Esse capítulo aborda a ansiedade em um breve momento do mesmo. Se você for sensível a este assunto, peço que não leia.
Nota: você não está sozinho(a)❤️------
Já eram sete horas da manhã, o ciclo havia começado novamente, entretanto, Wooyoung já estava na estação. Ele estava ansioso e nervoso, mas era orgulhoso demais para admitir que era por causa do menino que nem ao menos sabia o nome.
Hoje a estação estava lotada, então o garoto não hesitou em entrar rapidamente no vagão quando as portas se abriram, logo o mesmo ficou apertado e lotado.
O coreano estava totalmente distraído, conformado de que hoje não veria quem tanto almejava.
Estava perdido em seus pensamentos quando sentiu seu corpo sendo empurrado, estava pronto pra virar-se e brigar com o mal educado, entretanto, acabou dando de cara com um ruivo surpreso.- Ei, espere! Eu sinto muito! - o menino tentava alcançar Wooyoung, mas o outro garoto entrou em pânico, correndo no meio das pessoas, tentando abrir passagem e empurrando algumas delas.
O loiro não sabia o porquê de estar desesperado, seu cérebro não esperava encontrar o outro menino tão cedo. Wooyoung paralisa ao chegar no final do vagão, olha para todos os lados, rostos estranhos o olhando, o menino estava beirando um ataque de ansiedade ali mesmo. Ele sente uma mão segurar seu braço.
- Ei... Respira, conte até dez lentamente... Não quero te machucar, por favor, se acalme. - o ruivo falava lentamente, passando uma de suas mãos nos cabelos do outro, segurando a mão dele com a outra mão livre.
A voz do garoto de cabelos rubros e negros era como uma música aos ouvidos de Woo, parecia que tinha efeito de calmante, seu tom era uma perdição.
- Olhe para mim, somos só nós dois neste vagão agora, eu quero você imagine que há um bolo com velinhas na sua frente, assopre todas elas calmamente. - ele guiava o outro.
Wooyoung sentia seu corpo ficar menos tenso, respirava fundo e assoprava as velinhas imaginárias.
Seu corpo relaxava aos poucos, e não sabia nem como agradeceria ao outro por aquilo. Antes que pudesse falar, já estava na sua parada, entretanto, de forma alguma dessa vez o outro o deixaria partir sem mais e sem menos.- Eu acompanho você. - era notório o tom de preocupação vindo da parte do menino sem nome. Wooyoung negou algumas vezes, mas logo cedeu. Os dois foram calados durante todo o percurso, mas a companhia de ambos era desfrutada.
- É aqui... Eu sinto muito por tomar seu tempo, e você deve estar tão longe da sua parada, eu... - o loiro dava infinitas desculpas em frente à delegacia.
- Não precisa pedir desculpas, você não tomou meu tempo, e nem estou longe do meu trabalho. Pra falar a verdade, eu que deveria pedir desculpas por te deixar nervoso, faria tudo novamente só pra te ver bem. - o loiro não entendia como aquele que estava na sua frente era tão gentil e atencioso com ele sem mesmo o conhecer, mas ele lhe trazia um sentimento de paz, e se pudesse, passaria a vida toda sentindo o toque da sua mão novamente.
- Desculpa, meu nome é Choi San. - o ruivo finalmente se apresentou, estendendo sua mão.
- Jung Wooyoung. - disse apertando a mão de San, se sentindo bobo notando o quão bonito era o sorriso do garoto.
Wooyoung levou um susto ao olhar para o relógio de rua e notar que estava dez minutos atrasado. Soltando a mão do outro imediatamente, correndo para a delegacia, sem ao menos se despedir.
O loiro passou o resto do dia se sentindo um completo mal educado por ter esquecido de agradecer San por acalmá-lo no trem. Esperava o encontrar amanhã para se redimir, havia comprado um chocolate como forma de agradecimento, e tinha medo do mesmo não gostar de chocolate ou ser intolerante a lactose. Mil coisas se passavam em sua cabeça.
Ele estava totalmente interessado no menino, não queria admitir isso e nem sabia o porquê de sentir uma ligação com o mesmo. Ele tinha a impressão de já o conhecer, todavia, não sabia de onde.
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O garoto do trem - Woosan
Fanfiction{Em andamento} O que era apenas um crush de transporte público, acabou transformando totalmente as vidas de San e Wooyoung. Dado o descobrimento de que ambos estavam interligados com as mortes de seus próprios pais, os dois estavam dispostos a inve...