🏀 Capitulo 02 🏀

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– O que você está fazendo? – me assusto, porque não ouvi esse pirralho entrando.

   Esse pirralho agora vive atrás de mim sem motivos, não importa quantas vezes eu o dispense, ele sempre vem.

– Estou colando fotos em álbuns para os terceiristas, como um presente de despedida – respondo e volto ao que estava fazendo, o ignorando – Vai embora.

  Mais é claro que ele ignora o que eu digo e senta-se ao meu lado, pegando um dos álbuns para sí. Apesar de o mandar embora, ele acabou me ajudando e como pretexto ele acabou me acompanhando até em casa.

   Termino de guardar as bolas de basquete, quando saio da quadra os jogadores ainda estão aqui.

– Assistente Goullartd, os meninos queria saber se podem alugar um lugar para comemorar o natal? – o novo capitão, Anthony, pergunta.

– Capitão, você sabe que as verbas do clube são baixas, né? – devolvo a pergunta.

– Eu sei, mas não quis cortar o barato deles, além de que eles estão fazendo cara de cachorro que caiu da mudança – ele diz, apontando para a entrada da quadra, onde os outros jogadores estão com os olhos pidões.

– Eu vou ver o que posso fazer.

  Ao chegar em casa ligo para alguns restaurantes que aceitam muita gente e que seja barato, para o dia vinte e quatro, véspera de natal e por sorte acabo encontrando um que aceita até vinte e cinco pessoas, no dia que queremos.

– Esse é o restaurante e o bolo que encomendei – mostro os planfetos para eles no intervalo do treino.

– Você é de mais assistente – Tom, um jogador do primeiro ano, diz.

– Agora, só preciso confirmar com os terceiristas – digo.

  Antes de ir embora confirmo com todos que vai. Quando chego em casa, meus irmãos estão tocando o terror como sempre, preparo o jantar porque mamãe ainda está trabalhando e nosso pai esta morando temporariamente em Nova York à trabalho.

– O jantar está na mesa, vem – chamo-os.

  E como sempre eles brigam até para se sentarem, Carla e Clara são as gêmeas de 13 anos e Paulo, Pablo e Pietro os trigêmeos de 15 anos, são o terror da família e eu tenho que cuidar deles.

– Será que vocês podem ficar quietos para comer só uma vez, por favor – peço estressada.

   Eles ficam calados por uns instantes, mas voltam a falar alto e brigarem, solto o garfo em meu patro, me levantando bruscamente, saio da cozinha indo para o meu quarto. Aproveito para conferir minhas economias, porque preciso comprar um celular o quanto antes.

     Antes de ir para a escola, passo em uma loja de eletrônicos, escolho um celular moderno mais dentro do meu orçamento. Enfio o último pedaço de sanduíche na boca, enquanto configuro meu novo celular, então, sinto a presença dele.

– Um celular? Naiume me da seu número – Brayan pede descaradamente.

– Brayan, rápido o pão doce vai acabar – ouço seus amigos o chamarem. 

– Ta legal, já vou. Até mais tarde Naiume.

   Esse idiota, porque tem que agir tão despreocupadamente?.

– Brayan Willians, pediu seu número – Jasmine diz facinada.

  Como se ele fosse grande coisa.

– Você sabe quantas garotas pediram o número dele? Muitas. E sabe quantas ele recusou? Todas. Você é muito sortuda por ele pedir seu número – Bianca fala entusiasmada.

– Ele é só um garoto irritante.

  Dou o assunto por encerrado.

  As duas da tarde fui para o clube de basquete, meu trabalho como assistente nunca acaba e é meu dever ajudar os jogadores não importa a circunstância.

– Pausa de 15 minutos – grito ao soprar o apito que ganhei de presente de agradecimento do pessoal do clube.

– Boa tarde, assistente Goullartd – me assusto com o técnico do clube ao meu lado.

   Não percebi quando ele chegou. O técnico é um senhor de 82 anos, ele é do tempo da vanguarda, experiente e foi o melhor jogador de basquete na sua época.

– Boa tarde, técnico Sanches. O que o trás aqui? – pergunto depois de me recompor.

– Nada demais querida, só para avisar que a dois dias, sábado, vocês jogaram contra o Zarkas – ele simplesmente solta essa bomba e vai embora.

– Ah, não acredito nisso e ele só avisa agora, esse velhote – Scott diz bravo.

– Agora não é hora para fraquejar, vamos treinar à sério – digo.

   Treinamos pelo resto da tarde, ainda tem alguns novatos que precisa aperfeiçoar suas jogadas, mas eles estão indo muito bem devo admitir, entrego toalhas limpas para eles e mando todos para o chuveiro enquanto limpo a quadra, as bolas, cadeiras guardo-as na dispensa, estava tão distraída fazendo o relatório do dia que não percebi quando ele se aproximou.

– Naiume, posso acompanha-lá até em casa? – Brayan pergunta me assustando.

– Não – respondo sem lhe dar atenção.

– Por que não posso acompanha-lá até em casa? – ele não desiste.

– Por que não.

– Por favor, eu tenho medo – daí-me santa paciência.

– Por favor, eu tenho medo – daí-me santa paciência

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Paulo, Pablo e Pietro Goullartd = 15 anos.

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