Soube que o treinador conseguiu um jogo contra os Zarkas, preciso fazer estratégias contra eles, ao observar o primeiro jogo com eles, eles marcaram muito o capitão e usaram muito a defesa e deixaram os cantos em aberto, temos que usar isso contra eles.Estava distraída caminhando até a loja de esportes, para comprar mais tintas, as do clube estão acabando, quando bato de frente com algo ou melhor alguém, ao levantar a cabeça vejo Diego, jogador dos Zarkas e antigo amigo do Brayan.
– Assistente Goullartd? O que faz aqui? – pergunta confuso.
– Olá, compro as coisas do clube aqui – respondo, olho para o relógio em meu pulso e percebo que se não me apressar vou me atrasar para fazer o jantar – Com licença.
Compro as tintas e outras coisas que estava precisando, ao sair da loja não encontro mais Diego, o que foi bom porque toda vez que ele se aproxima parece que tem medo de mim.
Na manhã seguinte tenho uma surpresa ao chegar na escola, Diego está a minha espera no portão.
– Bom dia, eu queria lhe devolver sua bola, que eu peguei aquele dia na quadra – explica me estendendo uma sacola com a bola dentro.
– Bom dia, obrigada – agradeço.
– Bom dia, Naiume – me assusto com Brayan parado ao meu lado, quando foi que ele chegou.
Diego se despede de nós e vai embora, entro na escola com Brayan em meu encalço.
– O que aquele perseguidor estava fazendo aqui? – ele pergunta me seguindo.
– Veio me devolver minha bola – mostro à sacola à ele – E ele não é perseguidor, você que está parecendo um.
– Não gosto dele – diz.
Como se eu não soubesse e ele não deixasse claro com suas atitudes e expressões.
– Olha só, amanhã é o jogo contra eles, porque voce não usa toda essa sua revolta, hein – falo antes de o deixar para trás, indo para minha sala.
E ele usou toda a revolta dele no jogo, assim como as estratégias que aprenderam no acampamento e as que eu passei dois dias antes do jogo. Mas perdemos por dois pontos, o placar final ficou de 80 - 82, não fomos tão ruim assim, estou orgulhosa por ver o resultado dos treinos, não ganhamos claro, mais fomos bem.
Depois do banho me sento no sofá da sala, ligo a TV, para assistir o jogo que coloquei para gravar, mas a única coisa que tinha gravada era um desfile de mulheres de biquínis, que eu já sei a quem pertence.
– Ah, foi mal maninha. Coloquei para gravar por cima do seu jogo, as mulheres eram umas gatas – Paulo diz na maior cara de pau.
– Tudo bem, eu vou para o meu quarto estudar – falo enquanto me levanto.
– Onde vai comemorar o natal, Naiume? – mamãe pergunta vindo da cozinha, comendo batatas fritas.
Mamãe adora comer salgadinhos, seu tempo livre é dividido entre separar meus irmãos que brigam quase vinte e quatro horas por dia, e comer os salgadinhos que ela compra na merciaria na esquina da nossa casa.
– Os membros do clube alugaram uma mesa em um restaurante perto da escola, vamos comemorar lá, antes da meia-noite volto para casa – respondo antes de ir para o meu quarto.
O natal chegou mais rápido do que eu poderia espera, parece que eu pisquei e o natal chegou.
Visto um vestido branco e uma botinha cheia de brilho, e um casaco violeta, está nevando e a noite lá fora esta muito fria.
As oito em ponto todos estão reunidos no restaurante, como sempre está uma barulheira danada, mas muito animada do jeito que eles gostam.
– Assistente você só come pepino, depois de grelhado? – Tom que está sentado ao lado de Brayan, pergunta.
– Sim e daí? – pergunto franzindo o cenho, enquanto levo o garfo com o pepino grelhado à boca.
– Nada não – responde levantando as mãos em sinal de rendição.
Ao meu lado está Brayan e do lado direito Josh, ex-capitão do time de basquete e minha ex-paixão, o meu primeiro amor e primeira decepção, acho que é por isso que Brayan está tão calado, alguns minutos depois ele recebe uma mensagem, fiquei curiosa mas não perguntei, para não parecer intrometida.
– Vou ao banheiro – avisa levantando-se.
Fico observando, mas ele vai para o lado contrário ao banheiro, não acredito que ele foi embora sem falar nada.
– Com licença – peço antes de sair.
Ao abrir a porta do restaurante, olho ao redor procurando por Brayan, encontro-o mais a frente falando ao celular, me aproximo devagar quando percebo que ele vai embora, seguro a ponta de sua camisa.
– Não vai embora, fica – não tenho coragem de levantar a cabeça.
– Eu não ia embora estava falando com a minha mãe – diz me deixando envergonhada.
🏀🏀🏀🏀🏀🏀🏀🏀🏀🏀🏀
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vida Crua
RomanceEla queria se livrar dele. Ele queria estar cada vez mais próximo dela. Naiume Goullartd, 17 anos, assistente do clube de basquete da escola Seiko, entrou para o clube por causa da paixonite pelo capitão, até ter sua primeira desilusão amorosa...