Traumas, medos, inseguranças... Dezessete anos vivendo uma vida de sofrimento, com um pingo de esperança da dor um dia se tornar apenas uma lembrança ruim. Mas Rafaella Oliveira vê todas as suas esperanças se esvaindo quando é vendido pelo próprio p...
Eu: que foi?- pergunto quando percebo que o Terror tá só me observando Terror: só observando a mulher linda que eu tenho- fala e eu dou risada Eu: pare de coisa vai- falo e ele ri negando com a cabeça, o Arthur anda até o pai e deita em cima do mesmo, o Tequila vem e deita a cabeça na minha perna Terror: cansou papai?- pergunto pro Arthur que se aconchega mais no peito do Terror Eu: cansou mamãe?- pergunto pro Tequila que esfrega a cabeça na minha perna, faço um carinho na cabeça dele e ele fecha os olhinhos _______________________________________
Algumas horas... _______________________________________
Eu: mano Cobra se acalma- falo tentando separar ele e o JJ que tão brigando no meio da sala, a Bi, a Yasmin e a Amanda pegaram as crianças e levaram para a cidade para não verem tal coisa já a Duda apenas subiu com o Arthur e o Breno. Cobra: o que você quer Rafaella? Para de tentar se meter, ajudar todo mundo e cuida do seu filho porra, você cuida de todo mundo, menos do teu próprio filho, até um animal é mais mãe que você caralho, você é uma péssima mãe porra, que tipo de mãe deixa o filho de um ano e quatro meses com a babá para ficar em baile balançando o rabo- fala quase gritando e eu olho para ele surpresa, isso me magoou muito Terror: mano, ela só quer ajudar- fala me puxando para ele- olha o que tu fala para ela caralho, de todo mundo aqui ela é a que mais cuida do filho, ela foi mais mãe que a minha própria mãe, olha que a mãe foi uma excelente mãe- fala tentando me defender e eu nego com a cabeça Eu: sai da minha casa- falo calma e geral me olha confuso- sai da minha casa- repito e o Terror me aperta mais no abraço- me solta Victor, sai da minha casa Guilherme, agora- falo e ele me olha surpreso Cobra: você não pode está falando sério- fala e eu respiro fundo Eu: eu to falando sério, pega as suas coisas e sai da minha casa, agora- falo calma e subi pro meu quarto.
Vou pro banheiro e tomo um banho rápido, saio enrolada na toalha e vou até o closet, visto um biquíni preto da Lacoste, um short jeans claro e calço um tênis preto.
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Passo perfume, desodorante e arrumo o meu celular num coque bagunçado, saio do closet e vou até o criado mudo pegando a minha carteira e o meu celular, saio do meu quarto e vou direto pro quarto do Arthur e entro vendo ele no berço dormindo e a Duda sentada na poltrona com o Breno no colo.
Eu: fica de olho nele para mim por favor, qualquer coisa me liga- falo e ela confirma, saio de lá e desço as escadas correndo, vejo todo mundo espalhado pelo chão menos o Cobra que deve ter ido pegar as coisas dele. Terror: vai para onde?- pergunta assim que me vê Eu: vou dar uma volta- falo e o Tequila pula na minha perna, faço um carinho nele e ele vai pro Terror.
Eu saio fechando a porta atrás de mim e ando para a calçada, vou andando pela calçada enquanto observo a rua escura, meu relógio está marcando exatamente 21:39, vou andando observando a rua vazia e escura, a única casa que tem por aqui é a nossa, muito raramente passa carro e até mesmo pessoas por aqui! Quando eu me canso de andar eu tiro o meu tênis e as meias colocando-as dentro do tênis, vou andando pela areia e me sento pertinho do mar, deixo o tênis do meu lado e passo a mão no meu rosto.
Será que ele tem razão? Será que eu sou mesmo uma péssima mãe? Mano, realmente o meu filho só tem um ano e quatro meses e eu deixo ele com a babá para sair e curtir um baile com o meu marido, ele é realmente só um bebê e precisa da mãe por perto, Eu vivo saindo com o Terror e com Arthur e bebo, nunca fico bêbada porquê eu sei o meu limite, mas mano, eu tenho um filho pequeno! Eu realmente sou uma péssima mãe pro meu filho! Mas se eu errei foi tentando acertar, tudo isso aqui é novo para mim, eu não tive um exemplo de mãe, meus pais biológicos me abandonaram, minha mãe adotiva morreu e meu pai adotivo só me agredia, se drogava e bebia, até me vender para um traficante como se eu fosse um objeto ele fez, eu posso não ser a melhor mãe do mundo mas eu tento, eu dou o meu melhor para o meu filho e o meu marido e mesmo assim parece que não é o bastante!
Terror: finalmente eu te achei criatura- fala me abraçando e eu retribuo- tava preocupado porra Rafaella, o que você tá sentindo? Conversa comigo pô, eu sou o seu marido, desabafa comigo preta- fala ainda me abraçando mas logo me solta e senta na areia atrás de mim me abraçando Eu: você acha que eu sou uma mãe ruim pro Arthur?- pergunto e ele coloca o rosto entre a curva do meu pescoço Terror: eu tenho certeza que você é a melhor mãe que o Arthur poderia ter, o Cobra estava de cabeça quente, falou sem pensar nas palavras- fala e eu continuo observando o mar enquanto estou abraçada com ele Eu: eu não tive um exemplo de mãe, meus pais biológicos me abandonaram, minha mãe adotiva morreu e meu pai adotivo só me agredia, se drogava e bebia, até me vender para o traficante mais perigoso como se eu fosse um objeto ele fez- falo e o Terror só me escuta atento Terror: você é simplesmente a melhor mãe que o nosso filho poderia ter, não somos perfeitos mas damos o nosso melhor, eu que já sou homem formado tu conseguiu me trazer a minha melhor parte imagina a pessoa que o Arthur vai ser com você como mãe, não se cobre demais que você vai acabar ficando mais doida do que já é preta
