🏀 Capitulo 08 🏀

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   Soube que o treinador conseguiu um jogo contra os Zarkas, preciso fazer estratégias contra eles, ao observar o primeiro jogo com eles, eles marcaram muito o capitão e usaram muito a defesa e deixaram os cantos em aberto, temos que usar isso contra eles.

   Estava distraída caminhando até a loja de esportes, para comprar mais tintas, as do clube estão acabando, quando bato de frente com algo ou melhor alguém, ao levantar a cabeça vejo Diego, jogador dos Zarkas e antigo amigo do Brayan.

– Assistente Goullartd? O que faz aqui? – pergunta confuso.

– Olá, compro as coisas do clube aqui – respondo, olho para o relógio em meu pulso e percebo que se não me apressar vou me atrasar para fazer o jantar – Com licença.

   Compro as tintas e outras coisas que estava precisando, ao sair da loja não encontro mais Diego, o que foi bom porque toda vez que ele se aproxima parece que tem medo de mim.

   Na manhã seguinte tenho uma surpresa ao chegar na escola, Diego está a minha espera no portão.

– Bom dia, eu queria lhe devolver sua bola, que eu peguei aquele dia na quadra – explica me estendendo uma sacola com a bola dentro.

– Bom dia, obrigada – agradeço.

– Bom dia, Naiume – me assusto com Brayan parado ao meu lado, quando foi que ele chegou.

  Diego se despede de nós e vai embora, entro na escola com Brayan em meu encalço.

– O que aquele perseguidor estava fazendo aqui? – ele pergunta me seguindo.

– Veio me devolver minha bola – mostro à sacola à ele – E ele não é perseguidor, você que está parecendo um.

– Não gosto dele – diz.

  Como se eu não soubesse e ele não deixasse claro com suas atitudes e expressões.

– Olha só, amanhã é o jogo contra eles, porque voce não usa toda essa sua revolta, hein – falo antes de o deixar para trás, indo para minha sala.

   E ele usou toda a revolta dele no jogo, assim como as estratégias que aprenderam no acampamento e as que eu passei dois dias antes do jogo. Mas perdemos por dois pontos, o placar final ficou de 80 - 82, não fomos tão ruim assim, estou orgulhosa por ver o resultado dos treinos, não ganhamos claro, mais fomos bem.

   Depois do banho me sento no sofá da sala, ligo a TV, para assistir o jogo que coloquei para gravar, mas a única coisa que tinha gravada era um desfile de mulheres de biquínis, que eu já sei a quem pertence.

– Ah, foi mal maninha. Coloquei para gravar por cima do seu jogo, as mulheres eram umas gatas – Paulo diz na maior cara de pau.

– Tudo bem, eu vou para o meu quarto estudar – falo enquanto me levanto.

– Onde vai comemorar o natal, Naiume? – mamãe pergunta vindo da cozinha, comendo batatas fritas.

  Mamãe adora comer salgadinhos, seu tempo livre é dividido entre separar meus irmãos que brigam quase vinte e quatro horas por dia, e comer os salgadinhos que ela compra na merciaria na esquina da nossa casa.

– Os membros do clube alugaram uma mesa em um restaurante perto da escola, vamos comemorar lá, antes da meia-noite volto para casa – respondo antes de ir para o meu quarto.

   O natal chegou mais rápido do que eu poderia espera, parece que eu pisquei e o natal chegou.   

   Visto um vestido branco e uma botinha cheia de brilho, e um casaco violeta, está nevando e a noite lá fora esta muito fria

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   Visto um vestido branco e uma botinha cheia de brilho, e um casaco violeta, está nevando e a noite lá fora esta muito fria.

  As oito em ponto todos estão reunidos no restaurante, como sempre está uma barulheira danada, mas muito animada do jeito que eles gostam.

– Assistente você só come pepino, depois de grelhado? – Tom que está sentado ao lado de Brayan, pergunta.

– Sim e daí? – pergunto franzindo o cenho, enquanto levo o garfo com o pepino grelhado à boca.

– Nada não – responde levantando as mãos em sinal de rendição.

  Ao meu lado está Brayan e do lado direito Josh, ex-capitão do time de basquete e minha ex-paixão, o meu primeiro amor e primeira decepção, acho que é por isso que Brayan está tão calado, alguns minutos depois ele recebe uma mensagem, fiquei curiosa mas não perguntei, para não parecer intrometida.

– Vou ao banheiro – avisa levantando-se.

   Fico observando, mas ele vai para o lado contrário ao banheiro, não acredito que ele foi embora sem falar nada.

– Com licença – peço antes de sair.

  Ao abrir a porta do restaurante, olho ao redor procurando por Brayan, encontro-o mais a frente falando ao celular, me aproximo devagar quando percebo que ele vai embora, seguro a ponta de sua camisa.

– Não vai embora, fica – não tenho coragem de levantar a cabeça.

– Eu não ia embora estava falando com a minha mãe – diz me deixando envergonhada.

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