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Rafaella Oliveira:
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Hoje é dia de fuga, sim... Eu tenho um novo plano de fuga e vou dar início nele hoje, vou explicar aqui para vocês bem rapidinho.
Tem uma guria que sempre vem me ver antes de eu ir dormir, TL eu acho o nome dela, estou esperando ela entrar do lado da porta, quando ela entrar e fechar a porta eu dou um mata leão nela, roubo as roupas dela e como ela sempre anda com um pano tampando metade do rosto eu consigo  me passar por ela numa boa, o corpo eu coloco no meu lugar na cama de costas e cubro, fujo direto para a rocinha de moto e tá ótimo, sem erros dessa vez eu espero!
Vejo a maçaneta se mechendo e me preparo, ela entra trancando a porta atrás dela, eu pulo nas costas dela dando uma chave de braço na mesma, depois de algum tempo ela cai no chão e eu fico mais um bom tempo assim até ela ficar sem respiração, tiro a roupa dela e troco pela minha, visto a roupa dela e coloco ela deitada de costas para a porta e cubro ela com o cobertor, coloco a arma dela cintura e o celular no bolso, saio do quarto trancando a porta e jogo a chave para um vapor, saio andando pelo morro com medo de alguém me reconhecer mesmo com o pano na metade do rosto, monto numa que eu acho ser dela e para a minha sorte a chave que eu peguei liga a moto, saio acelerada para fora daquele inferno e quando estou bem longe do morro eu ajeito porra do pano no rosto e acelero mais para a Rocinha, em questão de 50 minutos eu tô sendo barrada no pé do morro.

Vapor: qual foi?- pergunta apontando a arma para a minha cara e eu tiro o pano do rosto revelando a minha verdadeira indentidade deixando os moleques de boca aberta- patroa? O patrão acabou de sair com metade dos vapores para te resgatar- fala e eu olho em volta
Eu: tenta falar com ele- falo prendendo o meu cabelo num coque- se livra disso pra mim- falo entregando o celular da guria lá para o vapor.

Eles liberam a minha passagem e eu subo acelerada pra casa com os moradores me encarando confusos, assim que chego em casa eu jogo a moto de qualquer jeito na rua com chave e tudo, quem quiser pode levar! Entro em casa vendo ela bem organizada e limpa, confesso que esperava encontrar isso aqui de cabeça para baixo depois de passar quase um mês fora!
Subo direto pro meu quarto e passo reto pro banheiro, tomo um banho demorado lavando o cabelo, me depilando e saio enrolada na toalha, vou pro meu closet e visto uma lingerie vermelha com detalhes de renda, um short jeans preto, uma camiseta preta do Terror e um chinelo cinza quase preto da puma.

Eles liberam a minha passagem e eu subo acelerada pra casa com os moradores me encarando confusos, assim que chego em casa eu jogo a moto de qualquer jeito na rua com chave e tudo, quem quiser pode levar! Entro em casa vendo ela bem organizada e l...

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asso perfume, desodorante e arrumo o meu cabelo deixando ele solto para secar naturalmente, saio do quarto plenissima e vou andando pela casa caçando algum sinal do meus bebês porém nada, o Arthur eu tenho quase certeza que está com a Duda e o Tequila no veterinário, vou para a cozinha e começo a caçar alguma coisa para comer, quase não comia naquela porra de lugar, eu tinha que escolher entre café da manhã, almoço e janta, era uma refeição por dia e ainda vinha uma merreca e a comida era uma bosta.
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  Escuto um barulho no andar de baixo mas meu corpo está tão dolorido que eu nem levanto da cama, só essa semana o Magrim me bateu umas sete vezes ou mais, não sei, tô toda doida, cheia de hematomas, sei nem como eu não quebrei nenhum osso, isso se eu não quebrei e não sei!
A porta do quarto se abre e um Terror bastante frustrado e triste entra no quarto, bichinho tá tão distraído com os pensamentos dele que nem me notou espalhada na cama.

Eu: sentiu a minha falta?- pergunto e ele me olha assustado mas logo abre um sorrisão e vem para me abraçar- aí, cuidado aí que eu tô toda machucada- falo e ele me olha preocupado
Terror: ele te machucou muito? Quer ir pro hospital? Tá sentindo muita dor? Quer algum remédio?- pergunta tudo de uma vez e eu dou risada negando com a cabeça
Eu: quero que tu vá tomar um banho e venha deitar comigo- falo e ele vai pro banheiro, me ajeito na cama com uma leve dificuldade e quando eu tô quase dormindo o Terror sai do banheiro com a toalha enrolada na cintura e o braço enfaixado- o que foi isso no teu braço?- pergunto e ele me olha confuso
Terror: um tiro de raspão, nada demais- fala e eu ergo uma sobrancelha
Eu: um tiro de raspão nada demais- falo imitando ele que ri indo pro banheiro- só não te dou uns tapas porquê eu tô morrendo de dor- falo e ele da risada da minha cara.

Eu sou sequestrada, apanho que nem condenada, volto para casa só o pó, estou com alguns traumas, com saudade dos meus filhos e do meu marido e o meu marido da risada da minha cara assim, tô falando que eu tô fraca nessa porra!

Terror: quer conversar sobre o que aconteceu lá?- pergunta deitando do meu lado só de samba-canção e eu deito a cabeça no seu peito
Eu: eu achei que não ia voltar- falo e ele passa a mão na minha cabeça
Terror: eu achei que você tinha morrido- fala e eu fungo segurando o choro
Eu: ele atirou na parede- falo e ele apenas continua observando o teto
Terror: eu prometi te proteger e nem isso eu fiz direito- fala e eu olho para ele vendo ele com algumas lágrimas no rosto
Eu: ei, a culpa não foi sua- falo e passo a mão no seu rosto secando as lágrimas- você foi me resgatar e até levou um tiro- falo e ela da uma risada amarga
Terror: de raspão- fala e eu dou de ombros
Eu: continua sendo um tiro, cala a boca- falo e ele ri

Vendida ao DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora