135°

2.7K 134 7
                                    

Rafaella Oliveira:
_______________________________________

Magrim: de adeus para a sua mulher Terror- fala e destrava a arma apontando para mim, eu continuo sentada no chão com um sorriso irônico e o Terror só gritando do outro lado da linha, o Magrim me encara sério e a mão dele começa a tremer com a arma
Eu: você não vai me matar- falo e o meu sorriso irônico só aumenta- você não consegue, você é fraco, você ainda não me esqueceu, eu ainda sou dona do seu coração e o motivo da sua insônia, você é fraco, não consegue matar a mulher que você ama- falo e ele fecha os olhos atirando cinco vezes na parede, ele joga a arma no chão e desliga o celular- como eu disse, você é fraco
Magrim: eu te odeio- fala e eu dou uma risada sarcástica
Eu: não odeia não, você me ama, por isso que você me sequestrou e quer matar o Terror, na sua cabeça se você me ter, o Terror também não pode- falo e ele nega com a cabeça- mas deixa eu te falar um coisinha, se for para matar todos aqueles que estão me tirando de você, vai ter que matar o Enzo também- falo e ele sai batendo a porta.

Me levanto do chão com um pouco de dificuldade e vou pro banheiro, pego a caixinha de primeiros socorros e começo a cuidar dos meus machucados, olho para a janela e percebo que ela tem espaço o suficiente para mim passar, nunca tinha reparado nisso! Me aproximo da janela e começo a balançar as grades de um lado para o outro e logo uma se solta, as barras são fracas, acho que alguém vai conseguir fugir não é mesmo?
Saio do banheiro plenissima e me sento na cama velha que tem nessa porra de quarto, fico pensando em mil formas de escapar desse inferno versão Chernobyl, seguinte, amanhã é sexta-feira, dia de bailão, som alto então eu consigo soltar as grades e quebrar o vidro sem ninguém me ouvir, vou correndo pro matagal, saio correndo pro centro que fica perto do alemão, lá é cheio de gente então eles não vão se aproximar de mim, e de lá eu pego um Uber pra Rocinha e fico sã e salva com a minha família.
Me deito na cama e durmo sonhando com a minha liberdade e com o abraço caloroso da minha família.
_______________________________________

Acordo morrendo e levanto também morrendo, vou pro banheiro e escovo os dentes com as escova que um dos vapores me entregou na embalagem bonitinha, lavo o rosto e volto pro quarto vendo o Magrim na porta, reviro os olhos e me sento na cama, ele me olha atento e ergue uma sobrancelha.

Magrim: a página da Rocinha já anunciou a sua morte- fala e eu apenas o observo
Eu: o diabo nem sempre fica no inferno- falo dando de ombros e ele da risada
Magrim: no seu caso fica sim, já pode ir chamando isso aqui de casa.
Eu: nem morta- falo e ele da de ombros
Magrim: quem sabe eu não te mato mesmo?
Eu: você não consegue, você é fraco- falo sorrindo ironicamente
Magrim: certeza?- pergunta com uma sobrancelha erguida
Eu: absoluta- falo e ele nega com a cabeça
Magrim: isso é o que veremos- fala e eu o olho sarcástica
Eu: você está preparado para a guerra que está para acontecer?- pergunto e ele me olha ironicamente
Magrim: muito bem preparado, seu maridinho logo logo vai morrer igual a todos aqueles que você ama
Eu: será? Acho que quem vai morrer é você- falo e ele da risada
Magrim: e quem vai me matar? O Terror agora vai se afundar nas drogas, ele perdeu a mulherzinha dele- fala e eu nego com a cabeça
Eu: você não conhece o meu marido como eu conheço
Magrim: isso é o que vamos ver querida- fala e da uma risada escrota saindo da quarto.

Seboso!
_______________________________________

Algumas horas depois...

Bailão tá rolando solto e eu tô agora me vestindo para fugir, estou vestindo uma calça legging preta, uma camiseta branca, uma jaqueta preta, e um tênis da Nike preto, mesma roupa que eu estava usando no dia que eu fui sequestrada, prendo meu cabelo num rabo de cava e vou pro banheiro, tranco a porta e começo a soltar as grades do banheiro, enrolo a minha mão numa toalha e começo a quebrar o vidro evitando fazer muito barulho, quando eu finalmente consigo eu coloco a toalha na janela, subo na privada e pulo, saio correndo pelo morro até o matagal, assim que chego eu começo a correr para longe daquele lugar infernal, quando eu chego na estrada eu corro para o centro e graças a Deus eu consigo chegar, aqui está cheio de pessoas o que vai me ajudar muito a não ser pega novamente, corro para uma banca de jornal e vejo uma revista com a minha foto estampada, ué, pego a mesma e entro na banca, peço o celular do moço emprestado e me escondo atrás do balcão para ligar.

Ligação:

Terror: quem tá falando?- pergunta com a voz diferente, eu sei que é o meu marido, mas a voz dele está diferente, sem toda aquela alegria que carregava antes
Eu: oi meu amor, pelo amor de Deus me ajuda, eu consegui fugir e estou no centro, vem me buscar pelo amor de Deus
Terror: Rafa?- pergunta confuso
Eu: eu tô viva amor, vem me buscar, por favor- falo quase chorando e o carinha lá me olha confuso
Terror: vai para a boate, lá você vai estar segura- fala e eu seco o meu rosto
Eu: obrigada, eu te amo- falo e desligo

Ligação:

Agradeço ao moço lá e saio correndo para a boate, todo mundo me encarando estranho e quando eu já estou na frente da boate com os seguranças me observando, eu sinto algo batendo com força na minha cabeça, vejo tudo ficando escuro e sinto o impacto do meu corpo com o chão.

Vendida ao DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora