Livro três da trilogia: A Assassina, A Princesa, e A Rainha)
Maria vive uma vida comum com os pais adotivos e não tem ideia de sua verdadeira origem. Mas o que ela não esperava é que seu destino ainda reservava diversas surpresas, e ao começar a tra...
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O corpo de Anthony foi levado pelo rei Henrique até a França e lá foi feito o enterro. O rei mandou que fizessem buscas pelo paradeiro de Frederico de Bourbon, mas o maldito se escondia tão bem quanto um rato, e ficou recluso à espera do momento perfeito para atacar novamente. Maria se sentia mais aliviada com a morte de Anthony, ela sabia que estava livre dele, mas ainda se sentia ameaçada com o que Frederico poderia fazer com ela. Ela passou a noite ao lado de Lorenzo, e ao acordar pela manhã levantou-se tentando não o acordar e sentou-se na cama. Tudo que ela mais queria era encontrar com aquele maldito e mata-lo, ela teria que fazer isso se quisesse continuar viva.
— O que há de errado? - Perguntou Lorenzo ao lado dela.
Ele pegou a mão dela carinhosamente e a beijou. Maria sorriu de leve para ele.
— Eu me sinto pressionada e com medo, mesmo com a morte de Anthony. Queria matar Frederico para finalmente conseguir viver em paz. Eu não quero que ele machuque ninguém de minha família.
— Eu não vou deixar que ele faça nada disso. Logo iremos pega-lo, ainda mais agora que o rei Henrique decidiu colaborar em tentar encontra-lo. Aqui no palácio todos estão a salvo, não há com o que se preocupar.
Maria assentiu.
— Pelo menos estamos juntos, isso para mim já é um grande alívio.
Lorenzo sorriu para ela.
— E agora mais do que nunca estaremos sempre juntos não importa o que aconteça.
Maria sorriu para ele e se inclinou para beijar sua boca. Logo depois ela levantou-se e decidiu voltar para seu quarto, o dia já tinha amanhecido e ela não queria levantar suspeitas, eles precisavam ser ainda mais discretos após a morte de Anthony para que ninguém ficasse imaginando coisas absurdas e os acusasse de algo. Ao caminhar pela sala Maria deu de cara com o mensageiro, e ele tinha uma carta nas mãos, ele logo a parou assim que a viu.
— Recebemos uma carta esta manhã vindo da Escócia, como já está acordada acho que devia ler, pelo que está escrito é urgente. - Disse o mensageiro.
Maria assentiu, seu coração bateu forte no peito. Será que Frederico fez algo contra seus avós? Ela leu a primeira frase da carta e um nó se formou em sua garganta, lágrimas desceram por suas bochechas e a carta foi para o chão. Ela colocou a mão sobre a boca completamente chocada. Ela não conseguia acreditar que seus avós estavam mortos. Simplesmente não podia.
— O que aconteceu? O que dizia na carta? - Perguntou o mensageiro nervoso.
— Meus avós... eles morreram na outra noite.
O homem ficou chocado com a notícia e seguiu diretamente para a cozinha do palácio para avisar o que tinha acontecido. Maria sentia que seu coração fora quebrado ao meio, mas ao mesmo tempo ela agradeceu a oportunidade que teve de ao menos conhece-los e conviver com eles mesmo que tivesse sido por pouco tempo. Pois foram aqueles momentos em que passou ao lado deles que a ensinaram a ter ainda mais força dentro de si. Ambos foram um exemplo que ela definitivamente ia seguir até o fim dos dias.
