PARTE 16

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Pai, eu vou ser pai? Desde que descobri, ficava me fazendo esta pergunta e testando como me sentia em relação a isso

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Pai, eu vou ser pai? Desde que descobri, ficava me fazendo esta pergunta e testando como me sentia em relação a isso.

Confesso que depois de deixar Luna sobre os cuidados de Fred, que insistiu para que viesse dormir um pouco, eu surtei, fui a um bar e pedi um uísque. Bebi três doses para me sentir anestesiado.

Como eu pude ser tão irresponsável? Espera, não fomos, usamos camisinha, tinha certeza disso! Ou será que houve algum momento em que me distrai tanto que não usei?
Como eu pude me distrair tanto? Por alguns minutos me acalmei pelo fato de que o bebê poderia não ser meu e até cogitei a ideia de não ir vê-la mais.

Porém, Fred e Rhanna bateram em minha porta hoje à tarde e me disseram que era minha obrigação cuidar da Luna e do bebê, e por mais que estivesse desesperado, concordei.

Se o bebê era meu, não havia porque tentar mentir para mim mesmo.

Quando busquei a Luna, e tive que brigar para trazê-la à minha casa, percebi o que Fred quis dizer. Luna estava acostumada a comandar e ter as coisas sob controle a acalmava. O olhar assustado dela me dizia que não adiantava forçar uma convivência. Mas estava disposto a cuidar deles, nem que precisasse invadir aquela casa. Eu tentei com todas as minhas forças me afastar. Mas não estava sendo eficiente nisso.

Ficava muito apreensivo quanto a ter que assumir um relacionamento, não estava pronto para isso. Para uma vida a dois. Ou no nosso caso, a três, e sabia que ela merecia mais do que isso. Mas no momento não me sentia bem para oferecer mais, e Luna parecia bem com a situação, ela mesmo disse que não queria. Mas algo em meu coração, sempre me fazia querer cuidar dela, e eu não iria frear esse instinto. Não quando via como minha obrigação.

A primeira noite que a ajudei a se acomodar em sua cama, nós tivemos uma briga feia, o que só reforçou a minha ideia de que um relacionamento entre nós, jamais daria certo.

Eu a questionei sobre o idiota que tentou matá-la. Que devíamos denunciar e ela:

— Não posso denunciá-lo, não sem correr o risco de ele revelar sobre o Fred! — Fiquei indignado com isso e não consegui conter a raiva que escorreu em minhas palavras.

— Não consigo acreditar que seja tão cega e burra! — Luna se encolheu sobre as cobertas e eu tentei conter minha raiva. — Luna, você está colocando sua vida em risco para proteger uma escolha do Fred? Qual o seu problema? E o bebê? Não está pensando nele? E se alguma coisa realmente grave tivesse acontecido? Ele é louco, e pode sim prejudicar o Fred, mas foi ele quem escolheu isso!

— Você não entende, eu conheço o Fred desde que me entendo por gente e ele sempre me protegeu de tudo, inclusive de mim mesma. Ele foi meu primeiro amor de todas as maneiras possíveis e enquanto eu estiver viva vou protegê-lo também! Eu não preciso que você entenda, apenas que aceite minha decisão, não importa o que diga, não vou denunciar o Douglas!

RESISTINDO A VOCÊ #1 - Duologia ResistindoOnde histórias criam vida. Descubra agora