Capítulo 30

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Johnny, Marquinho e Mari encontraram Luiz e Diogo. Marcelo não havia chegado, e como era pontual, deixou o grupo preocupado.

– Cadê o marcha lenta? – perguntou Luiz.

– Será que aconteceu alguma coisa? Ele não é de atrasar – comentou Mari.

– Uuuuuh! Agora sabe tudo sobre ele! – brincava Luiz. – Estão namorando!

– Cala a boca, seu idiota!

– E se a gente for até a casa dele? – sugeriu Marquinho. – É aqui perto.

– Ótima idéia! – concordou Johnny.

Próximo a casa, eles avistaram algumas crianças no portão de Marcelo. Eram sobrinhos, filhos de seus dois irmãos e irmã, sete ao todo. Elas corriam e a gritaria se espalhava, deixando-os surdos. Eles correram e os abraçaram, agarrando-se as suas pernas, quase os derrubando.

– Opa! – Johnny cambaleava.

– Marcelo está? – perguntou Mari para o mais velho.

– Está limpando o quintal!

– Ele aprontou alguma coisa... – Luiz deduziu.

–Vô! Os irmãos estão aqui!

– Que irmãos, Gabriel? – perguntou o pai de Marcelo na cozinha, porque as crianças bagunçavam a sala.

– O Johnny!

– Podem entrar! – gritou Seu Mário.

Eles entraram em meio a puxões por todos os lados, quase os derrubando. Marquinho assustou-se e avisou Mari:

– Não casa com ele, irmãzinha do coração. Se o Marcelo puxar a família, terão um monte de filhos! – Todos riam.

– Seu Mário! – Johnny surgiu na cozinha.

– Sentem aqui comigo!

No fundo, a beira do fogão, a mãe de Marcelo preparava um delicioso peixe ao leite de coco e camarão.

– Hum! Que cheiro bom! – Mari aproximou-se dela.

– Tentando ganhar terreno? – Luiz zombava da menina.

– Que bons ventos trazem vocês aqui? – perguntou Seu Mário.

– Viemos atrás do Marcelo. Combinamos um encontro hoje e ele não apareceu – explicou Johnny.

– Eu o coloquei de castigo! Está muito respondão! – Dona Silvia explicou, distribuindo pratos e talheres sobre a mesa. – Pedi que ele fosse à rua comprar umas coisas para o almoço e ele veio cheio de historinhas, dizendo que não pode, que tinha uma visita... Dei logo um socão! Ora, ora, pode sair para visitas, mas não pode sair pra me ajudar? Menino besta! – Alguns deles riam e outros engoliam secos.

Marcelo apareceu e chegou à mesa, juntando-se a eles.

– Mãe, eu acabei de limpar o quintal!

– Olha lá, hein! Vou olhar! – respondeu brava.

– Ih, mãe! A senhora está duvidando?

– Vai apanhar! – Luiz zombava ao ver o amigo olhar para a mãe o tempo todo, com medo de tomar umas tapas.

– O quê? Está achando que minha mãe é brincadeira? – explicou Marcelo. – Sabem naqueles filmes, quando o chefe final olha para as facas e elas voam com o poder da mente? Essa aí, se olhar para ela, o chinelo voa sozinho!

Todos riam muito, inclusive Dona Silvia.

– Eu tenho uma idéia – sugeriu Mário. – Almocem conosco e iremos com vocês. E à noite iremos para a igreja. O que acham?

★ JOHNNY [DRAMA/CRISTÃO/CCB]Onde histórias criam vida. Descubra agora