PARTE 30

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JAMES

Desde que Luna e eu nos acertamos, me sentia realizado e amado, ao ponto de às vezes querer me chutar por ter demorado tanto. Sim, eu me acho um idiota por ter perdido tanto tempo com medo de assumir um compromisso que era inevitável. E agora minha filha estava perto de nascer e minha euforia e ansiedade estava além do imaginável.

Meu pai estava tão babão que chegou a marcar viagem para a próxima semana, para conhecer minha noiva. Era uma alegria que não cabia no meu peito.

Era nisso que eu pensava enquanto o Fred apresentava o projeto que eu sabia de cor por tê-lo planejado com a Luna. Minha noiva, minha futura e belíssima esposa. Como amava e admirava aquela mulher, a amo por tudo que ela se tornou para mim, meu maior presente!

Todos na sala tomaram um grande susto quando uma Rhanna muito louca entrou na sala sem nem ao menos bater.

— Pelo amor de Deus, alguém ajuda a Luna... — Ela me olhou emocionada e lágrimas escorreram dos seus olhos. — Minha afilhada está chegando ao mundo! — Quando ela disse isso, levantei apressado da cadeira a derrubando no processo. Fui até Rhanna com o coração na boca, todos na sala cochichavam os parabéns, mas eu não ouvia nada, só queria ir até a Luna.

— Onde ela está? — Sacudi a Rhanna levemente pelos ombros e ela sorriu.

— Na sala dela, eu já chamei a ambulância. — Assenti sem esperar mais nenhuma resposta e corri para a sala do setor de mídia sociais. Cada passo que eu dava, uma lágrima descia e eu limpava, sempre fui um homem com as emoções afloradas, mas nesse momento, sabendo que minha filha logo estaria em meus braços, era um sentimento que nunca tive antes. Era como se uma parte do meu coração estivesse me deixando e eu não poderia estar mais feliz por isso. Sabendo que se qualquer mal acontecesse a ela eu jamais seria o mesmo novamente.

Cheguei à sala e abri bruscamente, uma Amanda risonha e ao mesmo tempo preocupada dava sua mão para que Luna a apertasse e não se sentisse sozinha. Ela estava deitada num sofá branco, com a outra mão apoiada na barriga. Ajoelhei-me à sua frente e seu semblante assustado se suavizou quando me viu.

— Achei... que tinha saído correndo! — Ela disse ofegante. — Você demorou. — Ela disse com a voz fraca e mais uma onda de dor a acometeu, peguei sua mão livre e não sabia que Luna pudesse ter tanta força.

— Eu acabei de saber, me desculpe, amor! Vim o mais rápido que pude. — Luna assentiu respirando rápido e fiquei com vontade de tomar seu lugar para que ela não sofresse tanto. — O que quer que eu faça? Como posso ajudar? — Luna fechou os olhos descansando a cabeça, aproveitando os segundos sem dor.

— Só fique comigo, não me deixa sozinha!

— Nunca! — Ela sorriu e apertou minha mão, mas dessa vez mais fraco.

Uma nova onda de dor fez Luna se contorcer e eu fiquei desesperado por essa ambulância não chegar.

— Essas dores não estão muito curtas? Não deveria estar com espaço de tempo maior? — perguntei, Amanda me olhou preocupada e assentiu.

— Eu temo que se a ambulância não chegar logo, ela terá o bebê aqui! Estão bem rápidas. — Amanda disse e Luna abriu os olhos nervosa.

— Calma, meu amor! Eles vão chegar a tempo! — Luna estava ofegando e seus olhos marejados, mas mesmo assim ela assentiu confiando no que eu dizia.

Quando finalmente a ambulância chegou, eles a levaram para o carro e me deixaram acompanhá-la.

O enfermeiro fez os procedimentos necessários enquanto o carro andava em alta velocidade, com a sirene ligada.

— Eu irei fazer um exame de toque na senhora para saber com quanto de dilatação está! — Luna assentiu e eu fiquei nervoso quando ele levantou o vestido dela, dei a mão a ela e tentei manter a calma enquanto ele fazia o tal do exame. Vi um sorriso no rosto do homem e ele olhou para Luna. — Bom, mamãe, pelo jeito seu bebê não quer esperar chegar no hospital, ela já está coroando, vou precisar de toda sua força e coragem para trazermos ela ao mundo.

— Ela vai nascer aqui? Agora? — Luna perguntou com a voz rouca. O enfermeiro assentiu. — A minha médica já está esperando a gente chegar!

— A sua filha não irá esperar, não se preocupe, já fiz isso antes! — Luna assentiu com os olhos arregalados. — Você vai precisar empurrar, faça força! Vamos lá, Luna!

Luna empurrou algumas vezes, o suor pingava e tinha momentos que ela desistia e respirava forte com a cabeça virada para mim, seus olhos estavam dilatados pela força que tinha feito, e eu vi que estava com medo.

— Eu não consigo — dizia e chorava.

— Você consegue, meu amor, eu estou aqui com você e se pudesse te ajudaria, mas eu estou aqui, vamos, empurre! — Dei um aperto firme em sua mão e coloquei minha outra em cima. Ela tomou mais algumas respirações e fez força, mais uma vez e outra...

— A cabeça saiu! — O homem pegou um bisturi. — Agora é mais fácil, empurre mais uma vez! — Luna empurrou com muita força e um gritinho fino preencheu o ambiente. Luna se deixou cair na maca, respirando fundo! Depois, como se não estivesse cansada, ela esticou os braços para o pacotinho que o enfermeiro enrolou, dando nossa filha para ela, a bebê diminuiu o choro assim que Luna a pousou em seu peito. Eu ainda segurava a mão dela, chocado e emocionado.

Ela ainda estava suja, o enfermeiro só limpou seu rostinho, antes de passá-la para a mãe, mas não importava, quando ele a deu para Luna, eu vi a coisa mais bela e delicada desse mundo. Luna ria e chorava enquanto segurava um pedaço do nosso coração.

Levei meu dedo indicador até sua minúscula mão e ela a agarrou como se soubesse quem eu era. Eu nem enxergava mais pelas lágrimas de emoção que nublavam meus olhos.

— Ela tem meus olhos — falei emocionado e Luna riu.

— Parecem mais com os meus! — Eu ri e discordei.

— Os seus são mais claros! — Luna deu de ombros.

— Não importa, ela é linda! — Ela disse e concordei.

— O presente mais lindo que Deus nos deu. — A olhei, fascinado.

— Obrigado, meu amor! Esse é o momento mais feliz da minha vida, e só está sendo possível por causa de você! Eu amo vocês!

— Eu também amo vocês! — Luna beijou a cabecinha da Júlia e eu fiz o mesmo, depois dei um beijo nos lábios da minha noiva, agradecido por esse momento feliz das nossas vidas.

— Eu também amo vocês! — Luna beijou a cabecinha da Júlia e eu fiz o mesmo, depois dei um beijo nos lábios da minha noiva, agradecido por esse momento feliz das nossas vidas

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RESISTINDO A VOCÊ #1 - Duologia ResistindoOnde histórias criam vida. Descubra agora