Capítulo 40 - Epílogo Parte II - O Impacto de uma rainha.

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Alice acordou na manhã seguinte com a cabeça dolorida e meio envergonhada pela forma com que tinha se comportado na outra noite. Mas que Mateo pensasse o quisesse dela, ela somente disse o que queria e aquilo não poderia ser considerado um crime. Ela levantou-se e se arrumou colocando seu melhor vestido, um vermelho com rendas douradas. Após se arrumar ela desceu as escadas e seguiu até a sala para tomar seu café da manhã, mas não viu Maria por lá e aquilo foi um sinal para ela de que algo estava errado. Ela seguiu para o escritório da irmã, e ao bater na porta e abri-la viu que Maria estava acompanhada de Lorenzo e Catarina, sua mais confiável conselheira.

O que houve? Achei estranho não os ver na mesa do café. - Disse Alice.

Maria suspirou pesadamente.

Elizabeth Tudor foi o que aconteceu. Ela decretou guerra a Escócia, e iremos mandar a maioria de nossos guardas para ajudar o nosso pai. Ela quer tomar a Escócia para si, sendo que sabe que aquele país tem como soberanos os Stuart desde séculos atrás. Não irei permitir que ela chegue perto da Escócia.

Alice sabia bem que o reino de seu pai tinha suas divergências com a Inglaterra, mas nunca imaginou que Elizabeth teria coragem de ir tão longe.

Ela já iniciou os ataques? - Perguntou Alice preocupada.

— Não. Mas os guardas já estão indo para o navio que preparei.

Alice então ligou os pontos da frase que sua irmã tinha dito, e se deu conta que Mateo poderia estar indo para a guerra.

Com licença, eu preciso ir. - Disse ela apressada.

Ela seguiu para a ala de dormitórios dos empregados e perguntou a um dos guardas onde ficava o de Mateo, e seguiu até lá. Bateu na porta e logo ela foi aberta. Mateo parecia tenso ao abri-la.

Posso entrar um minuto?

Ele assentiu e permitiu que ela entrasse. O quarto era pequeno, e tinha penas uma cama de solteiro e uma mesa com uma cadeira. Havia um baú em cima da cama onde Mateo arrumava suas roupas para poder ir viajar.

— Você irá junto com os outro guardas então?

È o meu dever, tenho que proteger a Escócia tanto quanto a Espanha.

Mas e se algo acontecer com você?

— È um risco que tenho em meu trabalho todos os dias. Não tenho escolha, é o que precisa ser feito.

Ela assentiu, mas sentia o coração batendo ensandecido dentro do peito. Ela nunca tinha sentido um desespero tão grande como aquele.

Me prometa que retornará vivo.

Ele sorriu de leve.

Eu não posso prometer isso, mas lhe juro que irei tentar.

Ela respirou fundo e resolveu colocar pra fora tudo que sentia, pois se algo acontecesse com ele, ao menos ela queria que ele soubesse que tudo que ela disse na noite anterior era verdade.

— Quero que saiba que diferente do que disse, o vinho não estava dizendo nada. E sim, eu, e eu realmente queria beija-lo ontem, mas mesmo que tenha dormido frustrada percebo que você realmente se comportou como um cavalheiro. Mas antes que você vá... queria que me beijasse agora, sem vinho ou qualquer coisa do tipo, tenho certeza que você deseja tanto quanto eu.

Ele suspirou, tinha um medo enorme do que poderia acontecer naquela guerra, e se aquela era a última vez que ia vê-la, que fizesse tudo que tivesse vontade ainda que parecesse loucura.

A Princesa Perdida (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora