Depois de um bom tempo o Terror volta com duas Marmitex e alguns pedaços de plástico filme grudado pelo corpo, ele me olha sorrindo e me entrega um Marmitex, uma fanta laranja e um garfo, me sento do lado e abro a minha vendo arroz, feijão, frango cozido, salada e batata frita, dou a primeira garfada e agradeço aos céus.
Eu: as quentinhas do seu Juca não tem igual- falo e ele concorda com a cabeça- fez as tatuagens pergunto dando outra garfada e ele confirma com a cabeça enquanto mastiga.
Comemos conversando e rindo, quando terminamos jogamos no lixo as coisas e eu sento do seu lado o olhando curiosa.
Eu: deixa eu ver?- pergunto curiosa e ele me olha confuso
Terror: o que?- pergunta me olhando confuso e eu dou risada
Eu: as tatuagens, o que mais seria?- pergunto e ele sorri malícioso
Terror: meu pau talvez
Eu: que isso, sou um neném, neném não faz essas coisas- falo e ele ri
Terror: realmente um neném, toma o leitinho quente quase todo dia antes de dormir- fala malícioso e eu dou risada
Eu: hoje eu quero em- falo e ele me olha com malicia- tá mais deixa eu ver as tatuagens- falo e ele riEle me mostra todas, foram 6 no total, a primeira foi no único espaço livre no ante-braço esquerdo, ele escreveu Girassol e assim que vi soube que era pra mim e sorri toda boba, a segunda foi pertinho da virilha, ali entre o quadril e a virilha, "Afrodite", sorri e beijei a virilha dele fazendo ele se arrepiar, a terceira foi no ombro, "Rafaella", doido demais ele, porém não falei nada, o único espaço livre do braço direito dele ele desenhou um girassol pequeno, no pulso ele fez a letra R com uma coroa de rainha em cima, e tatuo uma coroa de rei no peito com "Patrão" escrito embaixo.
Eu: das seis tatuagens que tu fez, cinco foram pra mim?- pergunto surpresa e ele concorda com a cabeça- você é louco- falo colocando a mão na boca surpresa
Terror: oxe que foi?
Eu: mano e se agente acabar se separando, sei lá- falo e ele já fecha a cara
Terror: eu te amo e agente não vai se separar, tava escrito lá em cima desde o início, eu e tu, tu e eu, já era- fala e pega a blusa saindo do salão
Eu: é filho papai ficou puto com a mamãe- falo e dou risada- vai lá pra tá papai que a mamãe vai resolver isso de um jeito que nunca pensei em resolver- falo e ele corre pro Terror que o olha confuso mas logo sorri o pegando no colo pra fazer carinho, levo os potinhos dele e entrego pro Terror, fecho o salão e vou andando entre as ruas, becos e vielas até chegar na trinta que é no cu da favela e a favela é enorme de grande, vou até o estúdio de tatuagem e entro vendo alguns moradores e alguns vapores.WL: fala ae patroa, veio botar um piercing?- pergunta assim que me vê e eu nego com a cabeça
Eu: quero fazer algumas tatuagens- falo e ele me leva pra sala dele
WL: fala ae- fala e eu penso um poucoFalo as tatuagens e os lugares, ele faz os rascunhos e pergunta se eu aprovei, confirmo com a cabeça e ele faz as tatuagens, o dor dos infernos, não, Deus me livre kkk, quando está pronta ele me fala o que posso ou não fazer e comer, pago e vou até a farmácia comprando uma pomada, subo pra casa e de longe vejo o Tequila brincando na sala, vou até meu bebê e o pego no colo fazendo carinho, o Terror que está no sofá mas o pessoal me olha e observa o tanto de plástico filme grudado no meu corpo.
Duda: fez tatuagem doida?- pergunta me olhando e eu confirmo com a cabeça colocando meu filho no chão
Be: fez uma pa mim dinda?- pergunta e eu nego com a cabeça pegando ele colo
Eu: não coisa fofa, dessa vez não, na próxima a dinda faz- falo e ele confirma com a cabeça
Grego: fez quantas?- pergunta me olhando dos pés a cabeça
Eu: dez- falo e eles arregalarem os olhos
MT: deixa eu ver- fala vindo até mim
Eu: vou tomar um banho aí eu mostro pode ser?- pergunto e eles confirmam com a cabeçaSubo pro meu quarto e prendo bem o plástico filme com esparadrapo, tomo meu banho suave sem molhar as tatuagens e me seco numa boa, tiro o plástico filme e passo a dexpantenol nas tatuagens, me enrolo na toalha e vou pro closet, visto um conjunto vermelho da CK, um short jeans claro desfiadinho e calço meu chinelo branco.
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Vendida ao Demônio
Teen FictionTraumas, medos, inseguranças... Dezessete anos vivendo uma vida de sofrimento, com um pingo de esperança da dor um dia se tornar apenas uma lembrança ruim. Mas Rafaella Oliveira vê todas as suas esperanças se esvaindo quando é vendido pelo próprio p...