O garoto do trem - Woosan

Você me daria uma nova chance?

- W-Wooyoung?

- San.

Para o ruivo, Wooyoung era como um fantasma que aparecera em sua porta, era definitivamente a última pessoa que imaginou que colocaria os pés em sua casa. Ele não recebia muitas visitas, nem ao menos tinha amigos, seu único amigo morreu há alguns meses, portanto, vive a maior parte do seu tempo na academia.

O menino ficou um bom tempo encarando o loiro, paralisado, passando-se mil coisas por sua cabeça na tentativa de imaginar o que lhe trouxe aqui.

"Será que ele finalmente me prenderá? Ou veio para assombrar minha vida amargurada?"

San estava se conformando com o fato do outro abominar sua existência, e não conseguia mais pensar em algo bom vindo de uma conversa entre os dois.

"Eu cavei a minha própria cova." Ele pensou consigo mesmo.

— Posso entrar? — perguntou Wooyoung, fazendo o ruivo sair do transe.

— A-ah, claro, pode sim.

Abriu a porta com uma das mãos, se apoiando em uma das muletas com a outra, esperando o outro entrar.

— Aqui, deixa que eu tranco para você. — disse Wooyoung, pegando a muleta que estava encostada na parede e colocando embaixo do braço que segurava a porta, fechando a mesma enquanto San observava cada ação dele.

"Por que ele voltou a ser tão gentil comigo de repente? Ele sabe que isso me machuca?"

Pacientemente, o loiro levou o outro até o sofá, lentamente, sentando-se junto a ele, nem tão longe, nem tão perto. Wooyoung estava ansioso pela decisão que tomou, suas mãos estavam gélidas e suadas, e San sabia tanto quanto ele. Queria poder fazer algo, mas nessa circunstância, ele se fechou completamente, não ouvia mais os próprios sentimentos, não queria mais se machucar com isso tudo, e tudo o que poderia fazer era ouvir o que o outro tinha para dizer.

— San... — a voz do loiro saiu em um timbre rouco e baixo, ele estava com a cabeça curvada, entretanto, alguns segundos após pronunciar o nome daquele que desejava nunca ter conhecido até duas horas atrás, olhou em seus olhos que encaravam-o abismadamente, engolindo totalmente o orgulho que nunca havia lhe deixado seguir em frente:

— Você me daria uma nova chance?

°°°

{Parte narrada por San}

Eu podia sentir me coração batendo desesperadamente. Entre todas as coisas absurdas que eu pensei como justificativa para ele ter vindo aqui, o que ele falou foi a coisa que mais me atingiu entre todas elas.

"Você me daria uma nova chance?"

Meu corpo estava eufórico, ao mesmo tempo que sentia a tremenda felicidade de talvez ter sido perdoado, me sentia também desolado, eu seria capaz de suprir os sentimentos de Jung Wooyoung? Ou continuaria vivendo como sempre vivi a vida inteira, sendo largado por não ser quem as pessoas queriam que eu fosse?

— Eu tenho medo... Medo de te decepcionar mais do que já te decepcionei. — eu simplesmente queria poder consertar tudo o que fiz, queria que ele pudesse confiar em mim novamente.

— Na verdade, eu vim pedir perdão por não ter acreditado em você, quando você mais precisou de mim, eu te tratei como um nada. Eu sinto muito, San, e eu quero recomeçar de novo, quero confiar em você novamente, porque eu não suporto mais sentir sua falta todos os dias. Me desculpe por tudo o que eu te fiz passar, tudo o que eu te disse... — Wooyoung já sentia seus olhos marejados, e estava colocando tudo pra fora de uma vez. — Choi San... Você foi a melhor coisa que me ocorreu.

Senti-me sendo tomado por meus sentimentos, havia uma explosão deles em meu peito, pedindo para saírem.

Eu, Choi San, sempre guardei tudo para si próprio, nunca falei sobre meus sentimentos para ninguém, mas neste momento, o universo pareceu ter parado o tempo para contemplar a utopia que eu sempre sonhei.

— Eu que peço perdão por não ter te contado sobre meus planos, e nem mesmo que iria espionar suspeitos, eu sinto muito por ter te magoado. — neste momento, eu chorava como uma criança perdida. — Eu te amo, Jung Wooyoung, eu te amo como nunca amei ninguém.

Eu já conseguia ver o loiro chorando também, e tudo o que consegui fazer foi puxá-lo para um abraço, senti sua mão em meus cabelos, algo que ele me disse entre sussurros me fez arrepiar:

— Eu também te amo, San. Pois sou eternamente responsável por aquilo que cativei.

Quando notei, estava dando um temporal lá fora. O universo acelerou o tempo novamente, nos deixando a sós.

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Consegui postar capítulo novo nessa semana por conta da paralisação, mas caso eu suma por algumas semanas, saibam que é por causa das provas finais. Entretanto, não se preocupem, vai ficar tudo bem. (｡•̀ᴗ-)✧

Eu também quero agradecer pelas 400 leituras e pelos mais de 70 favoritos, estou muito contente com tudo isso e nem ao menos imaginei que fosse chegar onde chegou.

Venho sempre tentando melhorar minha escrita para tornar a experiência de leitura ainda melhor para vocês, se vocês lerem o primeiro capítulo, verão a diferença, eu havia começado algo sem a menor provisão de que iria continuar, comecei a ler mais livros na tentativa de absorver algo e evoluir, bom, espero que esteja dando certo.

Espero melhorar cada vez mais, e que vocês estejam satisfeitos com todo esse processo.

Muito obrigado por melhorarem meus dias ❤️