O parasita

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Sábado, oito e cinquenta e nove da manhã.

O som de mãos inquietas batendo na mesa soavam pela casa. Ansiosamente o menino de cabelos rubros observava o relógio em sua parede, esperando pelo momento certo. Viu o ponteiro marcar exatamente nove horas e logo levantou-se para pegar suas coisas. Colocou seu kimono dentro da mochila, certificando-se que não havia esquecido de nada. Então saiu.

Chegou ao metrô às nove e quinze, podendo sentar nos assentos livres devido ao pouco movimento de fim de semana. Recordou do ótimo dia que teve ontem com Wooyoung quando foram ao café no centro da cidade, o loiro apresentou seu amigo que trabalha lá, Yunho, o mesmo ficou falando de um tal ruivo chamado Mingi que havia conhecido dias atrás, San achou totalmente estranho, já que o único ruivo chamado Mingi que conhecia era seu melhor amigo e o mesmo havia morrido há dois meses num incêndio, por isso, descartou o fato entendendo apenas ser uma tremenda coincidência.

Depois do café, os dois foram para um fliperama onde acabaram descobrindo que Wooyoung é ótimo em jogos de tiro, podendo conhecer mais um lado do menino.

E lá estava ele, pensando novamente no loiro como um bobo. Hoje não iriam se encontrar no trem como de costume, já que o outro não trabalhava nos sábados, entretanto, o ruivo tinha seus compromissos, e teria que desfrutar do trajeto sozinho.

Às nove e meia chegou na academia em que trabalha como professor de Taekwondo, preparando o tatame para a chegada dos alunos. Vestiu seu kimono, amarrando sua faixa preta com exatidão.
Sua cara séria logo foi desmanchada ao ver as crianças chegando, San dava aulas para todas as idades, mas as crianças eram suas favoritas, era como um pai para elas, queria passar para todos aqueles pequenos a imagem paterna que ele não pôde ter.

Quando todos os responsáveis buscaram as crianças, San se despediu de Amber que trabalha na recepção da academia, deixando a chave da sala de artes marciais com a mesma e logo se encaminhando para o momento que estava o deixando aflito durante o dia inteiro.

°°°

Há seis meses o ruivo vem procurando por algo ou alguém que lhe levasse até respostas sobre quem seu pai realmente era, ele vinha pesquisando por toda a cidade, sendo cauteloso e sorrateiro, todavia, nada parecia dar certo e, de tal modo, não o levando a lugar nenhum.

E já podíamos vê-lo entrando em uma loja de conveniência, procurando por alguns salgadinhos, refrigerante, doces e, por último, seu real motivo de estar lá: Park Seonghwa.

— Nós entregamos a bandeira, brevemente a organização estará completa. — disse Seonghwa ao telefone, passando a mão por seus cabelos negros.

San não conseguiu ouvir o outro lado da linha telefônica, teria que presumir o que se passava por aquilo que o moreno falava. Vagarosamente foi se esgueirando entre as prateleiras, tentando se aproximar mais do homem.

— Apenas me encontre no berço industrial amanhã, temos que resolver isso logo.

Era isso, o berço industrial, durante todos esses meses seguiu alguns suspeitos até chegar em Seonghwa, foi a opção mais plausível que encontrou para chegar em algo que o ajudasse, e sua intuição estava certa, o Park era realmente um dos parasitas da facção. Amanhã San finalmente descobrirá uma pontinha do iceberg que é esse caso, e ele tem consciência do perigo que está em jogo.

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Olá, tudo bem com vocês? Mil perdões pela demora de atualização, estou meio apertado na escola, e minha saúde mental não estava muito boa durante essas semanas.
Espero que estejam gostando da fic ;)

A referência do café e o Mingi é sobre minha One-shot recente de Yungi, se puderem dar uma olhada, estarei muito grato.
Tenham um bom dia~
ฅ^•ﻌ•^ฅ

O garoto do trem - Woosan Onde histórias criam vida. Descubra agora