Capítulo 8- O primeiro beijo ♡

49 9 0
                                    

- Tenho medo não bebê.- Ele diz deboxado.

- Tu vai levar a guria nova naquele quarto ali, nós vamos ficar olhando pela câmera e vamos trancar vocês. Tu tem que beijar ela sentado na cama, tipo cena de romance. Tem que parecer apaixonado. Depois de 10 minutos tiramos vocês de lá.

- E o que eu vou fazer com o resto do tempo ? Isso eu faço em um minuto.

- Sei lá. Problema é seu.

Eu enguli seco na hora,  achei meio escroto o jeito que ele falou, mas fingi que não era comigo,  fizemos como ele disse na intenção de acabar logo com isso. Trancaram a gente no tal quartinho já avistei a câmera, ele se aproximou lentamente, me segurando pela nuca que já arrepiava inteira, eu fui me afastando para trás até esbarrar na cama. Meio que cai sobre ela e ele veio se deitando em cima de mim, beijou meu pescoço diversas vezes até subir para minha boca, eu queria resistir mas nunca tinham me tocado daquele jeito. Por um momento me esqueci que era um jogo aquilo, esqueci a câmera e quase achei que ia rolar de tudo ali. Ele me beijou lentamente, nossas línguas se entrelaçavam como se uma soubesse exatamente que o espaço restante era da outra. Foi como se eu fosse no céu e voltasse. Ele passava a mão no meu rosto e no meu cabelo com o maior carinho. Paramos o beijo ele se levantou olhou no meu olho e disse friamente:
- Pronto né, agora e só esperar esses malucos soltarem a gente.-  Sentou na poltrona lá e ficou olhando pro tempo. Tinha umas frutas na mesinha ao lado e ele já pegou a maçã e foi comendo. E sem brincadeira.. eu o olhei todo o tempo e ele nem sequer falou uma palavra. Aqueles minutos Pareciam uma eternidade. Eu não conseguia entender como uma pessoa podia ter personalidades tão diferentes, como aquele que eu estava vendo poderia ser o mesmo que a poucos minutos me tirava o ar com o melhor beijo do mundo. Escorria uma lágrima, imediatamente eu a limpei. Não ia demonstrar nada. Também não tentei puxar papo. Finalmente eles abriram a porta rindo horrores. A Gaby já pulou no colo dele, entregou-lhe uma cerveja e disse:

- Relaxa amor eu tiro esse gosto ruim da tua boca mais tarde. Tu dorme na minha casa hoje.- me olhava com uma cara de nojo impossível de não notar. 

- Pode ser gata. Agora Bora continuar o jogo lá.

Me senti muito mal, mas não ia falar nada, já que estava todo mundo agindo como se nada tivesse acontecido, seria assim pra mim também.

Seguimos pra roda e percebemos que o jogo continuava na nossa ausência.

ValentinaOnde histórias criam vida. Descubra agora