De repente, a música parou, as luzes ficaram rosa e vermelho, e começou a tocar I Know You Care da Ellie Goulding. Uma luz focou em mim.
Eu não estava entendendo nada.
Começou a passar um vídeo na parede que estava limpa, sem decorações. Ah, mais um vídeo de sexo que vazou... coitado do garoto que estava nele...
Era engraçado... eu podia jurar que era eu e o Cachinhos naquele vídeo...
E de repente, eu percebi... realmente era eu naquele vídeo. Eu estava fazendo sexo com o Cachinhos....
Aquilo não poderia estar acontecendo.
Todos estavam me olhando. O vídeo acabou, as luzes se acenderam. Eu não tinha onde colocar a minha cara. Eu tentei correr, mas me seguraram pelos braços. Eu estava encurralado. Naquele momento, a única pergunta que povoava a minha mente era: Por quê? Porquê ele tinha feito isso comigo?
A voz do Cachinhos soou nos alto falantes:
-Senhoras e senhores, o show ainda não acabou...
Ele olhou diretamente para mim. No olhar dele, não havia nenhum sinal de pena. Muito menos do amor que ele parecia sentir por mim. Muito pelo contrário, havia orgulho de si mesmo. Havia deboche. Havia triunfo. Seja lá que puta merda fosse que ele fosse mostrar, eu fui forçado a assistir.
O vídeo começou de novo. Não era eu quem estava dessa vez... aquela tatuagem... era o Marcos! Com o Cachinhos! Mas... como? Quando?
Eu olhei na multidão a procura do Marcos.
Nem sinal. Eu olhei de novo para o video. Tinha algo na mão do Cachinhos, enquanto o Marcos fazia sexo oral nele... era... era um... um celular! Foi na segunda feira... logo após o dia da nossa primeira vez...
O Marcos de repente parou.
-Chega, eu... eu me sinto mal fazendo isso com o Jhonny... você o ama e...
-Ah, aquele idiota? Não se preocupe com ele. Ele é só o meu ingresso direto para a irmandade mais badalada do país. Ele é só uma diversão para quando eu estiver carente. Ele não significa nada para mim.
Aquelas palavras me atingiram como facas não poderiam fazer.
Naquela hora, alguma coisa começou a crescer dentro de mim... alguma coisa grande...
Eu olhei em volta. Cada alma viva daquele ginásio estava rindo da minha cara.
Claro, vamos ver o bobo que namorou em segredo o atleta da escola e se deu mal porque além de trair ele, o cafajeste espalhou um vídeo tanto da traição como da primeira vez deles.
Qualquer um naquela hora choraria. Mas não eu não fiz isso. Eu engoli as lágrimas que teimavam em sair.
Eles estavam rindo? Pois eles iriam ver quem riria por último.
Não, eu sairia de coitado. Nem dessa vez, nem nunca.
-CHEGA! CHEEEEEGA!
Eu girtei e virei a mesa de bebidas em cima do equipamento de áudio e vídeo. Começou a sair fumaça dos equipamentos. As pessoas agora me olhavam sérias, espantadas
-O quê? Hein?! Acabaram as risadinhas?! Acharam que eu sairia de vítima? Não! Estão me ouvindo? NÃAAO!
E de repente, eu sabia o que tinha surgido dentro de mim. Raiva, nojo, ódio. Tudo.
E eu precisava descontar a minha raiva em alguém, em alguma coisa.
Eu peguei taça por taça e comecei a jogar na parede onde o Cachinhos estava. Ele tinha que pagar. Ele iria pagar. O alarme de incendio começou a soar...
Eu estava fora de controle. Eu quebrava qualquer coisa que eu visse pela frente...
Mas, de repente não tinha mais nada para quebrar. Eu não sei quando as lágrimas começaram a cair, mas eu sei que elas estavam lá. E eu não conseguia controlá- las mais.
Não. Aquele não era o Cachinhos que eu conhecia, não era o mesmo homem doce e gentil que fez aquela declaração linda para mim. Não é o mesmo do dia do jantar. Não poderia ser... e ao mesmo tempo, era. Era tudo isso e eu não duvidaria se fosse pior.
Por isso, eu me lancei ao chão, derrotado, desiludido, desesperançoso.
Eu senti alguém tocar meu ombro, e me virei com raiva. Era o Carlos. Ele estava estendendo a mão dele para mim. Ele estava me oferecendo ajuda. E depois de tudo, ele estava certo sobre o Jhon. Eu não sei porque, mas eu aceitei a ajuda dele. Eu engoli meu orgulho e aceitei a ajuda dele. Ele me puxou para um abraço, o que só me fez soltar todo o choro que eu havia reprimido. Todas as lágrimas e mágoas que eu não consegui soltar durante todo aquele tempo.
A essa altura, eu já estava falando tudo enrolado...
-Bur... bur guê garlos...? Burguê ele varia izu cu.. comigo...
Ele passou a mão pela minha cabeça e disse:
-Shh... sh... não pense nisso agora... só vá para casa... e descanse. Você já viveu muitas emoções por hoje... Amanhã nós conversamos, Ok?
-Ok.
Foi tudo que eu consegui dizer. Eu saí daquela bagunça e fui para casa. Eu não pensava em mais nada. Minha cabeça parecia que iria explodir.
Ele poderia ter feito tudo e não ter feito nada. E ele escolheu o tudo. E eu seria eternamente grato por isso.
Eu abri a porta dos fundos. Estava tudo escuro. Que estranho.. a essa hora minha mãe estaria fazendo alguma coisa...
Eu me obriguei a andar para a sala. Minha cabeça estava me matando. Quando eu cheguei lá, eu me deparei com o meus pais assistindo. Tudo bem normal. A não ser pelo que eles estavam assistindo. Sim, isso mesmo.
Um vídeo de sexo gay.
O meu vídeo de sexo gay. Pelo visto, minha cabeça iria explodir. Literalmente
E aí? Gostaram? Vocês já esperavam né?
Comentem o q acharam do cap. Pfv! E cliquem na estrelinha ali embaixo...
Talvez eu fique um tempo sem postar...ok?
Um beijo e um queijo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
É Certo ? É Errado ? É Amor? (Em Revisão)
RomanceVocê já teve alguém na sua porta, esperando por você, durante uma semana inteirinha ? Ainda por cima ele é o homem de sua vida ? Pois é, esse maluco se chama John, e ele está bem aqui embaixo da minha janela, há uma semana, e cantando com o violão...