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O carro para o movimento, e levo a mão à porta, pronta a sair. - Quando estiveres pronta avisa, por favor. - pede o Happy, como se fosse a coisa mais importante.

- Certo. - abro a porta do carro, mas antes de sair, tiro os elásticos que seguram o meu cabelo no coque mal feito, deixando os fios de cabelo caírem-me pelos ombros. Com auxílio das mãos, bagunço o cabelo, e puxo o gorro da camisola tapando traços facilmente reconhecíveis da minha cara. - Até já.

Saio e fecho a porta, e ele arranca logo em direção à Torre recém-vendida. Subo as escadas do apartamento, uma a uma monotonamente.

Chegando à porta, bato levemente, e rapidamente, passos apressados se dirigem à porta com intenção de a abrir.

Do outro lado, May, dá-me as boas vindas, com um enorme abraço, que quase fez os meus óculos caírem ao chão. - Como está o cavalheiro? - pergunto não o vendo a correr atrapalhado pelos 4 cantos da casa.

-Nervoso. - deixo um sorriso escapar. - Eu realmente não sei o que estou aqui a fazer, ele só me pediu que eu estivesse aqui hoje, e estou. - quase que acrescento por sorte, mas não vamos deixar a Tia May preocupada, ou a questionar-se com coisas que não precisa.

- Peter, querido, a Elizabeth chegou! - ela chama alto, mas sem perder a delicadeza.

Ouço passos vindos do quarto dele, ou melhor, tropeços. - Vai tropeçando agora, não quero que estejas assim perto da Liz. - brinco e ele fica levemente corado.

- Eu não tropecei, bem, tecnicamente tropecei, mas foi em uma sapatilha que estava no meu caminho.

- E de quem era a sapatilha? - May pergunta, e o rapaz faz-se de desentendido, vindo para trás de mim, pousando as mãos nas minhas contas, tentando empurrar-me.

- Podias colaborar. - sussurra.

Devio-me, fazendo-o tropeçar, e vou sozinha para o quarto dele, com ele a seguir-me.

Atiro-me logo à cama, retirando o gorro, e apertando o cabelo rapidamente em um rabo de cavalo. Solto um longo suspiro, permitindo-me relaxar pela primeira vez em horas.

O Peter entra e fecha a porta. Fica parado, de braços cruzados a olhar fixamente para a minha situação. - Gostei do novo penteado. - cita cheio de ironia na voz.

- Precisava que ninguém me visse a chegar.

- Vergonha de mim? - pergunta com uma sobrancelha levantada e todo risonho.

- Sem paciência para perguntas dos vizinhos curiosos. - respondo rápido. - Mas, o que interessa é a razão pela qual me fizeste vir aqui.

- Sinceramente não sei. - responde, e senta-se no chão de pernas cruzadas.

Endireito-me na cama confusa com a atitude dele, e olho fixamente nos olhos, à espera de qualquer indício que me possa dar respostas. Contudo, ele a que se apercebe de certas cosias primeiro.

- Tens os olhos inchados, e levemente vermelhos. Estiveste a chorar? - pergunta preocupado arrastando-se até mim. Como pode ele perceber tal coisa, ele nem é tão observador assim.

Em poucos segundos falo, mas não a resposta à pergunta dele, e sim algo para tentar mudar de assunto, o que desconfio que não vá funcionar. - Tens algum plano para hoje à noite com a Liz?

Ele também não responde à minha pergunta. - Tu estiveste mesmo a chorar. - afirma convicto, pousando as mãos no meu rosto, limpando lágrimas inexistentes.

Afasto-me levemente dele, sem demasiada brusquidão. - Hoje, não é sobre mim, mas sim sobre ti. Vamos focar nisso.

Levemente irritado contrapõe. - Ei! Eu preocupo-me contigo, e não vou estar bem durante o resto do dia se souber que estiveste a chorar, e não saber o porquê ou se estás melhor.

A Stark, but not a StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora