Twenty Eight

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CHAPTER 1 VOL. 2, BOX

Se alguém me perguntasse como tudo começou, eu provavelmente não saberia responder.

Na verdade, talvez tenha sido desde o primeiro dia, quando falando no alto do palanque do colégio, ao longe, pude o ver olhando diretamente para mim. Claro que era mais que natural que o estivesse fazendo, já que o diretor havia feito questão de me anunciar de forma bem entusiasmada, mas por algum motivo, naquele momento a forma na qual me olhava era estranhamente diferente das demais.

Mas após aquele mísero segundo de olhar, vê-lo na sala de aula nos dias que prosseguiram não foi nada além do normal.

Eu já havia tido alguns admiradores masculinos anteriormente, porém nenhum foi como ele. Ele não me olhava nos olhos, não tentava qualquer aproximação e nem ao menos parecia ter algum interesse em mim. Eu não tinha ideia do porque havia me olhado daquela forma naquele dia e muito menos do porque aquilo tinha me chamado tanto a atenção.

Não demorou muito para que sua simples presença nos jogos de basquete me fizesse cada vez mais instigado. Ele estava sempre ali, com o caderno de desenho em uma mão e o lápis em outra. Ora ou outra seus olhos desgrudavam da tela, procuravam freneticamente por mim, e por segundos, aparentavam me encarar.

Graças a um amigo de amigos, consegui descobrir um pouquinho mais sobre ele, nada que realmente me ajudasse a entendê-lo, mas o bastante para me deixar ainda mais curioso.

Em algum momento, me cansei de esperar e tomei a iniciativa de começar uma conversa com o pretexto de precisar de ajuda para entender a matéria após a aula, não durou muito, somente o suficiente para me fazer cada vez o querer mais.

É, acho que foi isso, minha atração por Huang Renjun começou desde o dia 1, e então, nunca mais passou.

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— Jeno! — O garoto o chama de volta a realidade.

— Desculpa, o que disse?

— Onde quer que eu deixe essa caixa?

Dentro do seu novo quarto, ele e Renjun organizavam as coisas enquanto conversavam durante a maior parte do tempo. As caixas de mudança na sala de estar se empilharam cada vez mais durante a tarde e só algumas horas depois tomaram coragem para sair do aconchego do sofá para colocarem a mão na massa.

O quarto era simples, com paredes em tom claro e uma janela com vista para o parque em frente ao apartamento, não era metade do espaço que seu quarto anterior, mas era o suficiente para que seus móveis coubessem cada um perfeitamente em seu lugar. Como se fosse predestinado a ser dele.

— O que tá escrito nela? — Pergunta colocando mais uma de sua camisas dentro do guarda-roupa.

— "Bugigangas"? — Lê a escrita meio desajeitada que estava na parte superior da caixa de papelão em seus braços. — Acho que é isso.

— Ah, são os meus DVDs. — Ele para o que esta fazendo para olhar o outro garoto. — Pode deixar aqui dentro do quarto mesmo.

— DVDs? Você faz parecer que estou namorando um senhor de 85 anos. — Sorri. — E por que colocou "bugigangas" ao invés de só "DVDs"?

— Para o meu pai não ver. Na verdade, essa caixa estava escondida em cima do meu guarda-roupa pelos últimos 3 anos.

— Isso explica todo o pó. Posso abrir? — Recebendo um aceno de consentimento, ele se senta no chão colocando a caixa na sua frente e usa o estilete em sua mão direita para o fazer. — Mas por que escondeu durante tanto tempo?

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⏰ Última atualização: Nov 11 ⏰

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