One

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CHAPTER 1, DRUGS?!

Renjun amassou o ultimo papel que usou para se limpar e sem realmente olhar para a lixeira, atirou o lenço para que caísse dentro.

Suspirou fundo deitado na cama toda bagunçada, suas roupas estavam amassadas, seu corpo suado. Parecia ter rolado muito mais lá além do que realmente aconteceu.

Olhou as próprias mãos e as viu sujas. Sentiu preguiça em levantar, mas seria sujo dormir daquela forma.

Levantou-se e foi até o banheiro, parou na pia e lavou as mãos com sabão.

Estavam limpas novamente, mas já sentia vontade de fazer de novo.

Olhou-se no espelho e riu irônico com o que viu. Sentia-se patético. Não queria ter que pensar nas mãos de Jeno para poder chegar ao ápice, queria ser tocado por elas e chegar ao ápice com a ajuda delas.

Pensar em Jeno, mais exatamente em seus dedos, sua mão, seus braços, o fazia ficar excitado.

─ Droga... ─ Resmungou vendo que estava ficando "animado" de novo.

No fim, teve que tomar um banho gelado para abaixar.

[...]

Acordou com dois círculos escuros embaixo dos olhos. Culpa da "brincadeira" da noite passada que perdurou tempo até demais. Pegou a sacola posta na lixeira e a levou consigo, seria vergonhoso caso sua mãe visse aquela montanha de lenços usados.

Foi para o colégio animado em poder ver Jeno hoje também, não Jeno, mas o coreano era necessário.

─ Bom dia ~ ─ Haechan foi quem cumprimentou o garoto.

─ Dia. ─ Foi simplicista ao colocar alguns livros no armário enquanto cumprimentava o amigo. ─ Viu o Jaemin?

─ Não chegou ainda. ─ Respondeu. ─ E acho que nem vai.

─ Imaginei. ─ Fecha o armário e acompanha o amigo pelo corredor. ─ Ainda bem que estudei a parte dele no trabalho.

─ Não sei como ainda tem coragem em fazer trabalho com ele como dupla.

─ Bom... ─ Eles param de andar para entrar na sala de aula. ─ É um acordo que temos. Eu o ajudo com isso e ele me ajuda com outra coisa.

Renjun entra na sala e Haechan fica parado na porta, pensava no que poderia ser a ajuda da qual o amigo falou. Pensou mas nada de bom veio disso.

─ Drogas? ─ Praticamente gritou.

A sala voltou-se para olhar o garoto, alguns deram risada, outros ficaram surpresos e até mesmo curiosos em saber do que se tratava. Renjun ficou envergonhado e bravo ao mesmo tempo. Envergonhado pois Jeno estava lá sentado a sua frente quando o amigo gritou olhando em sua direção. E bravo porque Haechan era um idiota.

─ Vai embora, garoto. ─ Gesticulou com os lábios enquanto fazia uma faca imaginária com o dedo. Passou a "faca" no pescoço enquanto várias expressões assustadoras eram feitas.

─ Acho que vou indo. ─ Haechan foi para sua classe rindo do amigo.

Renjun bufou como se todo o ar em seus pulmões pudesse finalmente ser liberado. Marcou um pequeno lembrete mental de matar o Heachan e olhou em volta os outros alunos, torcia para que não o estivessem olhando mais.

─ Não sabia que gostava de drogas. ─ Jeno virou-se na cadeira para ver o chinês.

─ É, acho que agora todos sabem. ─ Fala pondo sua mochila na cadeira e se sentando logo em seguida.

─ Devia ter me falo, conheço um ótimo fornecedor. ─ Sussurrava como se contasse um segredo.

─ Jura? ─ Falou com a expressão séria entrando na brincadeira. ─ Pode me passar o contato?

Por um segundo Jeno pareceu assustado, seu antigo leve sorriso de quem se segurava para não rir desapareceu também.

─ Eu estava brincando. ─ Jeno pareceu um tanto sério.

─ Eu também. ─ Renjun se desesperou ao pensar que o coreano havia acreditado em sua brincadeira. ─ Sério, eu estava brincando. Minha mãe me mataria se descobrisse que uso drogas. Mas eu não uso. Então não tem como ela descobrir. Entende? Tipo, nem dinheiro para comprar eu tenho. Usaria uma vez e nunca mais teria grana pra isso.

Jeno segurou-se para não rir do desespero expressado pelo garoto, era engraçado como se enrolava com as frases.

─ Fica tranquilo. ─ Jeno vira-se para frente sorrindo. ─ Não vou contar praʼ ninguém que você usa drogas.

Antes que pudesse contestar algo o professor entra na sala, manda todos se sentarem e que fiquem quietos. Renjun não sabia o que fazer. Se burlava o que o professor havia falo e tentava mais uma vez explicar para Jeno que ele não usava drogas, ou se desistia e enforcava-se ali mesmo com o cadarço do sapato.

No fim optou por uma terceira opção, não fazer nada. Era sem dúvidas a mais fácil.

Que ótimo jeito de começar o dia.

apenas me toque com suas mãos - norenOnde histórias criam vida. Descubra agora