Na manhã seguinte finalmente conseguimos ir embora, apesar de as estradas estarem molhadas e escorregadias, chegamos ao meio dia e cada um seguiu para sua casa, menos é claro, meu cão fiel.— Vo... Você quer entrar? — pergunto quando paramos no portão da minha casa.
O folgado não pensa duas vezes antes de ir entrando, como se a casa fosse dele, encontramos as gêmeas e mamãe na sala toda arrumadas.
— Naiume, por que não avisou que Brayan viria? — Clara pergunta fazendo drama.
Como sempre.
— É, se tivesse avisado não teriamos marcado compromisso — Carla continua.
— Olá, Brayan, tudo bem? Se soubesse que viria com Naiume, eu não sairia — até mamãe caiu nas graças desse pirralho.
Toda vez que mamãe o vê fica parecendo uma adolescente, que se apaixona pela primeira vez.
— Tchau mamãe, meninas — aceno com a mão, para que elas entendam e vão logo para onde iam.
— Tchau, se protejam — fico vermelha na última parte, quando penso que ela já vai embora, ela volta parecendo ter se lembrado de algo — Ah, Pablo está dormindo, Paulo e Pietro estão no clube de estudos, devem voltar daqui a pouco — avisa e agora sim ela se vai.
Suspiro de cansaço e começo a caminhar para meu quarto seguida por Brayan, largo minhas coisas perto da cama e ele deixar as dele ao lado da porta, fechando-a atrás de sí.
— Naiume, posso sentar na cadeira onde você estuda? — pede e estranho seu pedido, mas é o Brayan né.
— Tá, pode — respondo enquanto me deito na minha cama.
Viro a cabeça observando ele mexer nas minhas coisas, até parar na xícara que ele me deu, sempre deixo o nome virado para a parede, para não mostrar seu erro.
— Quem é Naiome? — pergunta ao girar-lá na mão, olhando o nome.
— E eu que vou saber, foi você que me deu ela — respondo.
— Deixar para lá — diz colocando-a em seu lugar.
Ele se levanta, sentando-se ao meu lado na cama, deitando metade do corpo por cima do meu, encostando sua boca na minha, de repente a porta se abre nos assustando.
— O que esse homem está fazendo aqui e ainda por cima, na sua cama, Naiume? — Pablo entra praticamente gritando.
Empurro Brayan de cima de mim, me levantando da cama.
— E posso saber o porque de entrar assim no meu quarto gritando e sem autorização? — devolvo a pergunta o fazendo se calar.
— Quando o papai não esta eu sou o homem da casa — responde como justificativa.
— Eu sou a mais velha e a mamãe sabe. Agora sai do meu quarto — aponto para a porta e a contragosto ele sai — Acho melhor você ir embora.
Me viro para ele que nega com a cabeça, segurando minhas mãos puxando-me contra seu corpo, encostando a cabeça em minha barriga.
— Não quero ir embora — fala apoiando seu queixo na minha barriga, me olhando com olhos pidões.
— Mais você não pode dormir aqui, tem sua própria casa — digo puxando seus cabelos entre meus dedos.
Meia hora depois ele vai embora e eu vou tomar banho para dormir um pouco, ainda estou cansada da viagem.
Desde que comecei a namorar Brayan meus dias passaram a ser agitados e com uma surpresa diferente dia após dia, acho que eu não me sinto assim desde antes da vovó morrer.
( Naiume, não
consigo dormir ).[ Bebe chá de
erva - cideira ].( Quero dormir
com você :) ).[ Mas não vai ].
Desligo o celular, mas o sono não vem, rolo de um lado para o outro na cama, pego o celular de novo e percebo que tem uma nova mensagem.
( Me encontre no
parque, perto
da sua casa ).Penso um pouco antes de responder.
[ Em dez minutos
estou ai ].Me levanto indo até o guarda - roupa para pegar um casaco de frio e calço meu par de tênis, ao sair de casa tomo cuidado para não fazer barulho e acordar todos lá dentro.
O parque está deserto quando chego, a não ser pelo moreno sentado no balanço, ele está todo agasalhado, de olhos fechados e fones - de - ouvido, me sento no outro balanço, ao seu lado e com o movimento ele abre os olhos verdes brilhantes.
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Vida Crua
RomanceEla queria se livrar dele. Ele queria estar cada vez mais próximo dela. Naiume Goullartd, 17 anos, assistente do clube de basquete da escola Seiko, entrou para o clube por causa da paixonite pelo capitão, até ter sua primeira desilusão amorosa...