É Certo ? É Errado ? É Amor? (Em Revisão)

Bailes, Serenatas, Perdão e o Adeus (Parte 1)

Jhon

Ele me rejeitou. De novo. Ele não poderia me rejeitar. Não... não... agora ele iria ver, ele não teria escapatória. Não teria mesmo.

Eu peguei meu carro, meu violão, e fui para a casa do Jhonny. Ele teria que me ouvir. Ele é meu... meu... de mais ninguém...

-Jhon! Jhon!

Era meu pai.

-OI!

-Onde você vai? Você não vai sair transando com qualquer um por aí não, não é? Seu viadinho vagabundo?

Ele tinha bebido. Quanta falta fazia minha mãe uma hora dessas...

-Volte aqui! Seu boiola! Vagabundo! Por isso você foi expulso da fraternidade. Nåo pise mais os pés aqui. Está me ouvindo?!

Minha vida estava um inferno. Tudo desde o vídeo tinha virado de cabeça para baixo. Minha única esperança era o Jhonny. Meu único alicerce era ele...

Eu me dirigi para frente da casa dele. Estava armando para chover. Eu fiz uma música, ele teria que me ouvir. De qualquer jeito.

As luzes estavam apagadas. Eu peguei meu violão e comecei a tocar... Era minha última chance.... Ele é meu.... só meu... de mais ninguém...

"At the last night

I've lost all my tears

You've gone away

And took all my feels

And I can't see another eyes

I can't listen another voices

I can't kiss another mouths

But that you can't see"

Nessa hora, eu já estava chorando... o Jhonny apareceu na janela...

"Back to me

My little birdy

Open your wings

And hold me

Sing to me

Your beauty song

And I'll see

You're the one for me..."

Ele me olhou. E entrou. Ele era a minha última chance... sem ele, eu não teria nada, nenhuma razão para viver...

Ele voltou. E jogou um balde de água gelada.

-Não faz isso! Volta aqui!

Ele fechou a janela com força.

-Eu não saio daqui até você falar comigo...

E sentei na calçada. Eu não sairia dali de jeito nenhum.

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Uma semana depois

E foi assim que tudo aconteceu. Até aqui. O Jhon continua aqui, embaixo da minha janela... cantando...

E o pior, é que eu tenho sentido muita falta do Carlos. Ele vai viajar, para a Espanha hoje, e não vai ficar para o baile. O baile que eu ajudei a preparar... o baile que eu iria com ele...

-Pandinha, vem aqui!

Minha mãe cismou de me chamar de Pandinha.

-Oi!

Da última vez, foi para dizer que meu pai desaparecido tinha voltado...

-Hm... senta aqui.

Pronto está feito.

-Eu.. eu vou ter que viajar. Depois de tudo o que houve, eu não posso continuar aqui... eu preciso espairecer..

-O.K

-Han? Você não vai sentir saudades?

-Mãe, eu já tenho dezessete anos.

-Olha, desculpa, de novo, pelo que eu fiz... eu ... não sei onde eu estava com a cabeça...

-Tá bom mãe.

-Eu vou ficar fora por um ano.

-Um ano?!

Desde os acontecimentos recentes, eu e minha mãe criamos um laço muito forte. Como se tivéssemos acabado de virar mãe e filho. É bom.

-Quando você vai?

-Hoje á noite.

-Hoje á noite?! Como assim?! O que você vai fazer nessa viagem, María?

- Eu vou fazer uma coisa que sempre tive vontade: viajar pelo mundo, conhecer pessoas, lugares... tudo.

-Aaah! E cadê que se lembra de mim?

-Você tem que fazer faculdade. E eu preciso de um tempo só para mim. Tudo isso foi demais para mim. Então... vamos sair? Para se despedir da sua mamãe...?!

-Claro!

Eu estou muito... feliz. Pela primeira vez, eu e minha mãe estávamos bem. E não era uma capa. Era de verdade.

-Awwwn! Meu filhinho... eu vou ficar fora só por um ano, ok?

Eu abraço minha mãe. Ela sai para o portão de embarque... as lágrimas começam a rolar sem fim... eu sei o que é uma família. Isso me conforta.

Eu vou na casa do Carlos me despedir dele. Ele vai viajar. Ahhh. O Jhon ainda está aqui embaixo. Faz uma semana e três dias... basta.

-Levanta! Agora!

-Caramelo...

Ele está fedendo. Urgh!

-Escute aqui... eu não quero você aqui en frente a minha casa fedendo desse jeito, ok?

-Mas... Caramelo...

-Eu não sou Caramelo! Saia daqui! Sua merdinha.

-Caramelo... eu... eu te amo... não faz isso comigo, eu não tenho para onde ir...

Ele se aproximou de mim e me beijou. E eu pude sentir o gosto daquele beijo mais uma vez. Como é bom! Mas...