Epílogo

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Tudo parecia muito mais que um sonho, o azul da água e o sol que dava uma sensação agradável de frescor era o cenário daquela viagem.
Seus olhos não poderiam deixar de captar algo tão mais perfeito. Olhos, boca, nariz, o formato de suas bochechas, e ate a risada leve de inocência fazia com que o seu espirito se alegrasse. Céus e ela ainda não acreditava que poderia existir tamanha felicidade, se ela tinha certeza que felicidade maior que ela já havia vivido era o bastante.
Ela fechou os olhos e pousou a mão em seu ventre. Apenas mais alguns dias, ela pensou. Apenas mais alguns dias e lá estarão eles em terra firme.
Não se sabia muito bem qual era o mais bonito. Se era o azul do mar ou o azul dos olhos de uma mulher apaixonada. 
A água calma não balançava o barco e tão pouco fazia a mulher apaixonada ou a pequena menina, que estava sentada brincando, passarem mal. 
O homem com os olhos mais tranquilizadores, encantadores olhava para elas admirando-as. A pequena menina foi a única a perceber a presença dele ali, então ao ver que ele sorria para elas, a pequena menina sorriu muito mais, com um sorriso inocente e logo tratou de engatinhar ate aquele homem que a fazia tanto feliz.
Ele logo pegou a pequena nos braços e a encheu de beijos. Fazendo com que ela soltasse gritinhos de felicidade.
A moça apaixonada sorriu sabendo exatamente quem estava ali.



Poncho sorrindo: Mamãe ta preguiçosa não é meu amor?


A pequena menina beijou o pai e sorrindo olhou para a mãe, parecendo que entendia muito bem do que e de quem o seu pai estava falando.

Anahí sorrindo: Papai que me acostumou assim.

PAPÁ.

A pequena menina disse e satisfeita com o que acabara de fazer sorriu ainda mais, beijando novamente o rosto do pai.

Poncho sorrindo emocionado: O que você disse minha pequena?


PAPÁ.

Ela disse de novo, mas dessa vez havia duvida no rosto da pequena, então ela encarou a mãe, que naquele momento estava sentada, também emocionada.

Mamá.

Ela disse logo em seguida tentando entender por que os pais estavam quase chorando.

Anahí levantou e abraçou os dois: Eu amo vocês.

Poncho sorrindo acariciou o rosto dela: Nós também te amamos. 



Por você não haverá mais choro

Por você o sol estará brilhando

Porque sinto que quando estou com você

Está tudo bem, eu sei que está tudo bem


Despertei de meus sonhos quando ouvi um choro. Sentei na cama, e esfreguei os olhos. O choro foi parando e eu achei estranho. Levantei e sai do quarto indo para o quarto ao lado que tinha cheiro de inocência e pureza.
Quando abri a porta não pude acreditar. Seria possível? Ou eu ainda estava sonhando?
Uma mulher de cabelos longos e cacheados ninava a minha pequena menina.
Fui me aproximando e cada passo que eu dava, parecia que meu coração iria sair pela boca.
Mas, era possível não era?
.

Poncho sorrindo: Petit?

Ouvindo a voz dele, parecia como se fosse a primeira vez.
Tinha o mesmo efeito devastador de minhas ações.
Detinha completamente a minha respiração e o meu coração parava de bater.
Mas, não, não era como o meu coração havia falhado na hora do parto.
Não, não era algo ruim. Era bom.
Era o meu amor por ele.

Luz dos OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora