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Suspiro profundamente enquanto encaro a televisão onde passava um filme qualquer, ao menos consigo prestar atenção nas cenas. Explosões, tiros, algumas cenas explícitas. Nada demais.

Uma das enfermeiras se aproxima e cruza os braços em frente ao peito, fazendo com que seus seios aparentem ser maiores.

Wow.

Não sei se a névoa que envolve o espaço vazio que há dentro de mim tem culpa em tudo isso, mas eu não ligo mais.

Não vou melhorar disso, já me acostumei com a ideia.

- Vocês sabem que não podem assistir essas coisas. - Sua voz autoritária e mandona soa no ambiente e me ajeito no sofá, examinando-a com o olhar permito que um sorriso sedutor se esculpa em meus lábios. Ela não é muito alta, assim como todas as outras enfermeiras do estabelecimento, tem os cabelos negros escorridos caindo pelo belo corpo magro vestido com o uniforme branco. Uma calça simples, uma blusa branca e um jaleco. É uma moça muito bonita.

Ao se aproximar da televisão e desligar a mesma, os outros pacientes resmungam e a xingam irritados, porém logo se desculpam ao receberem um olhar repreensivo.

Bando de cachorros adestrados.

Bem, Kookie, eu não posso julga-los.

A enfermeira ainda diz algumas palavras aos pacientes, tais quais eu nem ouço pois apenas consigo ver a dança de seus lábios ao pronunciá-las. Ela olha para mim e sorri de lado, assim como eu.

- Algum problema, sr. Kim?

Contenho minha risada no fundo da garganta, um riso quebradiço assim como o resto dos cacos de meu coração que pulsam cada vez mais devagar. Não posso evitar, não irei melhorar.

Me resta conviver com os cacos, mesmo que eles me cortem todas as vezes que me mexo.

"Na verdade... Sim, tem sim." - Não é uma mentira. Ela, ansiosa, coloca uma mecha de cabelo sutilmente atrás da orelha e morde os lábios como sempre faz. - "Estou com fome."

- Eu também! - Chin-mae avisa, mas logo se distrai ao voltar a conversar com um de seus amigos. A enfermeira ri nasalado e mira o olhar em meus olhos, intensamente.

Estou realmente faminto. Faminto por sair daqui, faminto por poder ter liberdade novamente, faminto por controle sobre mim mesmo, faminto por... Bem, cuidado.

- Me acompanhe, sr. Kim. - Ela sai andando na frente, lentamente causando um rebolado natural em seus quadris. Me levanto e a sigo em seu ritmo, ninguém está com pressa. Quando ela tem certeza de que não há mais ninguém perto o suficiente para nos ouvir ela murmura: - Não vou perder o emprego por sua causa, Taehyung. É contra as regras da rede.

Uma de minhas sobrancelhas se arqueia e suspiro. Seus grandes e doces olhos se voltam para mim, brilhosos em luxúria.

"Não estará burlando nada se ninguém souber."

Ela abre uma das portas do armário de limpeza e me puxa pela gola da camisa manga longa para dentro do mesmo, me delicio de seus lábios carinhosamente enquanto fecho a porta com cuidado. Com o braço livre enlaço seu quadril e Mee envolve as pernas delicadas em minha cintura.

São longos minutos dentro daquele armário coberto de segredos, onde as paredes são as melhores ouvintes e guardiãs desses segredos. Os suspiros, os beijos, palavras sujas, apertos e marcas não são nada. Não significam nada. Estou completamente quebrado.

É apenas tesão, não era isso que você me dizia?

Como vocês estão, meus amores?!?

tentative [Taekook] Onde histórias criam vida. Descubra agora