🏀 Capítulo 01 🏀

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    Esse garoto só pode ter batido com a cabeça.

  Não tem outra explicação.

   Como ele pode me pedir uma coisa dessas, me mandar pensar na resposta e ir embora sem mais nem menos?.

  Como ele pode me chantagear dessa forma?.

  Tantas perguntas, mais todas sem respostas.

   Rolo a noite toda na cama e não consegui dormir e agora na hora da partida do primeiro tempo de jogo, estou quase dormindo e não posso fraquejar, não, não posso deixar meus jogadores fraquejarem, não posso deixar-los decepcionar ninguém, principalmente eles mesmos.

  Placar --> 46 : 60

   Estamos perdendo, não podemos perder.

  Segundo tempo começa, Brayan está a todo vapor, parece que ele guardou toda sua energia para a final, no meio do jogo ele torce o tornozelo, mas garante  que está bem e continua à jogar. Falta apenas quatro pontos para ganharmos, a bola está com Brayan, mais estão marcando muito ele, não sei o que me dá, ponho-me de pé debruçando por cima da barra de ferro de proteção.

– Brayan, não importa se ganharmos ou perdermos, mais não deixar eles pegarem essa bola, se isso acontecer vou te espancar, me ouviu – grito a plenos pulmões, quando acabo estou ofegante.

    Meu Deus!.

  O que foi que eu fiz?.

  Agora estão todos me olhando, como se eu fosse maluca. Talvez eu seja mesmo.

   Perdemos, mais estou orgulhosa dos meus jogadores, deram tudo de sí.

  Caminho em direção ao vestiário que foi reservado para nossa escola, assim que abro a porta encontro Brayan analisando seu tornozelo, que por sinal, está bastante inchado e começando a rochear.

– Por que você não pediu para sair? Esperou seu pé ficar assim, sabe que agora vai ficar fora dos treinos por pelo menos de duas à três semanas – pego a maleta de primeiro socorros, me abaixando a sua frente, pego algodão e álcool para higenizar seu tornozelo para passar o anticeptico, por último passo uma pomada para desinchar e enrolo com as faixas – Pronto, quando chegar em casa coloca gelo depois do banho, que vai ajudar a desinchar mais rápido e antes de dormir faz o mesmo processo que eu fiz agora – aviso me pondo de pé, preparando para sair dá-li.

  Quando levo a mão à maçaneta, para abrir a porta, sinto braços grandes e fortes me abraçarem por trás.

– O que você está fazendo? – pergunto.

– Por favor, aceita o que lhe pedi outro dia. Estou apaixonado por você – suas palavras me pegam de surpresa.

    Meu corpo paralisa, abro a boca diversas vezes, mais nenhum som sai dela, fico assim por dois minutos inteiros.

  Quando chego em casa, ainda estou em choque, nem a gritaria dos meus irmãos me abalaram.
    
   Passo o final de semana todo trancada em meu quarto entorpecida nos meus pensamentos, quando cheguei na escola, na segunda de manhã, todos ainda me olhavam esquisito, os mesmos que me olhavam no jogo passado, o que me deixou completamente constrangida.

– Olha, é a garota do espancamento – escuto os sussurros quando passo pelos corredores, até chegar ao meu armário.

   A primeira pessoa que encontro ao lado do meu armário é, Brayan acompanhado de duas garotas, e uma delas é a que o empurrou em cima de mim a meio ano atrás, que caiu exatamente no meu seio, ainda tento não lembrar disso.

   Pego os livros para as primeiras aulas, fecho meu armário com uma força desnecessária, passo pelos três sem olha-los, mais sinto os olhos de Brayan cravados em mim.

            ლ(́◉◞౪◟◉‵ლ)ლ

   Juro que tentei me concentrar nas aulas, mais as palavras de Brayan e as imagens dele com aquelas garotas não sai da minha cabeça.

– Vou comprar comida, vocês querem algo? – pergunto as minhas amigas Bianca e Jasmine.

– Eu quero sanduíche de pasta de amendoim – Bianca pede.

– Ah, eu vou querer suco de maçã – Jasmine diz.

   Suspiro e saio da sala de aula, indo para o refeitório, no caminho vejo Josh e sua namorada fofa trocando carinhos, conversando e se beijando, não consigo ficar olhando e sigo em frente. Compro meu almoço que consiste em hambúrguer e refrigerante de laranja, também compro a comida que as meninas pediram, no caminho de volto para a sala, sinto uma mão agarrar meu braço e me puxa para o telhado.

– O que pensa que está fazendo? – pergunto com raiva.

– Vi a expressão que fez quando viu o capitão e a namorada no pátio – Brayan responde me pegando de surpresa.

– O quê?.

   Não acredito que logo esse cara viu minha expressão, nunca deixo ninguém ver minha expressão.

– Você ainda gosta dele – afirma – Mais sabe que ele nunca vai te dar bola, porque te vê somente como a assistente do clube.

  Ele é cruel em suas palavras, mais verdadeiro.

– Eu sei – admito virando-lhe as costas e voltando para a sala.

– Eu sei – admito virando-lhe as costas e voltando para a sala

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  Carla e Clara Goullartd = 13 anos.

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