🏀 Capítulo 28 🏀

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   Um dia depois de receber a carta de aprovação da faculdade, papai voltou para casa pra passar uns dias com todos nós, o que nos pegou de surpresa.

  Estava limpando a casa quando a campanhia tocou e Clara correu para atender.

— Papai? Papai — grita se jogando em seus braços seguidos dos meus irmãos.

— Naiume? — papai me olha durante longos minutos estático, até que balança a cabeça — Você cresceu.

— Ah, obrigada? — agradeço incerta.

  Papai deixou suas coisas em seu quarto e de mamãe e depois voltou para a sala, foi quando Clara e Carla abriram suas grandes bocas.

— Deveríamos fazer uma festa de boas vindas para o papai — Carla sugeri.

— Podemos convidar o Brayan — Clara fala animada.

— Quem é Brayan? — questiona papai franzindo a testa.

— O namorado da Naiume — as duas respondem — Ele é muito legal, além de bonito — Clara completa.

— Na-namorado.

  De repente papai cai no chão desmaiado, assustando a todos nós, mamãe corre para acudilo, dizendo que ele está bem, o que me faz suspirar de alívio.

                       °°°

   Depois que papai acordou do seu pequeno desmaio, sai para buscar Brayan, que parecia animado para conhecer meu pai, mas antes passamos no mercado e compramos bastante comida, porque lá em casa algo que não poderia faltar, isso era: comida.

  Quando chegamos estavam todos reunidos na sala, parecendo que estavam a nossa espera, após apresentá-lo para o papai, Brayan foi arrastado pelas minhas irmãs, Pietro e Pablo, e quando percebi eles estavam mostrando os álbuns com fotos minhas para ele.

— Olha, essa foi quando ela aprendeu a escrever, essa foi quando fomos ao templo e aqui foi a primeira vez que ela bateu na gente — as gêmeas estavam se divertindo mostrando minhas fotos para ele.

— Percebeu que ela nunca sorrir — Pablo diz — As únicas fotos que temos dela sorrindo, é as que ela está com a vovó.

— Parem de mostrar isso a ele — peço brava.

— Ah, não é justo, você já viu as minhas — Brayan fala com aqueles grandes olhos verdes me encarando.

  Na hora do jantar estávamos todos na mesa jantando, conversando e rindo, de repente papai ficou de pé, arrastando a cadeira no piso fazendo barulho, encaminhando-se para a porta.

— Pai, onde vai? — pergunto estranhando seu comportamento repentino.

— Eu vou comprar cigarros — responde.

— Mais o senhor não fuma — digo depois de ver ele saindo pela porta.

— Eu vou falar com ele — Brayan diz me surpreendendo.

  Ele se coloca de pé e sai atrás do meu pai.

                            °°°

  Descendo um pouco a rua, Brayan encontra Felipe de cócoras perto do poste com as mãos no rosto.

— O senhor esta chorando? — Brayan pergunta se abaixando ao seu lado.

— Eu nunca a vi sorrir daquele jeito, é a primeira vez desde que minha mãe morreu, que eu a vi tão aberta assim com alguém. E esse alguém é justamente você — Felipe desabafa sem perceber.

— No começo ela não era assim comigo, ela era bem fechada, aos poucos eu consegui me aproximar, ainda me surpreendo quando ela sorrir pra mim.

— Eu a confunde com a mãe hoje, quando cheguei — Felipe confesa.

  Depois de mais algumas palavras os dois passa no mercadinho na esquina e compram algumas bebidas e aperitivos, quando entraram em casa os dois estavam sorrindo, como se conhecessem a anos e não somente à algumas horas, o que causou estranheza nos que estavam esperando por eles.

                           °°°

— O que você e meu pai conversaram? Quando voltaram estavam parecendo melhores amigos — pergunto quando estamos caminhando para a casa dele.

— Nada de muito importante, só o bastante para nos entendermos — responde enigmático.

— Sabe que odeio quando faz isso — digo contrariada.

— Eu sei — diz passando o braço por meu ombro, me puxando para perto dele.

  Abraço sua cintura, permanecemos assim até chegar em sua casa, e como previsto seu cachorro começa a latir ao me ver parada em seu portão.

— Eu preciso ir, está ficando tarde — falo me afastando dele.

— Não sem antes de me dar um beijo — fala me puxando contra seu corpo, abaixando-se um pouco encostando seus lábios aos meus.

   Ao chegar em casa recebo a notícia de que vou ter meu próprio apartamento, perto da faculdade.

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