Dizer que eu estava nervosa era eufemismo, e não era para menos, eu ia conhecer a família dele. Empaco na entrada da porta, enquanto ele entra mas para quando percebe que não estou o acompanhando.
— Por que está parada ai? — pergunta com a testa franzida.
— Olha só, eu não acho que seja uma boa ideia — digo dando um passo para trás.
Estava pronta para dar meia volta e ir para casa, quando uma senhora, muito bonita por sinal e parecendo bem nova para ser mãe do Brayan, aparece ao seu lado sorrindo.
— Oh, você é a namorada do meu filho — ela afirma de um jeito que não da escapatória para negar.
— Sim, sou Naiume Goullartd, muito prazer — digo estendendo a mão para ela.
— O prazer é todo meu, querida — quando penso que ela vai apertar minha mão, ela me puxa para um abraço.
Fico sem saber o que fazer, passo um dos braços ao redor dela e dou batidinhas em suas costas, olho para Brayan por cima do ombro dela, desesperada pedindo ajuda com os olhos.
— Mãe, para com isso está assustando ela — ele vem em meu socorro.
— Desculpe, vamos entrar. Já faz meses que eu peço ao Brayan para lhe trazer aqui, para te conhecer mais o ingrato do meu filho nunca me ouvi — fala caminhando até a cozinha.
Brayan indica o sofá e me sento enquanto ele larga a mochila no chão, perto das escadas, voltando para sentar-se ao meu lado, logo sua mãe volta trazendo sucos em uma bandeja.
— Em que ano você está? — ela pergunta.
— Estou no terceiro ano — respondo e ela parece surpresa.
— Espera, você é mais velha que o Brayan?.
Agora ela esta mais do que espantada, me viro para ele com a testa vincada.
— Não contou para sua mãe que sou mais velha que você? — pergunto a ele.
— Não achei necessário — responde e o olho com a cara de quem diz " jura ".
Ele dá de ombros, não se importando.
— Eu ouvi vozes, quem está ai mãe? — escuto uma voz feminina perguntar descendo as escadas.
— É seu irmão e a namorada — responde.
Logo uma loira aparece na nossa frente, já vi que ser bonito é de família, mas é nunca que falo isso em voz alta.
— Então, é você a namorada do boboca do meu irmão, sou Samanta, tenho vinte anos — diz dando-me dois beijinhos nas bochechas.
— Boboca é você mentirosa, ela tem vinte e cinco anos — Brayan fala empurrando a irmã para longe.
— Oh! — ela faz uma cara de quem acabou de se lembrar de algo — Mãe a senhora já mostrou as fotos do Brayan quando ele era criança? — na mesma hora que ela faz a pergunta, Brayan paralisa em seu lugar.
— É mesmo, eu vou pegar os álbuns de fotos dele para lhe mostrar — diz empolgada.
— Mãe, a senhora não vai fazer isso — Brayan fala exasperado.
Mais a mãe dele descarta com a mão o que ele disse e parece bem feliz ao pegar os álbuns para me mostrar as fotos de Brayan enquanto bebê e mais velho, também tenho que confessar que estou muito curiosa para ver.
— Esse álbum aqui, é dos primeiros meses dele, desde a saída da maternidade até os onze meses — me entrega um deles todo azul com seu nome na capa.
Olhando as fotos de Brayan bebê, posso dizer que ele era um bebê fofo e gordinho, e babão também.
— Até que você era um bebê fofo — falo mostrando uma foto onde ele está sentado no chão com alguns brinquedos ao seu redor, ele está mostrando um carrinho para a pessoa que tirou a foto e a baba escorrendo pela sua boca.
— Eu ainda sou fofo — diz contrariado.
— Não, você é irritante — solto me esquecendo que estamos na sua casa e na frente da sua mãe e irmã — Desculpe.
A única reação delas é rir, não, gargalhar até chorar.
— Nós sabemos querida, não precisa se recriminar por isso — a mãe dele ainda rir.
Brayan fica emburrado pela tarde toda, enquanto sua mãe me mostra suas fotos e os vídeos dele jogando basquete, ele era realmente muito bem desde pequeno. Antes do anoitecer ele me acompanha até em casa.
— Eu gostei da sua mãe e irmã, pena que não conheci seu pai — digo enquanto caminhamos pela rua.
— Se você tivesse conhecido meu pai, o mico seria maior — fala e sorrio de sua cara de assustado.
— Você não pagou mico, sua mãe é engraçada e divertida, a minha praticamente da em cima de você — falo brincando.
— Mais a sua também é divertida e engraçada.
Pelo resto do caminho ele segura minha mão, em determinado momento ele passa o braço por meus ombros e não acho esquisito como achava antes, eu até gosto.
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Vida Crua
RomanceEla queria se livrar dele. Ele queria estar cada vez mais próximo dela. Naiume Goullartd, 17 anos, assistente do clube de basquete da escola Seiko, entrou para o clube por causa da paixonite pelo capitão, até ter sua primeira desilusão amorosa...