Rafaella Oliveira:
_______________________________________Magrim: de adeus para a sua mulher Terror- fala e destrava a arma apontando para mim, eu continuo sentada no chão com um sorriso irônico e o Terror só gritando do outro lado da linha, o Magrim me encara sério e a mão dele começa a tremer com a arma
Eu: você não vai me matar- falo e o meu sorriso irônico só aumenta- você não consegue, você é fraco, você ainda não me esqueceu, eu ainda sou dona do seu coração e o motivo da sua insônia, você é fraco, não consegue matar a mulher que você ama- falo e ele fecha os olhos atirando cinco vezes na parede, ele joga a arma no chão e desliga o celular- como eu disse, você é fraco
Magrim: eu te odeio- fala e eu dou uma risada sarcástica
Eu: não odeia não, você me ama, por isso que você me sequestrou e quer matar o Terror, na sua cabeça se você me ter, o Terror também não pode- falo e ele nega com a cabeça- mas deixa eu te falar um coisinha, se for para matar todos aqueles que estão me tirando de você, vai ter que matar o Enzo também- falo e ele sai batendo a porta.Me levanto do chão com um pouco de dificuldade e vou pro banheiro, pego a caixinha de primeiros socorros e começo a cuidar dos meus machucados, olho para a janela e percebo que ela tem espaço o suficiente para mim passar, nunca tinha reparado nisso! Me aproximo da janela e começo a balançar as grades de um lado para o outro e logo uma se solta, as barras são fracas, acho que alguém vai conseguir fugir não é mesmo?
Saio do banheiro plenissima e me sento na cama velha que tem nessa porra de quarto, fico pensando em mil formas de escapar desse inferno versão Chernobyl, seguinte, amanhã é sexta-feira, dia de bailão, som alto então eu consigo soltar as grades e quebrar o vidro sem ninguém me ouvir, vou correndo pro matagal, saio correndo pro centro que fica perto do alemão, lá é cheio de gente então eles não vão se aproximar de mim, e de lá eu pego um Uber pra Rocinha e fico sã e salva com a minha família.
Me deito na cama e durmo sonhando com a minha liberdade e com o abraço caloroso da minha família.
_______________________________________Acordo morrendo e levanto também morrendo, vou pro banheiro e escovo os dentes com as escova que um dos vapores me entregou na embalagem bonitinha, lavo o rosto e volto pro quarto vendo o Magrim na porta, reviro os olhos e me sento na cama, ele me olha atento e ergue uma sobrancelha.
Magrim: a página da Rocinha já anunciou a sua morte- fala e eu apenas o observo
Eu: o diabo nem sempre fica no inferno- falo dando de ombros e ele da risada
Magrim: no seu caso fica sim, já pode ir chamando isso aqui de casa.
Eu: nem morta- falo e ele da de ombros
Magrim: quem sabe eu não te mato mesmo?
Eu: você não consegue, você é fraco- falo sorrindo ironicamente
Magrim: certeza?- pergunta com uma sobrancelha erguida
Eu: absoluta- falo e ele nega com a cabeça
Magrim: isso é o que veremos- fala e eu o olho sarcástica
Eu: você está preparado para a guerra que está para acontecer?- pergunto e ele me olha ironicamente
Magrim: muito bem preparado, seu maridinho logo logo vai morrer igual a todos aqueles que você ama
Eu: será? Acho que quem vai morrer é você- falo e ele da risada
Magrim: e quem vai me matar? O Terror agora vai se afundar nas drogas, ele perdeu a mulherzinha dele- fala e eu nego com a cabeça
Eu: você não conhece o meu marido como eu conheço
Magrim: isso é o que vamos ver querida- fala e da uma risada escrota saindo da quarto.Seboso!
_______________________________________Algumas horas depois...
Bailão tá rolando solto e eu tô agora me vestindo para fugir, estou vestindo uma calça legging preta, uma camiseta branca, uma jaqueta preta, e um tênis da Nike preto, mesma roupa que eu estava usando no dia que eu fui sequestrada, prendo meu cabelo num rabo de cava e vou pro banheiro, tranco a porta e começo a soltar as grades do banheiro, enrolo a minha mão numa toalha e começo a quebrar o vidro evitando fazer muito barulho, quando eu finalmente consigo eu coloco a toalha na janela, subo na privada e pulo, saio correndo pelo morro até o matagal, assim que chego eu começo a correr para longe daquele lugar infernal, quando eu chego na estrada eu corro para o centro e graças a Deus eu consigo chegar, aqui está cheio de pessoas o que vai me ajudar muito a não ser pega novamente, corro para uma banca de jornal e vejo uma revista com a minha foto estampada, ué, pego a mesma e entro na banca, peço o celular do moço emprestado e me escondo atrás do balcão para ligar.
Ligação:
Terror: quem tá falando?- pergunta com a voz diferente, eu sei que é o meu marido, mas a voz dele está diferente, sem toda aquela alegria que carregava antes
Eu: oi meu amor, pelo amor de Deus me ajuda, eu consegui fugir e estou no centro, vem me buscar pelo amor de Deus
Terror: Rafa?- pergunta confuso
Eu: eu tô viva amor, vem me buscar, por favor- falo quase chorando e o carinha lá me olha confuso
Terror: vai para a boate, lá você vai estar segura- fala e eu seco o meu rosto
Eu: obrigada, eu te amo- falo e desligoLigação:
Agradeço ao moço lá e saio correndo para a boate, todo mundo me encarando estranho e quando eu já estou na frente da boate com os seguranças me observando, eu sinto algo batendo com força na minha cabeça, vejo tudo ficando escuro e sinto o impacto do meu corpo com o chão.
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Vendida ao Demônio
Novela JuvenilTraumas, medos, inseguranças... Dezessete anos vivendo uma vida de sofrimento, com um pingo de esperança da dor um dia se tornar apenas uma lembrança ruim. Mas Rafaella Oliveira vê todas as suas esperanças se esvaindo quando é vendido pelo próprio p...