A Stark, but not a Stark

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- Eu preciso de ar. - exclamo. - Ou um bom almoço, lanche, ou jantar. Não sei que horas são.

- Ela ainda não pode sair, agora que...

- Vai sair, e nada de discussão. Já abordamos isto antes dela acordar. Gostas de hambúrgueres? - pergunta o Stark conduzindo-me à porta com a mão apoiada no meu ombro. - Temos um acordo. - acrescenta dirigindo-se à Doutora.

- Mas... - consigo ouvir a Doutora a murmurar, e até sinto pena dela. Gostei dela.

- Prefiro Pizza. - ele olha-me estranho com uma cara de "como isso é possível?".

- Acho que assim não podes ter qualquer tipo de relação para com a minha pessoa. O Happy leva-nos a um Burger King e mudas já de ideias. Já agora, o Happy é o meu motorista. Ele não admite, mas ele ama-me muito. - sorrio e sigo-o.

Passamos através de vários corredores do complexo da S.H.I.E.L.D, e as pessoas olham constantemente para nós. Ou é por ele ser quem é, ou pela roupa de hospital que trago e estar descalça. Provavelmente os dois.

- Posso fazer uma pergunta? - pede ele enquanto continua a andar.

- Claro.

- Como conheces o nome Romanoff? - sorrio nervosa, e ele olha intrigado para mim.

- Acho que não posso responder a essa pergunta dentro deste edifício. Não deve ser muito seguro. Seguro para mim. - complemento apontado para várias câmaras de vigilância e olhos centrados em nós. - No carro?

- No carro. - confirma ele.

Chegando ao mesmo, nem vou mencionar o gosto peculiar para carros do Stark. O mesmo abre-me a porta como um cavalheiro e eu olho para ele indignada. - Muito obrigada, mas ainda sei abrir a porta.

Ele ri e entra no carro, assim como eu. - Happy, esta é a famosa Elizabeth. Elizabeth, este é o Happy.

- Um prazer Senhorita. - fala virando o pescoço para os bancos de trás.

- Credo, não me chame isso, pareço outra pessoa. - ele sorri e inicia a jornada até à torre.

- Uma música de fundo iria bem certo? Eu vou perguntar o que gostas, e conforme a resposta eu concordo ou não, pois se me responderes Justin Bieber, vamos nós dar mal. - eu começo a rir e ele pergunta. - Que música gostarias de ouvir?

- Qualquer uma antes de 2000. Led Zeppelin, AC/DC, Queen, porque gosto, e acho que é uma boa resposta. - Importante mencionar que realmente gosto deste tipo de música.

- Isso mesmo, boa resposta. Sendo assim, vamos com Thunderstruck. - a música começa a tocar, em um tom baixo, mas o suficiente para ser ouvido, e a conversa fluir sem problemas.

- Mas para que conste, eu gosto da Beyoncé, Lady Gaga, cantoras com menos de metro e meio, ruivos e outras modernices. - ele revira os olhos, mas sorri com os dentes, pronto a lançar uma pergunta.

- Pergunto eu, ou vais tomar a iniciativa? - pede. - Ah, Happy, passa por um Burger King, e pede três Cheeseburgers, pelo caminho.

- É mesmo necessário? - pergunto percebendo o que ele quer saber. - Até porque o que eu acho que o que é necessário, é eu arranjar alguma outra roupa além desta coisa para vestir. - afirmo mexendo sugestivamente no tecido.

Ele sorri arqueando as sobrancelhas. - Okay, mas não vai ser sempre assim. Sou bastante teimosa.

- Efeitos secundários da genialidade. - contrasta ele fazendo-me rir.

- Bem, os meus... pais, sendo agentes da S.H.I.E.L.D, têm acesso à ficha médica de todos os agentes, devido ao departamento para o qual trabalham... trabalhavam. Mas devido ao baixo nível, não tinham acesso aos nomes. - ele ouve atentamente cada palavra saída da minha boca. - Eles deixavam-me ler as fichas, mas eu já estava farta de ver tantas irregularidades, e não saber a quem pertenciam. Então mexi uns cordelinhos no sistema.