XXVII: eu to aqui!

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5 dias depois

¢§ P.o.v saiko §¢

Eu precisava de um tempo ao ar livre para esfriar a cabeça... A polícia já estava em alerta, envestigando o caso e procuravam o ycaro, e como se já não fosse suficiente para meu coração, ainda fizeram do ycaro o principal suspeito, mas eu sei que não foi ele... Bom de qualquer jeito eu precisava de um tempo afastado de tudo e de todos... Então fui passear pelo bosque do parque.

*choro*

Eu Escuto um barulho de choro...
Que barulho é esse? Deve... Deve ser coisa da minha cabeça. Eu penso e continuo minha caminhada.

*choro*

Tá beleza, isso não é coisa da minha cabeça! Eu tento seguir o choro, o que me leva até um armazém no meio da floresta. Eu tento abrir a porta, mas, nada e quanto mais eu tentava a abrir, mas o choro aumentava, não parecia uma criança... Mas também não parecia um adulto... Após um tempo tentando destrancar a porta eu desisto e começo a chuta-la, até que com o tempo consigo destranca- lá e...

- Y-ycaro? - era o Ycaro suas roupas, antes brancas estavam cinzas seu rosto cheio de lágrimas, seu cabelo em nós e seus braços ensanguentados eu... Eu confesso que não o reconheci de primeira, mas com o tempo consegui o reconhecer.

- Ycaro! - Eu vou até ele é o abraço deixando lágrimas quentes de alegria cair sobre meu rosto, ele logo começa a chorar novamente e me aperta forte, porém não diz uma palavra.

Eram tantas as coisas que eu queria perguntar, porém me segurei, engolindo as perguntas para dentro de minha boca e o levando para casa, ele não olhava em meus olhos, ele apenas chorava em meu colo, suas olheiras tinham olheiras, parece que nesses 5 dias ele não havia dormido, eu estava preocupado, como ele foi parar ali? No caminho inteiro eu o encarei porém... Porém ele não me olhava, ele simplismente se agarrou em mim e chorou, chorou até não conseguir mais.

Chegando em casa eu o coloquei no sofá, ele finalmente parou de chorar, porém não falou uma palavra, a única vez que ele respondeu foi quando eu perguntei se ele queria água.

Eu estava cansado de ficar ali, e como parece que ele não dorme desde quando ele sumiu, acho que seria bom ele dormir um pouco, porém não imundo daquele jeito.

- Vêm - Eu falo o pegando no colo e subindo as escadas até o banheiro no andar de cima.

- Ycaro, agora eu preciso que você coopere... Eu só tô pedindo pra você tomar um banho ok? - Eu pergunto, porém ele não me responde.

- Saiko... - Ele fala se ajoelhando, eu conseguia ver em seu rosto um rastro de lágrimas.

- Desculpa! Porfavor! - Ele se agarra em mim e começa a chorar, eu sinto suas lágrimas molharem a barra da minha calça e logo começo a lacrimejar.

- Ycaro~ tá tudo bem tá? - Eu falo me abaixando e acariciando sua bochecha.

- Agora eu tô aqui! Tá tudo bem... - Eu travo, esqueci completamente do fato de que sua mãe está morta! Será que ele sabe? Eu não aguentaria contar aquilo para ele, principalmente neste estado.

- Eu só te faço sofrer saiko! Me perdoa, eu nem deveria ao menos existir! - Ele fala separando o abraço.

- Não! Não! - Eu o abraço novamente.

- Você só me faria sofrer se você me deixasse - Eu falo acariciando seus cachos loiros.

- Eu consigo sentir a cicatriz... É-é culpa minha né? - Ele fala pondo a mão sobre a minha cicatriz.

- Não! Quer dizer... É um pouco, eu... Você me magoou um pouco quando terminou ( quem não entendeu, ele se esfaqueou)- Eu falo o abraçando mais forte, eu não queria entender o porquê ele sumiu nem quem matou a sua mãe, eu só queria estar com ele.

O Tempo Nos fez Enchergar - SycaroOnde histórias criam vida. Descubra agora