PARTE 27

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Durante todo o caminho para casa, Luna não falou comigo, parecia preocupada e um pouco nervosa com o que aconteceu com Fred e sua mãe

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Durante todo o caminho para casa, Luna não falou comigo, parecia preocupada e um pouco nervosa com o que aconteceu com Fred e sua mãe.

Percebi o quanto ela estava chateada e isso me doía profundamente, mesmo que ela tenha tentado parecer neutra.

Ao chegarmos em meu apartamento, Luna foi até a cozinha e pegou um copo de água. Agora seu olhar estava perdido, queria muito saber no que pensava.

Sentia-me um covarde por não ter tomado uma iniciativa e dizer o que eu realmente sentia por ela, deveria ter feito isso antes, assim que meus sentimentos se tornaram claros como água. Mas ao invés disso, eu fugi! Agora Luna tentava me enlouquecer, por achar que não a amo ou que só a quero para sexo.

Doía-me pensar que podia perdê-la para sempre, que ela e minha filha viveriam longe de mim, porque tenho certeza que quando Júlia nascer, não vou conseguir manter a Luna perto. Agora consigo porque ela mesmo tem medo de ficar sozinha e precisar de algo, mas sentia que não ia mais precisar de mim depois. Sentei-me no sofá e esperei ela vir para sala. Quando chegou disse:

— Posso usar o banheiro? — A olhei confuso.

— Claro! — Apontei a porta e ela seguiu para lá.

Deitei apoiando a cabeça no braço do sofá e fechei os olhos para descansar a vista.

Acordei com o soar da campainha, meio atordoado levantei meu braço e encarei meu relógio. Três horas da manhã. Espera, eu dormi? Onde estava a Luna? Será que foi embora? Levantei-me e fui até a porta quando a campainha tocou novamente, Luna saiu pelo corredor se enrolando num dos meus robes e me olhando confusa, eu devo ter adormecido e ela se arrumou no meu quarto mesmo.

— Quem deve ser? — perguntou sonolenta.

Dei de ombros e abri a porta, me assustei com o estado do Fred, os cabelos espetados como se tivesse puxado muito, a camisa social branca estava aberta até a altura do abdômen com os botões faltando como se tivesse tentado abrir a força.

Luna se assustou e colocou a mão na boca.

— Meu Deus, Fred! O que aconteceu? — Ela se moveu rapidamente e amparou o homem. Que praticamente jogou seu peso sobre Luna me obrigando a ajudá-lo.

— É tudo culpa minha, Luna! Eu a matei... — Luna arregalou os olhos.

— Fred... — Segurei o peso do homem e o levei até o sofá, ele se jogou ali e juntou as mãos no rosto e chorou, como se fosse uma criança indefesa. Luna não tentou perguntar mais nada, apenas o abraçou e deixou suas próprias lágrimas caírem. Fred mais uma vez jogou seu peso em Luna, mas por eles estarem sentados não vejo porque interferir.

Fechei a porta e depois segui para a cozinha onde peguei uma garrafa de água e dois copos. Ofereci um para o Fred que fedia a bebida e suor.

— Eu preciso de uma bebida mais forte! — Fred não aceitou água. Ofereci também para a Luna que aceitou com a mão trêmula.

RESISTINDO A VOCÊ #1 - Duologia ResistindoOnde histórias criam vida. Descubra agora