O natal passou, mas, a magia que a data representa não, essa magia ficou.
O ano que entrou, era o que Anahí esperava.
Gravida, noiva e ainda realizada profissionalmente.
E Alfonso não era tão diferente, ele também esperava aquele ano.
Esperava um filho, noivo, sua clínica finalmente estava funcionando, e havia encontrado a mulher de sua vida.
A barriga de Anahí estava grande, claro, não era para menos, afinal de contas sua gravides era de sete meses. Exatos sete meses.
Ela havia parado de usar salto e evitado qualquer tipo de aborrecimento.
E Alfonso estava mais cuidadoso que antes, só que isso, era da natureza dele.
Anahí desceu do carro do irmão e beijou seu rosto antes de sair, pegou dentro da bolsa seu celular, e deu um tchau para ele. O irmão pela primeira vez não esperou que ela entrasse, apenas foi embora.
Anahí parou, e atendeu o celular que tocava incansavelmente.
O calor da primavera deixava ela muito feliz. Finalmente o frio havia ido embora.
Annie: Sim, Kris.
Kris emocionada: Parabéns.
Annie: Hoje nem é meu aniversario.
Kristen: Você é madrinha de uma menininha.
Annie sorriu: Você descobriu o sexo?
Kristen: Finalmente ela deixou a gente ver. Robert está tão feliz.
Annie sorrindo alisou a barriga dela, já que o bebê havia chutado: Eu imagino. Ele já foi para clinica?
Kristen: Sim, eu estou quase chegando na agencia.
Annie mordeu o lábio inferior: Vou comprar chocolate, me deu vontade agora. Assim que chegar me espera na porta.
Kristen: Não vá muito longe, por favor.
Annie: Não irei.E Anahí realmente não iria demorar.
Ela atravessou a rua e entrou na cafeteria que tinha bem perto da agencia.
Assim que ela fez os pedidos, por que ela não pediu só chocolate, o telefone tocou.Annie sorriu: Meu amor.
Poncho sorriu: Onde está Petit?
Annie sorrindo: Na cafeteria em frente a agencia, por que?
Poncho: Queria te ver. Daqui a pouco chego ai na agencia.
Annie: Vou te esperar.
Nem sempre o que acontece, é o que queremos ou esperamos.
Anahí saia da cafeteria segurando sua bolsa e uma sacola com doce, os mais variados doces. E ela estava feliz por tudo o que estava acontecendo em sua vida.
Apesar de todo o medo, no final de tudo, ela estava quase ganhando seu filho. Aquele que não queria ser descoberto. E mais alguns dias, e ela teria que esperar apenas um mês para ver o rosto do seu primeiro ou primeira bebê.
Ela atravessava tranquilamente, nenhum carro estava vindo. Kristen estava do outro lado, já esperando por ela.
E então, uma bicicleta vinha a todo vapor pela rua, Anahí não percebeu. O Ciclista passou do lado dela, e com o susto Anahí deixou a sacola cair no chão. Kristen andou rápido ate poder se aproximar de Anahí.
Kristen levou a mão na boca: AI MEU DEUS.
Annie pálida: Kristen... eu não...
Anahí não conseguiu dizer mais nada. Taylor que estava saindo da agencia viu o ciclista passando do lado de Anahí, correu, e só por isso, Anahí não caiu no chão.
Taylor pegando Anahí no colo: Kristen, saia da rua. E ligue pro Poncho agora!
Sábios dizem que somente os tolos têm pressa
Mas eu não posso evitar me apaixonar por vocêDevo ficarIsso seria um pecadoSe eu não posso evitar me apaixonar por você
Eu não ouvia bem.
Primeiro, os gritos.
Abri os olhos e vi Poncho, chorando. Sua camisa branca tingida de vermelho.
A escuridão me tomou. Então, ouvi sirenes.
Abri os olhos novamente, algo estava me matando, algo estava me machucando. Tentei gritar, mas nenhum som saiu.
Senti um aperto forte em minha mão, olhei para o lado e vi Poncho ali.
