Capítulo 39 - Epílogo Parte I - A Princesa e o guarda.

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Sete anos depois

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Sete anos depois...

Espanha, setembro de 1559

A carruagem se movimentava com rapidez, e Alice sentia o coração disparado. Fazia tanto tempo desde que tinha colocado os pés na Espanha, na verdade ela ainda era uma menina desde a última vez que esteve lá, mas agora já era uma mulher, e assim que completou seus dezoito anos o pedido único dela foi que ela voltasse a morar na Espanha. Claro, ela amava os pais, e seu irmão John, mas estava cansada da Escócia, ela sentia falta da cidade de onde cresceu, e queria poder estar perto dos sobrinhos e da irmã Maria. Alice tinha o gênio forte dos Stuart, e quando colocava algo na cabeça era difícil convence-la do contrário, ela então conseguiu convencer os pais de deixa-la morar na Espanha com a condição de que de tempos em tempo ela viajaria para vê-los. Obviamente que ela aceitou de imediato, ela agora seria livre para fazer o que bem entendesse, ela sabia bem que Maria não ia prende-la como seus pais faziam. E Alice tinha um espirito aventureiro desde criança, mas conforme foi ficando mais velha a beleza dela chamou a atenção de diversos cavalheiros da sociedade escocesa. Dois príncipes tiveram a coragem de pedi-la em casamento, e ouviram um não como resposta, ela era conhecida como a princesa quebradora de corações e mais ninguém ousou em fazer outro pedido. Alice falava o que pensava sem ter medo do que poderiam pensar, andava a cavalo por horas se fosse permitido, mas antes de qualquer coisa ela queria um amor como o que seus pais tinham, ela não aceitaria qualquer pedido de casamento sem realmente estar apaixonada. Que pensassem o que quisessem, era ela quem ia dividir a vida com alguém, e ela queria ter a mesma sorte que sua irmã teve. A carruagem parou em frente ao palácio e Alice sorriu animada, abriu a porta e ao sair viu que um dos guardas estendeu a mão para ajudá-la a descer. Ela olhou para ele por alguns segundos e franziu a testa. Ela conhecia aquele rapaz de algum lugar, só não conseguia se recordar de onde.  Foi então que pensou um pouco e chegou a una conclusão que trouxe um sorriso a seus lábios. Aqueles olhos pertenciam a...

Mateo... você é Mateo, não é?

Ele sorriu, não acreditava que ela tinha conseguido se lembrar dele. Quando soube do retorno de Alice ele ficou louco, se lembrava muito de como foram amigos, e a curiosidade dele era enorme se ela se recordaria dele. Mas nem em seus maiores sonhos ele poderia imaginar que ela estaria tão linda. O cabelo loiro estava maior, os olhos azuis continuavam os mesmos, e o sorriso de menina não tinha mudado também, mas ela agora tinha se tornado uma mulher e ele seria louco se não notasse isso.

Sim, sou eu, Mateo Castro. È um prazer revê-la, alteza.

Ela sorriu para ele, e o olhou de cima a baixo. O tempo realmente o fez bem, ele não era mais aquele menino com roupas surradas, na verdade o cabelo dourado e os olhos azuis naquele rosto com queixo quadrado eram quase uma obra de arte italiana, ainda mais quando ela reparou no uniforme que ele usava. Aqueles braços fortes não existiam a sete anos atrás.

A Princesa Perdida (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora