Vice-presidente da grande revista Moderntechno, Luna Abranov vê seu mundo desabar quando seu casamento acaba. Arrasada pelas circunstâncias da separação, ela busca conforto nos braços de outro homem.
James Trambley está prestes a começar o que deve...
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O lugar onde acontecerá a corrida é um campo acidentado, enlameado e cheio de buracos.
Teve um café da manhã para todos os participantes e uma pausa para o descanso, enquanto isso muitos participantes conversavam, alguns pareciam estar se conhecendo ainda, outros pareciam ser parentes ou amigos.
A maioria são jovens entre vinte e trinta e cinco anos, e a maioria homens, notei que há mais mulheres do que Amanda citou em nossa primeira reunião e fiquei feliz em saber que Luna foi quem começou com isso.
Meus sentimentos em relação a ela estão conturbados e minha primeira reação ao sentir isso era me afastar dela, ir para longe e não ter mais nenhum contato.
Ontem cheguei a falar com o meu pai sobre ir para casa uns tempos, se ele poderia tomar conta da empresa daqui por um período.
Ele gostou da ideia, e eu me sentia aliviado. Ao mesmo tempo em que me sentia um covarde, eu nunca me senti tão confuso em relação aos meus sentimentos, como me sinto agora. A Luna que eu tentei a todo custo pintar em minha mente, uma traidora, mentirosa e manipuladora, não existia, ela era exatamente o que se mostrava, mas tinha algo mais, sua força, carisma e compaixão são misturas que me atraia e me fazia querer cuidar ainda mais dela.
Quando achava que ela era manipuladora, era mais fácil ter um motivo para me manter longe, mas agora?
Desde que cheguei ficava procurando-a pelo salão, seguindo seus movimentos com os olhos, acompanhando a curva do seu sorriso, que eu percebi ser falso. Seus olhos carregava uma sombra de preocupação. E eu só queria ser capaz de esquecer tudo e ser o que ela precisava. Mas sabia que não seria!
Senti o tapinha em meu ombro, antes de ver o Fred, ele olhou na direção em que meus olhos seguiam a Luna e sorriu.
— Obrigado por cuidar dela ontem! — O olhei enviesado.
— Não acha que deveria ser o contrário? Você proteger e cuidar dela? — Minha pergunta saiu brusca e Fred me olhou sem entender muito bem minha raiva.
Mas eu não me importava, a verdade era que saber de tudo me deixou vulnerável e eu detestava me sentir assim.
— Você não conhece a Luna, saiba que ela jamais se deixaria ser a mocinha em perigo! Eu tentei muitas vezes passar por cima da vontade dela e assumir minha responsabilidade em tudo. Mas ela foi irredutível, e o fato dela se sentir tão humilhada em relação ao que sou, me travou. Não consegui negar a ela o direito de escolher! Eu a protejo como posso, não negando carinho e atenção, mas não tem maneiras fáceis de convencê-la de que ela não precisa passar por isso, por minha causa. — Fred não exaltou a voz, mas percebi o quanto a situação o incomodava e abaixei um pouco a guarda.
— Você poderia não ter dado tanto poder de escolha para ela! Luna acha que deve te proteger da sua família, da mídia e talvez até de você mesmo, está com medo, e acha que ela tem como decidir isso sozinha? Você realmente acha que é tão frágil a ponto de não aguentar o que ela está passando? — disse, sentindo que tudo isso parecia inútil.
