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- Diminui a pressão em 12%. - peço por fim, já sem paciência para continuar a tentar testar os limites da minha paciência devido a este protótipo.

Como prometido, após olhar para as olhas devido ir tentar dormir, o que desço fio que produza algum efeito. Guardo os ficheiros de todas as tentativas de projetos que fiz ao longo do dia, não as guardando por pouco no lixo.

Sigo em direção ao meu quarto, mesmo que ainda sejam apenas nove horas, contudo, como prometi que arrumava o quarto, lá vou eu.

Mal entro, só de ver a confusão em que está, perco logo vontade de arrumar, ou de fazer qualquer coisa, contudo, 2 horas depois, com muita dedicação, o quarto está tão perfeitamente organizado, que nem parece o mesmo sítio.

Como o sono não está nem perto de chegar, saio do quarto de fininho, e sigo para o exterior.

Sigo para um dos meus lugares preferidos, sendo tal lugar uma árvore enorme, em cujos ramos são um porto seguro para mim.

Ainda de pijama, algumas folhas secas prendem-se a ele, tanto como a água me molha, mas não fico preocupada com tal coisa.

Subo ramo a ramo, até chegar ao maior e mais alto. Poderia assim observar bem as estrelas, contudo, o céu nublado não ajuda. Decido apenas fechar os olhos e respirar fundo, repetidamente, com a melodia da brisa fresca que faz as folhas das árvores ondularem de forma a ajudar a acalmar.

Não sei como aconteceu, mas em poucos minutos acabo por adormecer, ali no topo da árvore mesmo.

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Sinto como que pequenos beliscões entre curtos intervalos de tempo. Abro os olhos lentamente, pronta a espreguiçar-me, até que me lembro que estou na árvore ainda.

A luz do sol ofusca-me os olhos, e ao mesmo tempo, sou acertada novamente na perna, por uma pequena pedra que fica presa entre as minha pernas.

Olho em direção do chão e encontro o Tony, com mais algumas pedrinhas na mão, que deita imediatamente fora, fazendo-se despercebido.

- Agora dormes em árvores? És um mistério sem solução. - comenta com um sorriso de lado no rosto.

Desço imediatamente, pensando como é que adormeci aqui, ou o mais impressionante, como não cai, sendo que sou provavelmente a pessoa que mais se mexe durante o sono no planeta, ou mesmo universo.

- Podes dizer-me as horas? - pergunto enquanto esfregão suavemente os olhos.

- É cedo, são mais ou menos nove, estive a pensar durante a noite e...

- Estavas a atirar-me pedras? - pergunto ainda sonolenta.

- Sim. - reviro os olhos e vou-me embora, sem paciência para nada. - Como estava a dizer, antes de me virares as costas. - começa a seguir-me. - Estive a pensar durante a noite, e se...

- Tu pensas? - corto-lhe o discurso quase que imediatamente, sem nem pensar.

Em resposta ele apenas ri em descrença. - Por incrível que pareça sim, eu penso. De modo que não me voltes a interromper, acho que se te deixasse ir fazer uma visita ao psicopata que te raptou, desde que eu te vá a acompanhar, não será uma má ideia de todo.

Paro de andar e olho para ele num misto de surpresa e choque. Nunca pensei que ele fosse deixar, mesmo que ele queira vir comigo, e estar presente enquanto não vou ser nem um pouco a pessoa que ele conhece. Desde o momento que ele negou pela primeira vez, que já comecei a pensar em uma maneira de ir sem ele saber, agora já não é necessário.

A Stark, but not a StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora