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- Certeza que está morto? 

- O óbito foi confirmado a dia 3 de maio de 2013.

- É impossível ele ter estado lá. E o Rodriguez não mentiu. Tem de haver alguma maneira de ele não estar morto. - tiro os óculos e pouso-os com cuidado na mesa. Não posso ter chegado a um beco sem saída tão depressa.

Tento relembrar-me dos acontecimentos daquele fatídico dia, e desde que entrei no laboratório, e ao longo do tempo lá passado que não em lembro de o ter visto lá. 

Simplesmente não me lembro de ter visto lá alguém a não ser eu e os meus pais.

- Sengundo o relatório da S.H.I.E.L.D, não foi encontrado nenhum corpo nos escombros, mas foi encontrado ADN.

- Ou seja, está mais vivo que morto. - às vezes a S.H.I.E.L.D. consegue ser bem ingénua. - Não há nenhum avistamento dele nos últimos anos? Nenhum reconhecimento facial? - pergunto ao mesmo tempo que me levanto.

- Nenhum.

- Ele pode ter feito cirurgias, e se estava lá, quem diz que não ficou deformado ou irreconhecível. Podemos tentar uma simulação, e baseando-nos nos resultados podemos voltar ao reconhecimento. - dirijo-me aos hologramas programando-a com as várias hipóteses.

- Certo, temos a hipótese de ele ter feito cirurgia, ou um edifício em chamas ter-lhe caído em cima da cara. Simples. - Deixa a simulação a rodar, e quando tiveres resultados envia-me.

Vou para o meu quarto, mas pelo caminho encontro o Rhodes. - Acordada a estas horas?

- Devias ficar surpreso em ver-me acordada de dia. Eu sou como um vampiro. A minha pela é tão branca que às vezes tenho medo de evaporar ao sol. - respondo com um sorriso. Ele gargalha. - Como vão as pernas?

Desde o incidente no aeroporto na Alemanha, só o vi umas 8 vezes, o que pode ser considerado pouco, pois ele passa a vida aqui a tentar meter juízo na cabeça do Stark. - Vão cada vez melhor, tudo graças ao ter pai.

- O Sr. Stank é um coração mole, só não admite. - ele ri devido ao nome que usei para descrevê-lo. Claro que ele nos teve que contar a história, não perde a oportunidade de nos contar uma boa história, e se ela inclui envergonhar o Tony, ainda melhor.

- Ele é. Agora vai dormir.

Solto uma risada alta e debochada. - Eu só vou ao quarto mudar de roupa. Ainda vou treinar. Como eu disse, a noite é a minha companheira.

- São quatro menos vinte da manhã. - diz um pouco surpreso.

- O que significa que não tem ninguém nas salas de treinamento, logo são só para mim. Boa noite Rhodey. - sigo caminho para o quarto.

Mal ponho um pé dentro, relembro-me da confusão que está. Remexo nas caixas à procura de uma t-shirt qualquer e de uns calções. Posso não sentir calor, mas ainda suo, e quanto menos tecido de roupa suar melhor.

Solto o cabelo, para o voltar a atar num rabo de cavalo ainda mais apertado. Deixo o telemóvel e assim fico longe de distrações maiores, mesmo que leve a bracelete, que é praticamente a mesma coisa.

- Sinceramente estes hologramas não são o mesmo que a Natasha. Preciso ser acertada com alguma coisa ou é inútil. - reclamo para a F.R.I.D.A.Y.

- A simulação ainda só é para surtir efeito ao nível do melhoramento dos reflexos humanos. - reviro os olhos.

Apoio-me ao meu bastão, normalizando a minha respiração pouco a pouco. - Então não me devia cansar tanto como me cansa.

- Isso é porque te estás a tornar uma sedentária. - viro-me em direção da porta e sorrio.

A Stark, but not a StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora