quero pressiona-lo mãe,o coitado já aguenta muita coisa,eu confirmei isso ontem.
— Faça o que for melhor. — Ela movimenta os ombros — Leny,eu sei o quanto você é bondoso,mas só acho que não deve ficar calado quando alguém te fizer alguma maldade.
— Eu sei,é um defeito,prometo melhorar. — Sorrio.
Depois de conversar com minha mãe e comer algo no café da manhã saio para trabalhar,eu ainda sentia dor de cabeça e espero que ela desapareça no decorrer do dia. Quando chego na livraria vou direto para atrás do balcão sem falar com ninguém,Doug está ali,mas nenhum sinal da Mckaya.
— O que deu em você?. — Ele pergunta.
— Nem queira saber. — Falo com a mão no queixo e uma cara de tédio — Cadê a Mckaya?.
— Saiu a pouco tempo,pediu para esperar você...como foi o jantar de ontem?.
— Já se sentiu desconfortável perto das pessoas que te jogam indiretas?. — Pergunto.
— Na verdade elas nunca são indiretas quando olham para mim. — Ele responde. — As cicatrizes são a primeira coisa que reparam.
— Pois é... — Suspiro
— Eu sinto muito que isso tenha acontecido,logo o Chris que é um cara tão legal.
— Sabe Doug,podia ser muito pior.
— Como assim?.
— Sei lá... — Movimento os ombros — Pensei besteira.
— Sei que algumas coisas podem não acabar bem,mas nada de pensar em besteiras.
É,Doug tem razão,Chris foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida e por mais que sua família tenha sido inconveniente vão ter que me aturar por um bom tempo.
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(Continua No Próximo Capítulo)
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Pieles
RandomLeny foi diagnosticado com vitiligo na adolescência e ao contrário do que os outros pensam isso não é um problema para ele,ainda mais vivendo em um bairro totalmente diferente do habitual. Tendo um bom emprego,amigos maravilhosos e uma mãe incrível...