43°

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Acordo com o despertador tocando, levanto na pressa e corro pro banheiro, tomo um banho demorado e escovo os dentes, saio do banheiro e o frio já me congela, o clima do Rio da todo estranho, um dia calor que parece que o capeta esqueceu a porta do inferno aberta, outro chove que só falta a arca de Noé aparecer, já outros faz tanto frio que parece que a Elsa do Frozen errou o caminho do Auradon e veio fazer Lery go aqui no Rio de Janeiro. Vou pro closet e visto uma lingerie de renda vermelha, uma calça jeans rasgada, uma regata preta, um moletom preto da Adidas e um tênis da Nike preto.

  Passo perfume, desodorante e arrumo meu cabelo num coque, pego a minha bolsa no closet e penduro ela no ombro, vou até o criado mudo e pego meu celular do carregador, olho pro Terror vendo ele todo embolado no cobertor, estranho mas deve ser por...

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  Passo perfume, desodorante e arrumo meu cabelo num coque, pego a minha bolsa no closet e penduro ela no ombro, vou até o criado mudo e pego meu celular do carregador, olho pro Terror vendo ele todo embolado no cobertor, estranho mas deve ser por causa do feio ne né?! Saio de casa apé mesmo e desço pro salão o vendo aberto, entro e já vem uma mulher me atender com um sorriso no rosto.

Eu: bom dia, eu vim falar sobre a venda do salão- falo e o sorriso dela cresce mais
Xxx: sou Amanda a dona, o preço é trinta mil porém estou vendo com tudo que está dentro, móveis, as ferramentas de trabalho, hidratação, tinta, descolorante, tudo- fala e eu sorrio
Eu: aonde eu assino- falo e ela me guia até um escritório.

Conversamos mais sobre o salão e eu assino o contrato, pago a vista mesmo e saio toda feliz de lá com a chave na mão, subo pra casa toda feliz, subo pro meu quarto e guardo a bolsa no closet, vou até o Terror que ainda está dormindo e passo a mão no seu rosto, parece até um anjo dormindo, pena que tá quente que nem o capeta, pera aí... Ele tá quente? Passo minha mão na sua testa, pescoço e bochecha, puta que pariu ele tá com febre.

Eu: bonitinho vamos acordar pra tia Rafa cuidar de você- falo chacoalhando ele que acorda com uma carinha de dor, aí meu Jesus- bom dia anjo, vai tomar um banho frio que eu vou pegar um remédio pra você e vou fazer uma canja pode ser?- pergunto e ele levanta da cama devagar.

Desço pra cozinha correndo e faço a canja o mais rápido que posso, subo com a canja num prato, remédio e um copo de água quente, tudo numa bandeija, entro no meu quarto vendo ele deitado todo frágil, coração chega aperta de ver ele assim sabe?! Bichinho na hora que viu entrar com a bandeija já senta na cama com as costas apoiada na cabeceira

Eu: tá melhor?- pergunto e ele nega com a cabeça- toma falo colocando a bandeija no coloco dele- remédios primeiro- falo colocando os comprimidos na mão dele que ele logo engole e bebe a água logo depois- quer que eu de na boquinha- falo me referindo a canja zoando ele
Terror: claro mamãe- fala irônico e eu pego a colher pegando um pouco da canja e assoprando pra esfriar um pouco, levo até a boca dele e ele come
Terror: você não tá me dando comida na boca como se eu fosse criança né?- fala rindo e eu confirmo com a cabeça
Eu: eu tô, acredite- falo rindo e pego outra colher de canja
Terror: você não existe- fala rindo e eu sou risada com ele
Eu: claro que existo, olho eu bem aqui na sua frente- falo e assopro a canja na colher e levo até a boca dele- sei que sou perfeita demais pra ser verdade mas é- falo e ele ri
Terror: resolveu suas coisas?- pergunta e eu confirmo com a cabeça-  tem mais alguma coisa pra fazer hoje?- pergunta me olhando
Eu: pretendia fazer uma faxina pesada lá na casa que eu morava com o Rogério, mas deixa que eu faço isso amanhã- falo e assopro outra colher de canja
Terror: faxina pra que? Deixo tu fazer o que quiser da tua vida, mas tu vai morar comigo até o dia que eu morrer ou for preso- fala um pouco desesperado e eu dou risada
Eu: vou só alugar a casa, relaxa- falo lhe dando outra colher de canja e ele come me olhando desconfiado
Terror: acho bom mesmo- fala e eu dou risada
Eu: se acha menos que quem tá cuidando de você hoje sou eu- falo e ele sorri- duvido tu achar canja de galinha melhor que essa- falo lhe dando outra colherada
Terror: só a da minha tia e a da minha mãe
Eu: hum, acho bom mesmo- falo e ele ri
Terror: pra tu ver como é a vida, as únicas que cuidaram de mim quando fiquei doente era minha mãe, minha tia ou minha irmã, agora eu tenho minha mulher pra cuidar de mim- fala e eu olho pra ela surpresa pelo "minha mulher" - que foi? De repente ficou toda estranha- fala me olhando com uma sobrancelha erguida e eu sopro outra colher de canja lhe dando na boca
Eu: nada ué- falo e ele levanta mais a sobrancelha enquanto mastiga- tá se sentindo melhor?- pergunto e ele confirma com a cabeça
Terror: obrigado- fala me olhando e eu apenas sorrio.

Saio do quarto com a bandeija na mão e desço pra cozinha, lavo a louça e como um pouco de canja também, lavo a louça que eu sujei e subo, entro no quarto vendo o Terror vestindo uma bermuda tactel preta.

Eu: aonde tu pensa que vai?- pergunto cruzando os braços na altura do peito
Terror: trabalhar, que foi? Vai me proibir?- pergunta irônico e eu dou uma risada sarcástica
Eu: não, avontade, vai com Deus, vai pela sombra aliás, se tu morrer aí na rua nem me ligue que eu não vou atrás não- falo e ele dá risada
Terror: se eu morrer como vou te ligar doida?
Eu: inferno não pega wi-fi não?- pergunto irônica e ele ri mais ainda
Terror: olha, sei que sou o demônio em pessoa como você mesma já me disse, mas a boca ainda não é o inferno- fala e eu faço careta- e tu vai comigo, só vou resolver uns B.Ó e volto- fala e eu o olho com a sobrancelha erguida
Eu: quem disse que eu quero ir?- pergunto me jogando na cama
Terror: tem que querer porra nenhuma não, bora

Vendida ao DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora