A igreja estava abatida. Mário anunciava para a mocidade que Johnny precisava de muita oração, e explicava que Hermínio não aceitava visitas em sua casa, e terminando o culto, se reuniram no pátio, para conversar. Mari estava de mãos dadas com Marcelo. E convidou aos que ali estavam para uma pequena confraternização em sua casa:
– Hoje é aniversário do meu pai. Vamos lá pra casa, tem um almoço especial.
– Vamos sim – concordou Marcelo, beijando-a com biquinho.
– Vocês também! – Marquinho apontou para Diogo e Luiz.
– Não será a mesma coisa sem ele! – Luiz lamentou-se.
– Nunca será! – Marquinho estava triste.
A casa estava cheia. Seu Flávio tinha muitos amigos e parentes e Marcelo contou uns trinta ali dentro. Na varanda e no terreno alguns cooperadores de outros bairros e muitas pessoas da família. Um cooperador viu Marcelo abraçado com Mari e começou a pilhar o moço:
– Hei! O que você está fazendo agarrado com minha sobrinha?
– O que está havendo aí? – Um primo de Mari também entrou na brincadeira. – A família é brava, hein!
– Na, na, nada... – Ele gaguejava.
– Ô Flávio! – gritou outro primo.
– Oi! – Ele apareceu.
– Você está ficando frouxo, primo?
– Por quê?
– Olha aquele cara ali, agarrando a sua filha!
Seu Flávio percebeu que Marcelo ficou pálido de medo e agarrou seu primo, fingindo impedi-lo.
– Você não trouxe a arma? Trouxe?
– Esse cabra é abusado!
– Não! Não! Não faça isso! – Flávio encenava, e o primo fingia puxar uma arma.
Marcelo largou as mãos de Mari e correu.
– Pare de ser bobo, menino! É brincadeira! Bem-vindo à família! – Os primos de Mari riam muito de Marcelo, vendo o jovem borrar-se de medo.
(Toc, toc, toc)
Alguém bateu naquele portão de madeira, feito de tábua de obra.
– Tem gente chamando no portão! – gritou alguém.
(Toc, toc, toc)
Alguém continuava a bater e um deles muito grande e forte prontificou-se a atender. Ele caminhou até o portão e o abriu.
Hermínio estava de pé, mudo e olhando para cima, para enxergar o homem.
– Bem... Eu...
Hermínio tentava falar, mas não conseguia. Buscava coragem.
– Quem está aí, primo? – Marquinho perguntou parado na varanda, sem enxergar o lado de fora.
O grandalhão continuava parado e de braços cruzados como uma muralha, esperando Hermínio manifestar-se.
– Bem, é... Eu sou o... Eu sou o pai... – Hermínio tremeu-se com o tamanho do homem.
Na varanda, Seu Flávio brincava com seus amigos e filhos, falando coisas engraçadas, e vendo o sobrinho no portão, estranhou, perguntando a Marquinho:
– Quem está no portão?
– Não sei pai.
Marquinho perguntou novamente:
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★ JOHNNY [DRAMA/CRISTÃO/CCB]
Fiction générale★ Vencedor do Prêmio Jovens Talentos 2019 ★ ★ Vencedor do Concurso Grupo Honey 3ª Edição ★ ★ 3º Lugar no Concurso RedFox ★ Johnny é um jovem bondoso e habilidoso, dotado de um comportamento religioso sem preconceitos, enfrentando barreiras impostas...