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Um ultimo golpe, antes de deixar o saco em paz. Era tanta a frustração e raiva que sentia a correr-me pelas veias, que a única maneira a tentar eliminar um pouco, era bater em alguma coisa, já que não devo usar os meus poderes no interior do edifício, devido ao perigo de o destruir.

E não podia sair fora, sabe-se lá porquê. Ideias que parecem boas às 3 da manhã na cabeça de Tony Stark.

Um último soco, antes de me virar para a porta, onde Pepper Potts me observa. Não notei a sua presença até agora. - Desde quando estás aqui? - pergunto, desenrolando as ligaduras que envolvem os meus punhos.

- Tempo suficiente para saber que esse saco sofreu bastante. - responde, vindo na minha direção, com um recipiente fumegante. - Não devias esforçar o tornozelo.

- O tornozelo está ótimo.

- E tu, estás? - pergunta, entregando-me o recipiente, que com uma pequena inalação do seu cheiro, reconheço como chá de camomila. Não preciso de chá, preciso de café.

- Mal. - respondo sincera, bebericando o líquido, mesmo que contra a minha vontade.

- Sei que vais encontrar uma maneira de resolver isto, mas devias pensar na tua segurança e bem-estar primeiro. - sorrio com a tentativa de reconforto.

- Acho que só vou estar bem, quando descobrir se ele está relacionado com a morte deles. E se estiver, tenho medo do que posso fazer com ele. - o último é mais como uma confissão.

- Bem, eu acho que tudo se vai resolver, e vais encontrar uma maneira de o fazer, usando o teu coração, porque eu sei que tens um coração puro, e vais encontrar a maneira correta de o resolver. - afirma em um tom de voz doce, tendo certeza das palavras que diz. Já eu, não tenho tanta.

- É a segunda vez que chego a um beco sem saída. E agora, o muro ao qual cheguei, não se vai abrir ao toque de uma varinha mágica. - digo com um pouco de esforço, em manter a minha visão focada.

- Provavelmente vais ter apenas de esperar que ele se abra sozinho. - diz, retirando o chá das minhas mãos. Uma vontade repentina de me deitar no lugar mais próximo, e só acordar no dia seguinte, chega do nada, deixando um alerta no meu cérebro. Ela é esperta.

- Quanta quantidade colocaste? - pergunto, desistindo de lutar contra o sono.

- Suficiente para chegares ao teu quarto e dormires todas as horas de sono que tens perdido nos últimos dias, ou até anos. Tens uma rotina de sono, extremamente semelhante à do Tony, o que não é nada saudável. - diz conduzindo-me até ao elevador, e depois entre corredores até ao meu quarto.

- Onde aprendeste esse truque? - pergunto após um bocejo.

- Depois de muitos anos em companhia do Tony, tive de preservar-lhe a saúde. - bem visto, e pensado.

- Que horas são?

- Dorme. - diz depois que me sento na borda da cama, acabando por me deitar.

Fecho os olhos, mas antes de adormecer consigo perceber a presença de mais alguém na porta. Fala qualquer coisa, mas estou tão drogada de sono, que não percebo o que, apenas identifico a voz, como sendo a do Tony.

Por fim, acabo por adormecer.

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Reviro-me na cama, sentindo os olhos extremamente pesados, no primeiro momento não me lembrando do porquê, mas depois lembro-me que fui drogada com comprimidos para dormir.

Em um primeiro momento sinto-me revigorada, mas depois, sinto apenas ainda mais cansaço. Como sempre que durmo mais que 9 horas, é pior do que não dormir nada.

A Stark, but not a StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora