Vice-presidente da grande revista Moderntechno, Luna Abranov vê seu mundo desabar quando seu casamento acaba. Arrasada pelas circunstâncias da separação, ela busca conforto nos braços de outro homem.
James Trambley está prestes a começar o que deve...
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Estava com um aperto no coração e não conseguia saber por que... Tinha uns dias que não falava com Rhanna e por isso peguei o celular e mandei mensagem. Ela demorou muito a responder e acabei ligando, primeiro chamou até cair e meu coração pesou no peito, senti que algo não estava bem, Rhanna não era de rejeitar minhas ligações. Disquei seu número novamente.
No terceiro toque ela atendeu.
— Rhanna, por que demorou a atender, mulher, quer me matar de susto? — ouvi Rhanna fungar, o que me fez ficar ainda mais alerta. — O que houve? Por que está chorando?
— Eu acho... — Rhanna soluçou — que preciso muito de você agora, Luna!
— Estou chegando, está em casa? — levantei colocando o sapato, e pegando a chave do meu carro na cabeceira ao lado da minha cama.
— Sim!
— Estou indo, já já chego, te amo! — Saio do quarto nervosa, e James estava entrando pela porta e me encarou com a testa franzida.
— Aonde vai? — Ele perguntou quando passei por ele sem dar muita atenção, não queria responde-lo agora. Ele bufou. — Isso é muito infantil da sua parte, sabia?
— Dane-se — falei saindo sem dizer o que iria fazer, eu queria muito não sentir aquilo, mas estava envergonhada por tê-lo rejeitado outro dia.
Fui para casa de Rhanna, tentando não ficar tão nervosa, afinal, diziam que os bebês podiam sentir as emoções da mãe. Mas era difícil controlar meus sentimentos, pois a coisa mais rara era Rhanna chorar, algo ruim tinha acontecido e ela precisava de mim.
Cheguei em frente a casa dela e deixei o carro na rua mesmo, peguei a chave da casa dela, ao qual estava junto com o chaveiro do carro e entrei. Encontrei Rhanna em posição fetal no sofá chorando. Aproximei-me e a abracei.
Rhanna abraçou meu pescoço e chorou como se sua vida estivesse desmoronando.
— Por favor, não me diz que tá grávida? — Rhanna balança a cabeça negativamente e continuou seu choro compulsivo.
— Desculpe te deixar nervosa, mas eu precisava de alguém que vai me ouvir sem julgar. — Rhanna se sentou e limpou as lágrimas, percebi que ela já estava nesse estado a algum tempo e meu coração se apertou.
— Está me deixando mais nervosa. E se não me disser logo o que tá acontecendo vou parir meu coração pela boca! — Rhanna riu.
— Eu sempre perguntei quando criança, quem era meu pai para minha mãe, ela nunca me disse e eu descobri porque, Luna — ela soluçou e teve mais uma crise de choro.
— É tão ruim assim? — senti minhas sobrancelhas se unirem em desespero antecipado.
— Para mim, sim! É horrível, por que passei por coisas ruins na minha infância com minha mãe, e nada foi fácil para nós, o que diminuiu o peso, foi ter sido criada com você e Fred e apenas isso, me faz pensar que está valendo a pena passar por isso agora.