Meus olhos se encheram de lagrimas, e eu senti uma dor surpreendente.
E então a escuridão novamente me pegou.
Nada mais fazia barulho. Nada mais parecia ser real.
Um barulho hora ou outra me fazia ouvir.
Abri os olhos, e a ultima coisa que eu vi, foi todos aqueles que eu amava, me olhando através de um vidro, enquanto uma mascara chegava em meu rosto.
Então a escuridão me pegou novamente.
Como um rio certamente flui para o mar
Querido, assim aconteceAlgumas coisas estão destinadas a serEntão pegue a minha mão, e tome toda a minha vida tambémPorque eu não posso evitar me apaixonar por você
Ruth: Você chegou contar para ela sobre o casamento?
Poncho tirou a aliança e entregou para mãe: Não. Iria fazer isso hoje.
Armando entregou para ele uma camisa: Vá se trocar, sua blusa está completamente suja de sangue.
Poncho suspirou quase chorando novamente: Eu não demoro!Fui ate o banheiro e lavei as mãos tirando todo o sangue.
Tirei a camisa e coloquei outra.
Não poderia perder ela, não poderia perder o nosso filho!
Logo agora que havia conseguido o lugar perfeito, numa estação perfeita, para o nosso casamento.
O jardim de Versalhes seria exatamente o lugar da nossa união.
Depois de ter me limpado, sai do banheiro, e quando cheguei perto dos meus pais, nada mais parecia fazer sentido.
Poncho: O que houve?
Ruth chorando cada vez mais e ao ver os pais de Anahí com os irmãos ela chorou ainda mais: Sinto muito, meu filho.Como um rio certamente flui para o mar
Oh, meu querido, assim aconteceAlgumas coisas estão destinadas a serEntão, por favor, não pegue a minha mãoE nem a minha vida inteira tambémPorque eu não posso evitar me apaixonar por vocêApaixonar-me por você
Alfonso não esperou, tão pouco quis ouvir mais alguma coisa.
Ele saiu correndo e entrou com pressa na sala de cirurgia.
Os médicos o encararam.
E uma das enfermeiras tentou retira-lo dali. Porem ele se esquivou, e logo se encontrou com a mesa que ela estava deitada.
Do outro lado, do vidro, se via a mãe de Anahí sendo abraçada pelo pai dela. A mãe inconsolável, o pai tentando ser forte. Mas estavam todos, absolutamente todos acabados.
Poncho não ouviu nada, apenas viu sua Mon Petit ali, deitada, pálida. Parecia tanto com aquela mulher que ele havia visto pela primeira vez. Aquela que ele se apaixonou no momento que colocou os olhos nela.
Alfonso não ouviu, não se tocou, o choro fino mas ensurdecedor que invadia aquela sala vazia. Ele não percebeu quando o aparelho que monitorava o coração de Anahí falhou. A única coisa que ele fez foi beijar os lábios dela, deixando todas as lagrimas rolarem por seu rosto.
E logo depois, bem logo depois dois enfermeiros retiraram ele a força da sala...
Agora ele não via nada, nem a luz dos olhos dela, muito menos o choro ensurdecedor de seu pequeno filho.
A parte mais difícil em se despedir é ter que fazer isso todos os dias. Todos os dias enfrentamos a mesma verdade. De que a vida está passando rapidamente. Que o nosso tempo aqui é curto. E para homenagear os que se foram, Devemos viver bem nossas vidas.
Todos os dias encaramos a mesma realidade. Que o nosso tempo aqui é curto. E para honrar os que já foram, temos que viver asa nossas vidas bem. Devemos perdoar quando podemos e permitir que as nossas leis comuns nos reúnam.
One Tree Hill.
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Luz dos Olhos
FanfictionAcredita em anjo? Pois é, sou o seu... Soube que anda triste. Que sente falta de alguém. Que não quer amar ninguém. Por isso estou aqui. Vim cuidar de você. Te proteger, te fazer sorrir. Te entender, te ouvir .E quando tiver cansada. Cantar pra você...