Um dia depois de receber a carta de aprovação da faculdade, papai voltou para casa pra passar uns dias com todos nós, o que nos pegou de surpresa.Estava limpando a casa quando a campanhia tocou e Clara correu para atender.
— Papai? Papai — grita se jogando em seus braços seguidos dos meus irmãos.
— Naiume? — papai me olha durante longos minutos estático, até que balança a cabeça — Você cresceu.
— Ah, obrigada? — agradeço incerta.
Papai deixou suas coisas em seu quarto e de mamãe e depois voltou para a sala, foi quando Clara e Carla abriram suas grandes bocas.
— Deveríamos fazer uma festa de boas vindas para o papai — Carla sugeri.
— Podemos convidar o Brayan — Clara fala animada.
— Quem é Brayan? — questiona papai franzindo a testa.
— O namorado da Naiume — as duas respondem — Ele é muito legal, além de bonito — Clara completa.
— Na-namorado.
De repente papai cai no chão desmaiado, assustando a todos nós, mamãe corre para acudilo, dizendo que ele está bem, o que me faz suspirar de alívio.
°°°
Depois que papai acordou do seu pequeno desmaio, sai para buscar Brayan, que parecia animado para conhecer meu pai, mas antes passamos no mercado e compramos bastante comida, porque lá em casa algo que não poderia faltar, isso era: comida.
Quando chegamos estavam todos reunidos na sala, parecendo que estavam a nossa espera, após apresentá-lo para o papai, Brayan foi arrastado pelas minhas irmãs, Pietro e Pablo, e quando percebi eles estavam mostrando os álbuns com fotos minhas para ele.
— Olha, essa foi quando ela aprendeu a escrever, essa foi quando fomos ao templo e aqui foi a primeira vez que ela bateu na gente — as gêmeas estavam se divertindo mostrando minhas fotos para ele.
— Percebeu que ela nunca sorrir — Pablo diz — As únicas fotos que temos dela sorrindo, é as que ela está com a vovó.
— Parem de mostrar isso a ele — peço brava.
— Ah, não é justo, você já viu as minhas — Brayan fala com aqueles grandes olhos verdes me encarando.
Na hora do jantar estávamos todos na mesa jantando, conversando e rindo, de repente papai ficou de pé, arrastando a cadeira no piso fazendo barulho, encaminhando-se para a porta.
— Pai, onde vai? — pergunto estranhando seu comportamento repentino.
— Eu vou comprar cigarros — responde.
— Mais o senhor não fuma — digo depois de ver ele saindo pela porta.
— Eu vou falar com ele — Brayan diz me surpreendendo.
Ele se coloca de pé e sai atrás do meu pai.
°°°
Descendo um pouco a rua, Brayan encontra Felipe de cócoras perto do poste com as mãos no rosto.
— O senhor esta chorando? — Brayan pergunta se abaixando ao seu lado.
— Eu nunca a vi sorrir daquele jeito, é a primeira vez desde que minha mãe morreu, que eu a vi tão aberta assim com alguém. E esse alguém é justamente você — Felipe desabafa sem perceber.
— No começo ela não era assim comigo, ela era bem fechada, aos poucos eu consegui me aproximar, ainda me surpreendo quando ela sorrir pra mim.
— Eu a confunde com a mãe hoje, quando cheguei — Felipe confesa.
Depois de mais algumas palavras os dois passa no mercadinho na esquina e compram algumas bebidas e aperitivos, quando entraram em casa os dois estavam sorrindo, como se conhecessem a anos e não somente à algumas horas, o que causou estranheza nos que estavam esperando por eles.
°°°
— O que você e meu pai conversaram? Quando voltaram estavam parecendo melhores amigos — pergunto quando estamos caminhando para a casa dele.
— Nada de muito importante, só o bastante para nos entendermos — responde enigmático.
— Sabe que odeio quando faz isso — digo contrariada.
— Eu sei — diz passando o braço por meu ombro, me puxando para perto dele.
Abraço sua cintura, permanecemos assim até chegar em sua casa, e como previsto seu cachorro começa a latir ao me ver parada em seu portão.
— Eu preciso ir, está ficando tarde — falo me afastando dele.
— Não sem antes de me dar um beijo — fala me puxando contra seu corpo, abaixando-se um pouco encostando seus lábios aos meus.
Ao chegar em casa recebo a notícia de que vou ter meu próprio apartamento, perto da faculdade.
🏀🏀🏀🏀🏀🏀🏀🏀🏀🏀🏀
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vida Crua
RomansaEla queria se livrar dele. Ele queria estar cada vez mais próximo dela. Naiume Goullartd, 17 anos, assistente do clube de basquete da escola Seiko, entrou para o clube por causa da paixonite pelo capitão, até ter sua primeira desilusão amorosa...