25ª Capítulo.

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Naquele fim de tarde eu passava o tempo lendo um rascunho que minha mãe havia me dado sobre seu próximo livro. A história ainda sem título e com poucas palavras parecia não ter sentido algum,mas estava sendo interessante acompanhar a jornada do personagem sinistro.

— Leny. — Minha mãe entra no quarto.

— Sim?.

— Você tem visita. — Ela responde — Duas entidades.

— Entidades?. — Falo confuso.

— Querido,Doug e Mckaya.

— Mande entrar. — Sento na cama.

— Está certo.

...minha mãe sai,logo depois Doug e Mckaya entram no quarto,os dois tinham um sorriso travesso no rosto...

— O que fazem aqui?. — Pergunto.

— Viemos te ver bobinho. — Doug responde — Pensou que iríamos deixar você sozinho?.

— A livraria está chata sem você,queremos o Leny sorridente,positivo e cheio de alegria de volta. — Diz Mckaya — Aliás vou fazer uma festa do pijama no meu apartamento,só com nós três.

— Obrigado pessoal,de verdade,mas eu...

— Vamos,é bem melhor do que ficar nesse quarto se enchendo de doces. — Doug insiste.

— Pois é Leny,se lamentar não vai resolver essa situação.

— Tudo bem,eu aceito — Movimento os ombros.

— Sabia que não iria recusar. — Mckaya sorri — Eu posso garantir que você vai se sentir bem melhor.

— Eu amo vocês pessoal. — Surpreendo os dois com um abraço.

Passar um tempo com meus amigos é muito melhor do que todos os planos que eu bolei para me distrair e o mais importante é que eu não estarei sozinho...

...

Eu já estive no apartamento da Mckaya antes,é um lugar que esbanja muito luxo,lembro que alguns cômodos tiveram que ser reformados para se adaptar ao tamanho dela,tanto ela quanto suas visitas podem aproveitar o espaço. Quando chegamos a primeira coisa que ela fez foi ligar o som,pegar uma garrafa de vinho e trazer alguns petiscos para nós,a ideia não era fazer bem uma festa do pijama e sim uma roda de conversa com desabafos,conselhos,diálogos engraçados,etc...

Meus amigo e eu fomos até altas horas da noite,quando o vinho acabou partimos para as bebidas fortes,Mckaya praticamente acabou todo o seu estoque. A gente estava na sala esparramados no sofá conversando sobre nossas histórias de vida,talvez o álcool já estivesse fazendo efeito pois temas delicados começaram a nos proporcionar altas gargalhadas.

...no fim só ficamos com a experiências do que vivemos...

— Sabem,sempre teve pessoas pequenas na minha família,meu pai,o pai dele,os pais do pai dele. — Explica Mckaya — Ser bem-sucedida me faz ter o poder de esfregar minhas capacidades na cara das pessoas...afinal,implicam com quem é alto,implicam com quem é baixo...ai você se pergunta se o problema realmente está na minha condição,mas eu aprendi muito nessa vida e como confiar em mim mesma.

— Isso é verdade. — Balanço a cabeça.

— Eu queria ser rico — Doug solta um suspiro — A vida parece ser tão simples para quem tem condições.

...e assim caímos na gargalhada sem motivo algum...

— Então Leny,você falou com Chris?. — Mckaya pergunta.

— Já,mas não foi nada esclarecedor.

— O que ele tem afinal?. — Doug parece indignado.

— Sei lá...depois daquele jantar tudo começou a ficar esquisito entre nós. — Repondo.

— E o que pretende fazer?. — Ele me questiona.

— Você acha que ele quis se aproveitar e fingiu esse tempo todo?. — Mckaya parece pensativa.

— Não quero pensar nessa possibilidade.

— Mas e se for o caso?. — Ela passa a me observar

— Se for o caso eu consigo passar por isso numa boa,já não sou tão fraco como antes. — Respiro fundo.

— Erga seu copo meu amigo e vamos brindar. — Doug levanta seu copo.

Brindamos com a possibilidade do amanhã ser proveitoso para cada um de nós,além de começarmos o dia ganhando uma ressaca grátis.

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(Continua No Próximo Capitulo)

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