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Oiie, me chamo Rafaella e tenho 17 anos, moro com o meu pai no morro da Rocinha, minha mãe morreu quando eu tinha apenas 1 ano de idade, desde então as minhas vizinhas dizem que ele começou a se drogar, bom desde que eu me entendo por gente apanho dia e noite do meu pai sem motivo, estudo na escola aqui do morro mesmo de manhã e de tarde trabalho no restaurante da dona Josefa para conseguir pelo menos um dinheirinho para pagar as contas de casa e as dúvidas do meu pai lá na boca.
Agora estou me arrumando pra ir pra escola, visto uma calça jeans escura, uma camiseta branca do uniforme e calço meu allstar branco, arrumo o meu cabelo em um rabo de cavalo, passo desodorante e perfume, pego a minha mochila que ganhei de uma vizinha e saio de casa descendo o morro pra escola, chego e já vou entrando, subo direto pra minha sala e graças a Deus é meu último dia aqui nessa escola, bom, eu tô no terceiro ano do ensino médio, e como a partir do meio do ano as coisas são voltadas pra formatura e eu não vou pagar a formatura, a diretora me dispensou.
Logo bate o sinal e todos os alunos entram, começa aquelas aulas chatas de sempre mas logo toca o último sinal, pego as minhas coisas e corro pro restaurante da dona Josefa, entro e já coloco as minhas coisas atrás do balcão, cumprimento ela e começo a atender o povo, logo entra o Terror acompanhado do Grego e do MT, eles se sentam e eu vou lhes atender, anoto os pedidos deles e volto pra trás do balcão, faço o pedido deles rápido e lhes entrego, volto pra de trás do balcão quase correndo, eu morro de medo deles, principalmente do o dono do morro, ele nunca sorri, e as velhas fofoqueiras dizem que ele mata sem dó nem piedade, cruz credo, da um arrepio na espinha só de pensar, Deus me dibre, logo eles pedem a conta e eu lhes entrego, o Terror paga a conta e eu volto pro balcão, continuo o meu trabalho até dar o meu horário, pego as minhas coisas e volto pra casa, assim que chego perto de casa vejo a porta arrombada, entro assustada e vejo o Terror apontando uma arma pro homem que diz ser meu pai, ele me olha igual o meu "pai" e eu me assusto

Jorge: aí, fica com a minha filha em troca da minha dívida, como você pode ver ela é muito bonita, deve servir pra alguma coisa- fala e eu sinto repulsa por ele no mesmo momento, tudo bem que ele não vai com a minha cara, nem eu vou com a dele, mas agora vender a própria filha pra um traficante que todos tem medo é demais
Grego: como você pode trocar a sua filha por uma dívida de drogas que ela não tem nada haver?- pergunta bravo olhando o meu pai
Jorge: essa menina não me serve pra nada, nem pagar as minhas drogas paga- fala seco e recebe um soco do MT
Terror: eu aceito ela como pagamento- fala me olhando com malícia e eu me arrepio toda, Deus me proteja por favor- vai arrumar as suas coisas que tu vai morar no meu barraco- fala e eu subo correndo pro meu quarto, pego um mochila colocando algumas roupas, e desço segurando as minhas lágrimas

Terror me puxa pro carro apertando o meu braço e eu entro, ele dá partida pra casa dele e eu entro com ele me guiando, ele me pega por um braço me levando até um quarto, onde ele me joga e me tranca, começo a arrumar as minhas coisas no guarda roupa e entro no banheiro que tem no quarto, vejo tudo que tem e pego a minha caixinha de lâminas escondendo em uma gaveta do gabinete da pia, volto pro quarto e me deito na cama afundando o meu rosto no travesseiro, choro tudo o que tinha que chorar, acabo pegando no sono durante o choro e não lembro de mais nada
.....

Terror: acorda- fala e escuto um barulho na porta, levanto ainda sonolenta e me sento na cama passando a mão no rosto- vou passar as regras bonitinho pra tu- fala sério e eu confirmo com a cabeça passando a mão no rosto ainda sonolenta- eu não quero você batendo perna pela casa, quando você sair dessa casa que sempre será acompanhada por mim não quero você de Papinho com macho, me obedeça sempre, e quero tu bem longe do meu quarto, aliás nem saia do quarto sem minha permissão- fala e eu retiro os olhos confirmando com a cabeça
Eu: mais alguma coisa?- pergunto levantando indo em direção ao banheiro
Terror: não e baixa essa tua bola comigo, tiro essa tua marra rapidinho guria- fala e sai trancando a porta, oxe, fiz nada pra ele, credo

Escovo os meus dentes, faço um coque frouxo no meu cabelo e entro em baixo do chuveiro, passo sabonete no meu corpo e logo tiro com a água, saio enrolada na toalha e visto uma lingerie qualquer, um short jeans claro e um cropped preto de renda, faço um coque no meu cabelo e fico deitada na cama, depois de um tempo olhando o teto a porta se abre e eu levanto da cama vendo o Terror com cara marrada, ele vem até mim me olhando da cabeça aos pés e eu fico com medo, ele me puxa pelo braço me levando escada baixo, ele me leva pra.
cozinha onde tem uma menina aparentemente da minha idade e quando ele me vê sorri, mas logo se assusta ao ver Terror segurando o meu braço que está doendo pra caralho, esse homem não sabe ser mais carinhoso não? Credo, homem agressivo meu Deus

Xxx: Terror solta a guria, num tá vendo que você tá machucando ela filhote de demônio- fala brava e ele me solta me fazendo sentar em uma cadeira
Terror: cala a boca Eduarda, num se mete que o B.Ó num é com você não- fala bravo e ela revira os olhos
Xxx: olha como tu deixou o braço da menina, tu tá louco caralho?- levanta brava e ele cruza os braço

Vendida ao DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora