O nascimento de Brianna foi o dia que nossas vidas começaram a fazer sentido, Brayan é um super pai e babão também, a menina consegue tudo o que quer dele, as vezes acho que estou criando duas crianças.
Brianna é loira como eu e tem os olhos verdes do pai, é uma verdadeira mistura de nós dois, mas o comportamento todo é culpa do Brayan.
— Filha come mais um pouco, papai vai te deixar na escolinha hoje — peço insistindo para que ela coma mais um pouco da salada de frutas.
Toda manhã é isso, uma luta para fazê-la comer, desisto deixando a vasilha na mesa, me levanto pegando-a no colo caminho até o banheiro pra escovar os dentes, depois de pronta entrego - a para meu marido.
— Pega, ela é toda sua.
— Vamos princesa do papai, da tchau para mamãe e o maninho — fala beijando sua bochecha.
Ela me beija e eu a sua testa, correndo até o carrinho de bebê, onde Miguel, nosso casulinho, dorme tranquilo seu soninho de bebê de dois meses, ela se despede prometendo voltar logo para eles brincarem juntos.
A gravidez de Miguel foi uma surpresa para nós, Brianna estava com três anos e não estávamos esperando, nem planejando um segundo filho agora, mas o amamos assim que soubemos de sua existência. E quando soubemos que era menino Brayan faltou surtar, saiu contando para todos, até nossos vizinhos, tive uma gravidez tranquila mas, no parto houve uma pequena complicação e não poderei mais ter filhos, não me doeu muito porque já tínhamos nossa pequena família completa.
A noite vamos jantar com minha família, assim que mamãe abre a porta Brianna corre até meu pai, a menininha do vovô, as gêmeas aparecem na sala e logo começa a disputa para ver quem vai pegar Miguel primeiro, mas quem vence a disputa é Pietro que simplesmente pega meu filho do meu colo e se senta no sofá brincando com ele.
— Pietro — as duas gritam indignadas, nem parece que tem vinte e cinco anos e o outro vinte e sete.
— Cuidado, não vão machucar meu filho — aviso antes de acompanhar mamãe até a cozinha.
Estava terminando de preparar a salada, quando dona Vanessa parou do meu lado e sei que ela quer falar algo, mas está sondando o terreno primeiro.
— Naiume, você e Brayan estão bem? — pergunta e sei que ela está preocupada com algo.
Mamãe não é de perguntar como anda meu casamento, por isso estranho sua pergunta.
— Estamos, por quê? — questiono olhando-a.
— Nada, só queria saber se estavam bem, você parece cansada — responde.
— Ah, Miguel passou a noite quase toda acordado, não dormir muito. Brayan tem me ajudado muito, mas não posso exigir muito dele, o trabalho vem cansando ele também, Brianna ainda esta na fase de não querer comer de manhã — explico.
Miguel de uns dias para cá está enjoadinho para dormir em seu berço, é só colocar ele lá que começa a chorar, mas quando o coloco em outro berço móvel, que levo para a sala ou outro cômodo da casa pra por ele enquanto faço algo ou estou trabalhando, que ele dorme, então Brayan e eu estamos pensando em trocar o colchão.
— Vocês estão bem sabendo que não poderão ter mais filhos? — sabia que era isso que ela queria saber.
— Sim, apesar de que antes queríamos uma grande família, com mais filhos, nós estamos bem em ter só dois, eles são parte da gente — falo a verdade.
— Que bom meu amor, fico feliz por vocês — diz me puxando para seus braços.
— Então, esse jantar sai ou não? — papai pergunta entrando na cozinha com minha filha no colo.
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Vida Crua
RomanceEla queria se livrar dele. Ele queria estar cada vez mais próximo dela. Naiume Goullartd, 17 anos, assistente do clube de basquete da escola Seiko, entrou para o clube por causa da paixonite pelo capitão, até ter sua primeira desilusão amorosa...