🏀 Capítulo 11 🏀

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– E, então, como estou? – pergunto parada em frente as minhas irmãs

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– E, então, como estou? – pergunto parada em frente as minhas irmãs.

– Hum... Tira essas meia-calça, não combina com o vestido, como imaginei – Clara diz com a mão no queixo pensativa.

   Tiro rapidamente a bendita meia-calça e dou graças a Deus por isso, porque aquela porcaria estava me incomodando, calço um salto aberto, dou uma volta completa para elas avaliarem, quando recebo suas aprovações já estou quase atrasada.

   Brayan marcou de nos encontrarmos em frente a praça do shopping, de longe o vejo sentado na mureta, antes de me aproximar percebo duas meninas da idade dele indo falar com ele pedindo seu número, me escondo atrás de um arbusto perto deles, fico curiosa para saber o que estava acontecendo, mas para o meu azar umas crianças passa correndo por mim e me empurrando, caio por cima do arbusto, Brayan e as garotas me olham surpresos, me levanto rapidamente arrumando o vestido, passando a mão nos cabelos, sinto meu rosto ficar vermelho.

– Desculpe o atraso – peço envergonhada.

– Tudo bem, vamos – diz ficando de pé.

  Caminhamos lado a lado até o shopping, passeamos por algumas lojas, paramos na praça de alimentação, enquanto ele vai fazer nossos pedidos escuto falarem dele.

– Você viu aquele gato, ele é muito alto – a menina sentada na mesa ao lado da nossa fala – Será que aquela menina é a namorada dele? – pergunta apontando para mim.

– Não, acho que não, deve ser a irmã mais velha – a outra responde e me sinto uma velha.

  Ainda mais com nossa diferença de idade, porque eu fui aceitar esse bendito encontro.

   Penso em ir embora, mas antes que possa concluir meus pensamentos, Brayan chega em nossa mesa com nossos lanches, eu não sei para onde vai toda essa comida.

– Então, Naiume, o que faz para se divertir? – pergunta puxando assunto.

– Eu leio e estudo – respondo mordendo meu sanduíche.

– Que sem graça, você não faz nada de interessante – diz zombando da minha cara – Me diz algo da sua infância – pede.

– Quando eu era pequena minha vó, acho que eu tinha 5 anos, era meu aniversário e ela me deu uma xícara com meu nome, mas meus irmãos a quebraram no ano passado – conto e meu semblante fica triste.

– O que aconteceu com a sua vó? – pergunta de repente.

    Suspiro antes de lhe responder.

– Ela ficou muito doente, a cinco anos, infelizmente ela não sobreviveu, ela era a pessoa mais importante da minha vida.

  Um silêncio pertubador caiu sobre nós, para mudar de assunto ele me convidar para ir ao aquário depois. Terminamos de comer e dividimos a conta, passeamos por algumas lojas de pelúcias e ele me dá um cachorrinho marrom com branco, passamos diante de uma lojinha de louças, percebo que ele está olhando para algumas garotas que estão lá dentro, invento uma desculpa e vou para o banheiro.

  Quando volto ele está parado em frente a porta com uma sacolinha nas mãos.

– Isso é para você – fala me estendendo à sacola.

   A pego desconfiada, mas não olho o que tem dentro.

– Obrigada.

– Vamos, o aquário deve estar abrindo – chama e concordo.

   Ao chegarmos lá, vemos várias espécies de peixes, focas e depois pinguins.

– Aquele alí parece com o capitão, Anthony – diz apontando para um dos pinguins.

   Devo admitir que realmente parece, mas não digo isso à ele, bato em seu braço, o repreendendo.

   Caminhamos até as arquibancadas, onde vai acontecer o show dos golfinhos. Foi um verdadeiro espetáculo, ao final do show ganhamos uma pelúcia de golfinho, ele me acompanha até o ponto de ônibus, me despeço dele com um rápido beijo, antes do ônibus partir aceno para ele.

    Ao chegar em casa minhas irmãs estão me esperando e me fazem contar tudo sobre o encontro, quando termino de falar elas estão suspirando pelos cantos.

     Depois do banho sentada em minha cama, só agora reparo que ainda não abri o presente que Brayan me deu, o pego em cima da mesinha de estudos e volto a sentar na cama de novo, abro curiosa ao pega-lo na mão me surpreendo ao ver uma xícara branca com bolinhas vermelhas, giro ela para o lado e percebo que tem um nome nela.

     " Naiome "

    Quem é Naiome?

  Não acredito que ele me deu uma xicara com meu nome errado.

   Aposto que ele nem reparou nisso.

    Até que ele foi fofo, admito.

   O encontro foi mais divertido do que eu imaginei e esperava, Brayan soube me deixar relaxada, eu nem lembrava mais quando foi a última vez que fui ao aquário, acho que foi no meu aniversário de sete anos, mas não pude ir porque minhas irmãs queriam assistir um filme no cinema e mamãe as levou.

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