Foi o Namjoon

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Eu levanto da minha cama com a boca seca, então decido ir à cozinha do Castelo para pegar um copo d'água, pois não queria incomodar as empregadas.

  Os corredores parecem estar mais longos, eu nunca chegava na escada em que me levaria perto da cozinha. Continuo caminhando com meus pés descalços tocando o mármore gélido me causando arrepios, cruzo meus braços na tentativa de me aquecer naquela noite fria, porém é em vão. Olho para meu lado esquerdo e percebo uma pintura que jamais tinha visto nesse castelo, nela, havia um homem muito parecido com Jungkook com uma mulher linda e com traços asiáticos fortes. Deduzi ser os pais de Jeon. Como nunca reparei nisso?

   Resolvo seguir meu caminho quando ouço passos atrás de mim, paro e reuno coragem para virar, mas quando faço, não há nada. Agora com as mãos suando decido continuar, mas os passos incessantes voltam, como se estivesse tentando me alcançar, por mais que meus passo estejam sendo devagar.

  Viro meu corpo inteiro à fim de enfrentar o que está me assustando, mas novamente: nada.

   Quando viro para frente, meu corpo inteiro congela. Ali vejo Gaia. Parada. Com um vestido impecável bege com seus cabelos soltos me olhando, seus olhos estavam suplicantes, pedindo algo que eu não entendia. Ela murmurava algumas coisas, mas eu estava assustada demais para tentar entendê-la.

Você e Jungkook correm perigo.

É o que ela finalmente consegue dizer, ela tenta tocar em mim, porém eu grito. Seus olhos se apavoram, seus passos recuam e por um momento acho que ela é real. Até ela dizer:

Eu voltarei.

  E ela desaparece.

Fecho meus olhos e tampo meus ouvidos tentado esquecer e não ouvir mais nada daquilo. Até que ouço outra voz, não pode ser ela de novo...

— Abra os olhos, olhe para mim.

— Não, não, não! Por favor, vai embora... — Digo chorando, minhas mãos estavam trêmulas, meu corpo mole parece que iria despencar à qualquer momento, mas as mãos ágeis me pegam antes que eu possa cair.

  Com a visão turva vejo o dono da voz: Jungkook.

                             [...]
 
— Cadê a Junnie? Ela está aí, não está?

  As amigas de Junh estavam gritando com Brenny, o braço direito do conselheiro Seokjin, para que a mesma permita a passagem para elas para ver como está a mais velha.

— Será que a Junnie está bem? Ai, Meu Deus! Foi minha culpa, não deveria ter deixado ela sozinha... — Sue lamenta e procura os braços de Bee para ser consolada, mas a mesma sabe que Bee odeia abraços.

— Sue, nós nem sabemos o que houve com a Junnie e você já está se lamentando? — Sue confirma segurando as lágrimas — Less, a Sue quer chorar! Eu não sei lidar com isso...

— Olha aqui, guarda costa do Jin, você vai me deixar entrar agora porque se não, eu pego sua...

— Less! Chega. Não adianta ameaça-la, nós nunca fomos boas com palavra, mete a porrada nela. — Bee interfere.

— Está bem, parem agora mesmo. Não vamos bater em ninguém. A Junnie precisa de nós seja lá o quê está acontecendo, vamos manter a porra da calma.

  Less e Bee se afastaram da porta e resolveram esperar sentadas, pois Sue está às repreedendo com palavras e olhar.

   Jin sai do quarto junto com Jungkook, o mesmo sai com um olhar irritado e cabelos desgrenhados. Certamente ele não tinha dormido muito bem, pois ele fora alertado que Junh estava sozinha pelos corredores de madrugada.

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